Marcella Fernanda

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Quando eu digo que tá tudo bem se você não for, não tá tudo bem, eu queria muito que você fosse, mas entendo, como sempre, sua indisponibilidade pra mim.

Não quero adivinhar, achar, supor, quero ouvir de você que eu não tô louca, que a gente tem sim futuro. Quero claro no escuro, de confusão, basta as minhas.

Se eu for sua hoje, me deixa te fazer todo carinho do mundo, amanhã já sou carinho pra outro, abraços sem laços. Sem laços, sem nós, aprendi.

Até hoje, vou te contar, eu penso na mensagem que você nunca mandou, nas coisas que você nunca me disse. Ainda espero, em silêncio e relutante. Lembro da gente nas músicas que você nunca me dedicou. Sinto saudade de você, que nunca foi meu. Do nós, que sempre foi eu. Saudade da coisa mais linda que já me aconteceu, mas que na verdade, nem chegou a existir. A loucura mais sensata da minha vida, ou a sensatez mais louca, quem sabe? Amei muito e de verdade, não nego. Ele ou uma idealização, não posso distinguir ao certo, mas era amor e isso não é contestável. E hoje eu me pergunto, com a minha vida seguindo tão bem e a ausência despercebida num canto, se ainda amo. Nada mudou, além de mim, e tudo parece tão diferente, tão distante, tão fora de mim e dessa vez, acredite quem quiser, por repulsa minha. Mas creio que seja um quase ou pós amor, muito carinho, alguma coisa menor e bonita assim. Porque, seja lá o que ainda resta, é quieto e não grita mais nos meus silêncios, nos meus ouvidos. Não me tira o sono, não me tira o juízo, a paz. Não é espaçoso, muito pelo contrário, compacto. Dizem que o amor é assim, calmo, sereno, brisa. Mas eu não acredito nesse amor que não invade, não vira do avesso, não desarruma. Não consigo imaginar o amor batendo na porta, comportado no sofá. Esperando você oferecer um copo d’água, café, bolo. Com licença, por favor, muito obrigada. Não o meu amor, não comigo. Meu amor pula a janela, põe os pés no sofá e pede mais uma almofada. Reclama que tá com fome e abre a geladeira pra ver o que tem de bom. Rouba o controle, muda o canal, faz bagunça. Meu amor é tempestade, terremoto, erupção. Brisa, comigo, só o fim, só sem mim. Sereno, deixo claro, só meu adeus.

E que se dane você, que se dane essa voz que grita na minha cabeça sempre falando de como tudo vai dar errado. Desliguei o celular, me desliguei do medo.

Tem sorriso que acaba comigo e o seu é nocaute.

Hoje eu tô afim de voar também, bem alto. Então faz assim, entra e fica a vontade, mas deixa a porta aberta.

Desculpa a frieza ou a má metáfora, mas é que produto barato demais custa caro.

Não é prepotência, longe de mim. Só que quando você sabe que vale muito, você passa a não se contentar com pouco, entende?

Tô com uma certeza estranha de que tudo vai dar certo, confio.

Se doar mais e cobrar menos ou cobrar mais e se doar menos ? É mais forte quem termina ou quem perdoa ? É mais inseguro quem precisa ter uma pessoa ou quem precisa ter várias ? É muita pergunta pra pouca resposta. Mas sabe, talvez eu nem queira saber as respostas. Só pergunto pra não me sentir tão passiva, indefesa. Não admito ser invadida sem ao menos questionar.

Fim é uma coisa muito complicada. Nosso compromisso acabou, digo, teoricamente falando. Mas nossa história mesmo tá longe do fim. Namoro não é estar em um relacionamento sério no facebook, amor é muito mais do que todas essas futilidades que as pessoas fazem tanta questão. Pra gente não ter fim, rompemos o compromisso e nos livramos do peso que ele traz junto. Essas expectativas, cobranças, essa dor por nada. A gente sempre foi mais que isso, sempre foi superior a essas coisas pequenas, gente pequena, ao mundo que nunca quis nos ver juntos. Mesmo separados, estamos juntos. Se isso não é amor, o que mais pode ser? O maior e mais bonito que já ouvi falar. E é por isso que dá medo. Medo disso tudo enfraquecer por causa de um status, medo da gente perder as forças contra quem não consegue ver a gente feliz. Medo da gente se perder na própria história, de um jeito que não dê pra se achar mais. Medo de, no fim das contas, perder o presente mais bonito que a vida me deu, porque quis mostrar pro mundo, não soube o tempo de guardar só pra mim.

Quero que quando você me ligue eu vá e volte mais minha do que quando eu fui. Quero amores de uma noite, quero ser desapego.

Mas sabe o que eu não quero? Daqui a um tempo olhar pra trás e ficar me perguntando como teria sido, essa tortura do E Se eu não quero mesmo. Dói com você, dói sem você, não tenho visto muita diferença. O tempo que eu vou levar pra superar nosso fim pode ser o tempo que levaria pro fim acontecer sem dor, caso continuarmos juntos. Quem sabe? Então que a gente termine tão naturalmente quanto começou.

Se defendem e nem sabem de que ou porque. O que machuca são as pessoas e seus escudos bloqueando o que não deve. Não tem que se proteger do amor não, deixa entrar. E cuida pra não sair.

Lembrei que agora as coisas estão ruins, mas não me lembro de quando foram boas.

Agora vê se pode, me injetar toda essa loucura na veia e, numa fração de segundos, me privar de você! É injusto, impossível e eu sei que você me quer, então pra que isso? Bati pé, insisti, me lancei. Perdi. Não tinha como domesticar o cachorro mais livre do mundo, não dá. Não tinha coleira que prendesse essa fome de vida e o medo de viver o que não pode controlar.

Eu me desculpo e me aceito de volta
Essa manhã eu acordei, olhei pela janela e vi tanta vida lá fora. Tanta gente incrível cruza nosso caminho e a gente nem se dá conta, tanta coisa simples e bonita que passa despercebida na correria do dia-a-dia. Quando dei por mim tava sorrindo, pensando em como a vida é irônica! Lembrei de coisas que me arrasaram quando eu perdi e que hoje não me fazem a mínima falta, lembrei do quanto eu julguei e acabei fazendo a mesma coisa, de quantas brigas eu comecei por motivos tão bobos. Recordei bons e maus momentos, assisti muitos flashs da minha história de forma passiva, sem me culpar. Esse ano novo, como todos os outros, eu me prometi que ia ser tudo diferente, que ia ser um ótimo ano. Clichê, no começo eu até me empolgo, mas no fundo nem eu acredito nas minhas promessas de começo de ano. Essa semana eu senti que eu precisava organizar minha cabeça e coração, pra então minha vida mudar de rumo. Sabe, aquela arrumação que a gente sempre adia: mandar algumas pessoas e sentimentos pra lixeira, aceitar as coisas novas, mover algumas lembranças pra pasta ‘Passado’, mudar o plano de fundo. Confesso que foi um alívio essa minha sede de recomeço, me ver livre desse CD riscado... As coisas só começam a fluir, quando a gente permite que isso aconteça. Eu tô confiando em mim de novo, me permitindo, porque eu sei que posso muito, mereço muito ! E como é bom eu finalmente me dar essa segunda chance, depois de ter dado tantas pra quem nem valia a pena.

Meu sorriso, meu escudo.

Tecnicamente, não ganhei a batalha. Sinceramente, não fui eu que perdi.