Mãos
Quero a cantiga da infância onde a roda era gigante e se brincava de mãos dadas. A corrida era de pega, juntos todos se escondiam e os olhos se vendavam por pura fantasia.
Quando eu era bem pequena papai era gigante, tudo ao redor era tão grande e tão longe de minhas mãos.
Leve-me pelas mãos a um lugar onde a única preocupação seja com o nosso interior e o único interesse seja a vontade de ser feliz.
As vezes temos em nossas mãos a vida que não nos pertence, e achamos que temos o direito de dispor dela como melhor nos convém.
As flores enfeitam qualquer jardim, nas mãos de carinhoso jardineiro, que se esforça em fazer o seu espaço florir.
Todos tem direito ao mínimo de dignidade. Cabe a quem tem o poder nas mãos garantir isso, tirando os deserdados da sorte da penúria em que vivem.
Ao introduzir as mãos num monte de areia
e enchê-las
se porventura for de vontade ficarão
se fechar consequência
entre os dedos fugirão
semelhante ao amor
que não floresce sem dimensão
Deixamos de viver quando
Entregamos nas mãos do outro
Literalmente os nossos sonhos.
Então prejudicamos o nosso organismo
Teremos dores sem explicação
É o corpo e a mente pedindo ajuda.
Recebemos o que damos ao universo
Idiossincrasia, DNA que não podemos perder
Olhe para frente, você é único, ame-se.
O coração é considerado um órgão extremamente delicado. Entao! Não deposite ele em quaisquer mãos.
Em uma cirurgia, seja qual fora o reparo, é preciso de bons profissionais. Na vida sentimental também é assim, em mãos erradas o estrago pode ser irreparável.
Digo aqui que as mãos só perdem para os lábios, pois estes são mais versáteis - se é que sua imaginação me acompanha.
Havia um monte de pedregulho na palma das mãos, e no meio, algo bem pequeno e valioso piscando em vão...
Mãos de Poeta!
Mãos de Poeta que escreve o poema,
o alimento da alma que a deixa tão serena.
No espanto de não viver suas doces palavras,
ainda assim escreve e mistura-se ao vento,
transformando a paisagem da montanha que
era pequena,em um lindo jardim colorido,
e era apenas um poema e as mãos... do poeta!