Mar Amor
Era uma vez uma Fada que vivia à beira de uma nascente, cujo riacho percorria a densa Floresta Encantada, até despencar na ribanceira e desaguar no mar, no Mar dos Meus Sonhos, na Praia dos Enamorados, nas areias multicoloridas e caleidoscópicas da Praia dos Prazeres..."
Era o Mar
Quando vi pela primeira vez,
Já não conseguia respirar.
Havia momentos de lucidez,
Mas só desejava me afogar.
A noite se espelha,
A profundidade se estabelece.
Então nasce uma centelha,
É muito mais do que parece.
Quando à noite está revolto,
Marcas das ondas sob o olhar.
Quando o dia venturoso,
Cristalino e suave põe-se a brilhar.
Vez ou outra, navegar me é permitido
Para isso, sei que meu dever é honrar
Já que as mesmas águas que podem me banhar
Têm também o poder de devastar.
Sua potência é inexorável,
Porém o dano não deixa de impactar.
Receba seu valor inestimável.
Pois, por você, não deixarei de me fascinar.
Ela era o mar.
Do mar e do amar
as marés, os amores, vêm e vão...
umas se enchem de lua,
outros inundam o coração.
Que vista!
Da janela vejo o Sol nascer e ao mesmo tempo o mar brilhar,
você deitada com o semblante de felicidade olhando o reflexo do Sol através do meu olhar,
nada é melhor do que acordar do teu lado abraçado com teus sorrisos e a tua corrente de energia carregada de amor.
O Farol
Quem vem lá novamente?
Marinheiro, sereia ou mais um barco trazido pela corrente?
Aos que veem minha luz, um alerta:
- Te aviso, te aconselho.
Mas só tu podes tomar a escolha certa.
Aos marujos que ao acaso me encontram, abrem todos um largo sorriso
- Terra à vista! – Todos gritam – Não há mais perigo!
Se usam de minha luz e minha orientação, para desembarcarem felizes agradecendo a Deus pelo fim da escuridão.
Logo, um por um vem até mim:
- Santo Farol! Das trevas nos tirou.
A muito perdidos nas brumas e breu, só tu nos guiou.
Tua luz, vimos todos de longe
Sentimos o teu calor.
- Achei que estava perdido
- Achei que nunca foste te achar, tu és o mais belo farol a brilhar!
- Nos acolha nesta terra tua, imploramos!
Nos ensine teus segredos, nos mostre os seus encantos!
Apesar de marinheiros eloquentes,
Temos por ti um amor agora eminente.
Nunca vimos nada maior, tão lindo à luz do sol,
Apenas tu, Santo Farol!
Com todo amor e felicidade me emociono,
Fui assim tão procurado, finalmente encontrado.
Estaria eu em um sonho?
Nascia de novo um sentimento enfim.
Há de ser calor?
Há de ser amor?
Há de ser pra mim?
Olhei-os e vos acolhi em minha morada,
A eles ensinei o segredo das terras, das estrelas e das alvoradas.
Contei-lhes histórias de terras distantes, reis dominantes e seres falantes.
E via o brilho no olhar de cada navegante.
Via crescer o universo dentro de cada marujo
E me sentia mais vivo por poder cativar e dar-lhes refúgio.
A mim, toda noite, eles agradeciam:
- obrigado Santo Farol, tu ainda nos guia.
Eis que então decido mudar,
E se for esse meu destino com eles, e apenas nosso futuro iluminar?
Na calmaria então eu decido, desligo a luz que ilumina a tudo.
Agora eu foco apenas no nosso novo mundo.
Dirijo a luz voltada para frente,
Sem mais deixá-la rodar procurando por nenhum outro inconsequente.
Segue assim uma vasta paz,
Eu sorrio sereno,
Apenas iluminando o futuro terreno.
Então, as luas vêm e se vão.
E o mar que outrora estava quieto torna a gritar,
E gritam também os marinheiros,
Se arrumando para zarpar.
Em pânico ofego:
- Já se vão? Mal chegastes!
Fiquem, por favor, o que findou o seu quedaste?
E aos risos todos me disseram:
- Ó tolo Farol, o que esperavas?
Fazermos de vós nossa nova morada?
De luz nós não vivemos,
Sabedoria e destino traçado, agora todos temos.
De que nos vale tu agora?
Tolo Farol!
Partiremos desbravando o imenso azul que tanto nos ensinaste avidamente,
Agora sabendo que dessa vez não nos perderemos novamente.
Aos risos e cantos assim se arrumaram,
Saudosos, esperançosos e novo destino rumaram.
O sentimento que outrora se fez infinito,
Partia mais uma vez rumo ao seu novo destino.
Se fosse o Farol de carne e osso,
Ali teria morrido,
Doeu-lhe mais uma vez a dor de um coração partido.
