Mãos
Arte e Moldura
Pincel, e tinta fresca, com mãos leves e mente livre fui idealizando no papel a pessoa, o momento, o lugar, uns traços que fugiam ao comum, tintas que por vezes se misturaram, papel que ficou pequeno, nos lugares me perdi. Terminei a arte, fiz uma moldura e guardei no coração, é que nem no desenho consegui te colocar ao meu lado, percebi que nos traços mais firmes já havia outro personagem.
Por muito tempo,eu procurava suas mãos. Quando eu te via minhas pernas ficavam bambas como nunca tinha ficado antes. Mas eu disfarcei, e mostrei estar muito feliz com sua nova vida. Só me restou chorar a noite, e pedir a Deus que acabasse com toda essa solidão. E ele me respondeu, estendendo a mão. E eu nunca mais quis saber de outra mão, pois com ele tudo melhorou. Conheci alguém melhor, e hoje você não passa de uma velha lembrança que ficou na minha antiga vida. Hoje sou alguém melhor e mais feliz, mas só com Deus fui capaz de alcançar!
Toque-me
Como quem acaricia a mais fina seda...
Provoque
Com seus dedos, mãos, lábios
Até que eu perca meus sentidos...
...Inflame
Este corpo estimulado e cheio de desejo...
Sorva
Toda a minha loucura descontrolada...
Necessito
Do seu corpo colado ao meu...
... E você
Aperta
Amassa
Invade
Reside
Exige
Me ama
Me chama
Proclama e Reclama: é “Minha”!
Eu era um mapa em suas mãos. Você tinha o caminho, as coordenadas e a exatidão. Agora, sua bússola está descontrolada, porque você perdeu o mapa, a razão e o meu coração.
Palavras são chicotinhos batendo no lombo. Palavras também, são mãos carinhosas fazendo afagos dentro da gente.
O amor pode ser comparado a uma casa. O amor se constrói com as nossas próprias mãos, com os nossos sentimentos, com a nossa força e com o que a gente tem pra dar. Por mais que se tenha feito de uma maneira “errada”, de uma maneira que pode desabar a qualquer momento, devemos consertar, correr atrás, e buscar um jeito de formar um raiz naquele lugar, mas isso somente se tivermos a certeza de que aquele é o lugar certo. Talvez passe um vento e acabe com tudo aquilo, tudo o que voce construi e tudo o que voce juntou para formar o que se tem hoje. Mas as lembranças, estarão no coração do mesmo jeito, as lembranças de um lugar aonde voce foi feliz , um lar. Se o lar fosse o seu coração e a casa o amor, agora sim, voce acreditaria que há possibilidade de ser feliz ?
Coração não tem boca, mas grita.
Amor não tem mãos, mas me segura.
Saudade não tem braço, mas aperta.
Estava com pés presos, com as mãos atadas. Era um caminho escuro, a falta de luz me deixava inconsciente. Você implorava, você insistia, você fazia escolhas, planejava dias eternos. Mas, nada que cenas passadas, parecia tudo repentino, nada mais que palavras. A inconsciência não me reclamou por muito tempo, passaram alguns segundos e minha cabeça foi ficando clara novamente. Faltava-me força, faltava-me coragem, naquele instante sem recompensa qualquer, nada faria diferença.
Um mundo inacessível, uma rebelião em massa, sem retorno, sem atalho.
Um labirinto de sentido único. Adeus para as suas palavras.
Queria ficar quietinha do seu lado sentir suas mãos na minha pele, seus dedos brincando de um jeito que só você se atreve, ouvir sua voz me falando de coisas bobas, sem sentido… Queria te olhar nos olhos e ir além, muito além do que eles dizem… Ganhar um riso seu, ingênuo e, ao mesmo tempo, travesso, ficar do seu lado, como se o tempo fosse nosso e nossas vidas, infinitamente unidas como num romance de Jorge Amado ou uma composição de Djavan ou nenhuma dessas hipóteses,não importa. Hoje, queria apenas te ver…
O jeito que eu te olho. Minha voz calma, mas ao mesmo tempo trêmula. Mãos geladas e suadas. Pernas fraquejando a cada palavra sua. Minha alma cedendo ao seu tamanho esplendor. Por favor, diga-me: Que tipo de criatura seria você? Uma espécie de anjo? Um anjo bom, ou um anjo caído? Será que você foi expulso de sua terra por tamanha beleza? Ou será que eu apenas morri e cheguei ao paraíso? Não sei, isso só você poderá me dizer.
vem aqui
segura a minha mão
ouça a musica
dança comigo, agora
coloque as suas mãos
nos meus ombros
me aperte em teu corpo
feche os teus olhos
enquanto minha boca
procura o teu pescoço
deixa eu sussurar
palavras de amor
nos teus ouvidos
nao se apresse
o final não vira
a musica vai durar
até a eternidade
então, dança comigo
vem aqui
As mãos que eu não tinha neste estado insubstancial desejavam segurar os cacos, mesmo que sangrasse na minha carne, só para ter alguns momentos a mais do que era perfeito, a felicidade do meu sonho realizado.
E mesmo louco de amores por tudo aquilo que sai de minhas mãos,
Sei que ainda hei de me embriagar com o cheiro da pele.
Ainda hei de te ver em tons de verdade.
Aqui dentro...
E fora de mim.
Moça consegue ver, olhe minhas mãos, elas não transcrevem o sinto.
Elas emolduram minha dor com algum rosto desconhecido, mudam meu nome.
Colocam-me como poeta, e justificam a fraqueza por questões de amor.
Mas moça, eu admito a fraqueza, não me interprete mal.
Eu não quero me esconder, não quero criar eu-líricos absurdos para enfeitar minha dor.