Mãos
Não acredito ser o único com esse frio na barriga. As mãos gélidas contrapõem-se ao coração esbaforido. É a dúvida latente: o que é a vida?
Alternava a intensidade dos passos, com pausas onde pudesse as mãos agarrar algo, mesmo que todo esforço possível não fosse suficiente, mas insistia como se tudo que houvesse ao redor, se tocados, pudessem acrescentar alguma energia que o fizesse se manter em pé.
A oscilação da respiração era pretensão da indescrição da dor. Ainda sentia todo o possível visível distorcido, como se tivesse sido rodado por alguns minutos. Vez após vez quase perdia repentinamente a consciência, e a variação foi interrompida com uma queda ao chão.
Pouco tempo depois, provavelmente alguns segundos apenas, os sentidos voltaram devagar e o silêncio o fazia lembrar de que não fora um devaneio. Recordou-se dos dedos soltando devagar dos móveis por perto até que os últimos que insistiam em não ceder não pudesse sustentar o peso do corpo. O impulso em se levantar foi em vão, então fechou o pouco que tinha aberto dos olhos, dessa vez voluntário e permaneceu alí, numa permissão de auto-reconstrução dos pedaços.
As vezes é preciso ir aos extremos, ressurgir como única chance ao impossível.
Do que vale todos os sonhos que você deseja bem ali nas suas mãos sem você ter o suor de ter conquistado eles por mérito próprio? Faça e receba o reconhecimento por aquilo que você fez.
Você me tinha nas mãos,me deixou cair na correnteza e a correnteza é forte,um outro alguem ja me tem nas mãos.
PECADO E VENENO
Minhas mãos tem o cheiro do pecado que eu inventei,
porém ainda não pequei..
O cheiro insano e profano,
de um pecado mundano.
Meus olhos tem a cor do veneno que criei,
porém ainda não envenenei…
Não gritei, não alimentei, não puxei, não pulei.
Nada fiz eu!
Apenas cheguei: Anui e, silente, admirei!
Nunca espere algo de alguém que um dia você teve o prazer e a felicidade de estender as mãos e ajudar. Infelizmente na maioria das vezes a ingratidão não permite que algumas pessoas tenham a capacidade de lembrar que um dia precisou de você.
Lápis ou caneta em mãos e qualquer pedaço de papel vira história, ombro amigo, desabafo, casos, acasos e, até mesmo, lembrança gostosa de se sentir. Pois, quando repleto de palavras, o papel, deixa de ser objeto se transformando em mensageiro.
Quando você pensa que conhece a vida como a palma das mãos; e dela você tudo sabe...
Vem o destino e mostra que você estava equivocado.
Somos barco a vela; e o vento divino é o que nos direciona, e nos leva onde tem que levar.Não somos donos de nada!, nem de nós mesmos...
Queria poder cravar, a faca em meu coração, deixar o veneno fluir em meu corpo, mas suas mãos prendem as minhas
Hoje eu sinto falta...
Falta do seu abraço, do seu corpo, das suas mãos alisando meu rosto, sinto falta do seu beijo e dos braços enquanto eu dormia, das nossas conversas, brincadeiras, de sentar do seu colo e ser quase ninada, sinto falta de você, mas principalmente sinto falta de nós.