Não entendia nada daquilo,
Como um amor assim tão grande poderia ter sumido?
Fui eu que errei? – Perguntei-me
Foi minha luz que muito longe foquei?
Foram os dias e noites de dedicação que por eles acalentei?
Ó que tristeza por ser um farol.
Eis me aqui imponente,
Com a luz que tudo guia,
Com inteligência e sabedoria,
Para ser assim deixado à esmo, em caos, perdida?
Nada me resta se não voltar iluminar as trevas mais uma vez.
Jogando o brilho da luz no vazio, para me esquecer de mais essa estupidez.
E pelo ciclo ingênuo de minha vida,
Atrairei novos perdidos à deriva,
Cegos e iludidos por essa luz que tanto brilha,
E eu inocente, serei novamente seu guia.
Mas e se o farol um dia se apagar?
Será que os ingratos a mim vão procurar?
O Farol sente
O Farol sabe
O Farol chora
E o mesmo Farol também se perdeu,
Em meio a luz, que tantos fez feliz outrora.
Olhos mar, mar
Escondes nas profundezas
As ondas do teu olhar
Olhos mar, mar
Abras o caminho
Para eu navegar
Olhos mar, mar
Lembrei-me de ti,
Lembrei-me de nós,
De nossos planos,
Do desejo mais profundo,
Desejo de mudar o mundo,
Usando formato de letras,
As mais belas canções,
Nosso motorhome,
Viajando o planeta,
Em paisagens mais lindas,
Inimagináveis,
Respirando à cada segundo,
A doce flagrância da paz,
Entre nós,
Nossa arte,
Enchendo os pulmões,
Não existiria sorte,
Seria Amor,
Em todo beijo de bom dia,
No cheiro do café coado,
Nos pés descalços na areia,
Com o céu mais azul do mundo em beira do mar...
Consegue imaginar?
Um pedaço de Amor contido num todo de paz?
Então,
Pinto nosso Amor nesse verso,
Pro céu endereço,
Num desejo mais profundo,
Que a cada segundo e num piscar de olhos,
Que possamos estar juntos,
Como nessa pintura,
Com a tinta em versos.
Nesse mar eu decidi navegar com meu corpo despido de incertezas. Meu pacto foi feito sobre o fragor da meia-noite onde o escuro acobertava minha escassa liberdade. No peito das pedras sou escravo, governado pelo oceano que pertence a mim. As marulhadas gritavam meu nome assim como os peixes gorgulhavam tão alto no meu ouvido! Me deixe sentir a água entrar nos meus pulmões, esqueça que sou seu súdito mortal e me mate nessa tempestade! Por favor lave minhas cicatrizes... Me deixe morrer, sim! Não me negue a paz. Só me dê mais um pouco do seu doce mar!
Já é tarde
e a maré já está subindo
os ventos sopram devagar
escuto o som das ondas do mar
Por um momento penso
estar vendo uma nuvem em cima do mar
O que ela esta fazendo aqui embaixo?
seu lugar é no céu!
Então ela me disse:
_Eu vim me refrescar
Por muitas vezes eu faço chover
então resolvi descer e me banhar
Eu fiquei olhando e sorrindo
vendo a nuvem dançar
nas ondas deste lindo mar
Mar que embalas. Afastada de um dia, coberta por uma noite. Coração dócil. Insuficiente na luta. Amor que morre por outro amor que se esconde.
Lençóis do mar que corre,
Inda que cedo ou mesmo que tarde,
Com tua incomensurável graciosidade chegaste,
Inda que dê saudade do tato, do sotaque, seria bem menos sem a recordação da tua meiguice sem inverdade,
Ainda assim espero resquícios de realidade na menina dos olhos da eternidade,
Queria
Queria ganhar de presente um pôr do sol...
Queria ganhar mil sorrisos...
Queria da vida só alegria.
Queria ganhar de presente as luzes do arrebol...
Queria ganhar amizades...
Queria da vida toda a felicidade.
Queria ganhar de presente uma onda do mar...
Queria ganhar uma estrela do céu...
Queria da vida todo o sabor do mel.
Queria ganhar de presente uma estrela do mar...
Queria ganhar floquinhos de nuvens...
Queria da vida só paz e dias e dias de muito amor
teu sorriso é um mar
que me pego a navegar
teus olhos um lar
que venho a morar
pele a me afogar
lábios que a brisa
se pôs a tocar
há males
que vem pra bem
há mares
que bem já vem
há amores
que bem me tens
amar-lhes tão bem
que de trem já vens
FERNANDO DE NORONHA
Vi o pôr do Sol no mar
Lá no Morro Dois Irmãos
Em Fernando de Noronha
Cenário pintado a mão
Como ano que anoitece
E vem outro, amanhece
Numa nova geração