Marcas do Tempo
Marcas do tempo
Marcas do tempo que nos sintonizam
Pincelam linhas em surrados semblantes
Deteriorizam-nos em plenitude e beleza
E semeiam-nos o aprendizado das certezas
Marcas do tempo
Marcas do tempo enfraquece-nos em euforias
Arrastam chinelos, diminuem nossos compassos.
Deita-te erguido e acorda-te aluído ao cansaço
Marcas do tempo
Marcas do tempo nos reformam a cada ano
Desenham-nos a cada transformação
E num zigue-zague de ponto cruz
Bordam os contornos das nossas ilusões
Marcas do tempo que nos sintonizam
Pincelam linhas em surrados semblantes
Deteriorizam-nos em plenitude e beleza
E semeiam-nos o aprendizado das certezas
Marcas do tempo enfraquece-nos em euforias
Arrastam chinelos, diminuem nossos compassos.
Deita-te erguido e acorda-te aluído ao cansaço
Marcas do tempo contemporizam sem modéstia, faz moradia.
Despejam todos os seus direitos reservados em tempo estipulado
Assombram-nos com suas reais cobranças postuladas
E quando penso que já segui por um caminho, lembro-me das marcas deixadas no passado. E quando muitos dizem que o importante é viver o presente, esses mesmos tolos esquecem que passado deixa uma história, e história deixa marcas, marcas essas que ficam cravadas e nos definem em tempos futuros.
Só o tempo consegue mostrar o de quão belo seremos.
As marcas que ficam, a histórias vividas, as palavras pronunciadas e muito mais, muito mesmo...
As marcas que o tempo acentuou no seu semblante são registros indeléveis através dos quais se vê nitidamente as experiências que se somaram em sua vida
O nosso maior luxo hoje não são jóias, carros ou marcas...
É o tempo. Quando você notar que está sem, vai ser muito difícil comprar mais.
As marcas do tempo só passam a fazer parte da nossa vida quando ficam gravadas em nossa memória e em nosso coração!!! (Pedro Marcos)
Quando existe um amor sincero, real e verdadeiro,
as marcas do tempo que os parceiros vão vivendo,
são marcas da felicidade vivida, que devem ser amadas
como sempre, por todo o sempre...
MARCAS DO TEMPO
Marcial Salaverry
Enquanto dormias,
fiquei teu rosto olhando,
absorto admirando,
as marcas que o tempo deixou...
E que a vida acentuou...
Os cabelos embranquecidos,
atestando os anos vividos...
As rugas de teu rosto,
o que pelo tempo foi imposto...
Quanta vida
foi por nós vivida...
E nessa vida... quanto amor...
E também alguma dor...
O caminho não é só de flores...
Existem espinhos que causam dores...
Com os filhos, preocupações...
Mas, sempre unindo nossos corações,
encontrávamos as soluções...
Problemas pela idade causados,
com amor sempre foram afastados...
Problemas de convivência,
sempre exigindo paciência...
As rugas encontradas...
Outras marcas pelo tempo deixadas...
Tudo fomos superando...
Sempre muito nos amando...
E na prova derradeira...
Superamos a maior barreira...
E agora... mão na mão...
Coração a coração...
Dizemos em uníssono,
EU TE AMO, MEU AMOR.
Marcial Salaverry
O tempo...
vai deixando marcas, vai apagando marcas
vai trocando tudo de lugar
vai passando e fazendo tudo com ele passar...
que sejam boas as marcas que ele deixar
que sejam as inúteis as que ele apagar
que sejam indiferentes as que ele de lugar trocar
que sejam desnecessárias as que ele fizer passar...
O tempo...
as máscaras tem o poder de arrancar
as mentiras consegue escancarar
toda verdade se põe a revelar...
tudo o que não é pra ser nem se esforça pra fazer acabar...
só passa e fica observando lentamente se desgastar....
uma coisinha ali... outra aqui... não adianta se iludir
tudo... mas tudo mesmo vai ruir.
Depois a gente começa a reconstruir
em outro espaço, em outro tempo,
com outra gente
é a vida.. nem adianta tentar dela fugir..
MARCAS DOS TEMPO
Palavras jogadas ao vento,
Sonhos dispersos no tempo.
O que mudou de ontem pra hoje?
Um corpo cansado, uma mente em silêncio.
A noite fria foi apenas um passo,
Não era o desafio maior a vencer.
Pois o dia que surge à minha frente
Traz um temor difícil de conter.
Não é o frio que faz meu corpo tremer,
Mas um medo sem nome, sem razão,
A poeira que dança no chão seco
Carrega o sussurro da escuridão.
Olho à direita, olho à esquerda,
Vejo uma sombra que hesita e para.
Perdida, sem rumo, sem pressa de andar,
Reflete um coração que já não dispara.
Mas então, ao terceiro baque no peito,
Sinto o antigo pulsar renascer,
Como se o medo me trouxesse à vida,
E afastasse de vez o temor de morrer.
Mais cedo ou mais tarde o tempo acaba deixando em nossa pele as marcas da sua passagem, mas na alma ele não toca. Por isso, a minha ainda é menina.
Mãos que aram na fértil sementeira do bem, sob a labuta voluntária do amor, são marcas eternas na evolução dos tempos...