Mãos

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SER POETA



Ser poeta é fazer de cada despedida uma saudade

É ter nas mãos os sonhos, vivê-los de verdade

Chorar, sorrir, sem medo de viver.

É despir-se perante tantos espelhos

Amar a vida e, de joelhos,

Agradecer a Deus em cada anoitecer.

É cantar e amar cada minuto vivido

É acordar desejos adormecidos

Colher da vida os frutos da paixão.

Ser poeta é amar intensamente

Ter o passado como futuro tão presente

Fazer da vida sempre uma oração.

Prosa Patética



Nunca fui de ter inveja, mas de uns tempos pra cá tenho tido.
As mãos dadas dos amantes tem me tirado o sono.
Ontem, desejei com toda força ser a moça do supermercado.
Aquela que fala do namorado com tanta ternura.
Mesmo das brigas ando tendo inveja.

Meu vizinho gritando com a mulher, na casa cheia de crianças,
Sempre querendo, querendo.

Me disseram que solidão é sina e é pra sempre.

Confesso que gosto do espaço que é ser sozinho.

Essa extensão, largura, páramo, planura, planície, região.

No entanto, a soma das horas acorda sempre a lembrança

Do hálito quente do outro. A voz, o viço.

Hoje andei como louca, quis gritar com a solidão,

Expulsar de mim essa Nossa Senhora ciumenta.

Madona sedenta de versos. Mas tive medo.

Medo de que ao sair levasse a imensidão onde me deito.

Ausência de espelhos que dissolve a falta, a fraqueza, a preguiça.

E me faz vento, pedra, desembocadura, abotoadura e silêncio.

Tive medo de perder o estado de verso e vácuo,

Onde tudo é grave e único. E me mantive quieta e muda.

E mais do que nunca tive inveja.

Invejei quem tem vida reta, quem não é poeta

Nem pensa essas coisas. Quem simplesmente ama e é amado.

E lê jornal domingo. Come pudim de leite e doce de abóbora.

A mulher que engravida porque gosta de criança.

Pra mim tudo encerra a gravidade prolixa das palavras: madrugada, mãe, Ônibus, olhos, desabrocham em camadas de sentido,

E ressoam como gongos ou sinos de igreja em meus ouvidos.

Escorro entre palavras, como quem navega um barco sem remo.

Um fluxo de líquidos. Um côncavo silêncio.

Clarice diz que sua função é cuidar do mundo.

E eu, que não sou Clarice nem nada, fui mal forjada,

Não tenho bons modos nem berço.

Que escrevo num tempo onde tudo já foi falado, cantado, escrito.

O que o silêncio pode me dizer que já não tenha sido dito?

Eu, cuja única função é lavar palavra suja,

Neste fim de século sem certezas?

Eu quero que a solidão me esqueça.

Os sonhos são projetados por nosso arquiteto interior,
mas a realização está em nossas mãos.

Minha docilidade anda de mãos dadas com a minha fúria. Não suporto gente sonsa, mentirosa e injusta. Não sou meiga, sou amorosa. Não sou grosseira, sou transparente. Minha luz é enorme, mas minha sombra assusta.

Quando estiver com um problema e não souber o que fazer, pense em Deus, entregue nas mãos Dele. Tudo se resolverá.

Se as minhas mãos pudessem desfolhar

Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.

Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!

Federico García Lorca
Obra Poética Completa

Algum dia, Deus irá enxugar suas lágrimas. As mesmas mãos que criaram os céus irão tocar seu rosto. As mesmas mãos que formaram as montanhas irão acariciar seu rosto. As mesmas mãos que sofreram em agonia quando os pregos romanos as atravessaram irão, algum dia, limpar sua face e acabar com as lágrimas. Para sempre.”

O pintor tem o Universo na sua mente e nas suas mãos.

A primeira regra para não ser um brinquedo nas mãos de qualquer velhaco, nem ridicularizado por qualquer imbecil, é manter-se reservado e distante.

“Mantenha o seu coração tranquilo e deixe tudo nas mãos que foram feridas por amor a você.”

⁠Eu não costumo apertar as mãos de alguém que não luta pelo seu país.

Se não está em suas mãos mudar uma situação que te causa dor, sempre poderá escolher a atitude com que encara esse sofrimento.

“Você precisa criar calos no cérebro, da mesma forma que você cria calos nas mãos. Desenvolva calos na sua mente através da dor e do sofrimento."

Os homens costumam julgam mais pelos olhos do que pelas mãos, uma vez que todos podem enxergar, mas poucos sabem sentir.

Maquiavel
O Príncipe (1532).

Me conquiste todos os dias. Me apresente mãos, bocas e sensações até então desconhecidas. Faça com que eu não tenha olhos pra mais ninguém. Supra todas as minhas necessidades, fazendo com que eu me torne dependente de você. Suma no dia seguinte e me deixe louca. Domine meus pensamentos e minhas pernas. Entre na minha vida sem pedir licença. Desorganize meus sentimentos, assuma meus medos e dê um motivo para que eu acorde sorrindo todos os dias. Cuide do meu coração e da minha vida vazia. Seja meu, porque eu já sou sua.

Você tinha meu coração e alma em suas mãos e você o jogou fora...

"O impossível reside nas mãos inerte daqueles que não tentam."

O casal que se apoia no diálogo trilha de mãos dadas para uma velhice terna e amiga.

A garantia de não sermos derrotados está em nossas mãos, porém a oportunidade de derrotar o inimigo é fornecida pelo mesmo.

Ele tem um jeito de me tocar, de caminhar com as mãos no espaço entre minha pele e a roupa, sem parar de me analisar o corpo, cheio de fome e ternura e calor. Eu sei que foi por isso que voltei, que volto, toda vez. É quando eu fico por baixo que a verdade se esfrega nos meus olhos e se infiltra pelos meus poros. Com o mapa do meu corpo, ele me prende nos meus becos e dança nas minhas avenidas. Eu não tenho saídas.