Mansidão

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A Prece

Que Deus ouça as preces que lhe dirijo quando estou mansidão e ternura. Quando estou contemplação e respeito. Quando as palavras fluem, sem esforço algum, sem ensaio algum, articuladas e belas, do lugar em mim onde eu e ele nos encontramos e brincamos de roda. Quando nelas incluo as pessoas que têm nome e aquelas que desconheço existirem. E os meus amores. E os meus desafetos. E os bichos. E as plantas. E os mares. E as estrelas.

Que Deus ouça as preces que lhe dirijo quando o medo me acompanha sem que a coragem se ausente. Quando as coisas seguem o seu rumo sem que eu me preocupe em demasia com o destino desse movimento. Quando eu me sinto conectada com o amor e reverente à vida. Quando as lágrimas nascem apenas de um alegre e comovido sentimento de gratidão. Quando caminho com a rara confiança que só as crianças que ainda não doem costumam experimentar, já que, infelizmente, algumas começam a doer muito cedo.

Que Deus ouça as preces que lhe dirijo quando sou capaz de pressentir o sol mesmo atravessando uma longa noite escura. Quando posso cruzar desertos com a clara convicção de que a vida não é feita somente deles. Quando consigo olhar para todas as experiências, sem que aquelas que me desconcertam me impeçam de valorizar as que me encantam. Quando as tristezas que repentinamente me encontram não atrapalham a certeza da sua impermanência.

Que Deus ouça as preces que lhe dirijo quando amanheço revigorada e anoiteço tranqüila. Quando consigo manter uma relação mais gentil com as lembranças difíceis que, às vezes, ainda me assombram. Quando posso desfrutar do contentamento mesmo sabendo que existem problemas que aguardam eu me entender com eles. Quando não peço nada além de força para prosseguir, por acreditar que, fortalecida, eu posso o que quiser, em Deus.

Mas eu desejo, profundamente, que Deus também ouça as preces que lhe dirijo quando eu não consigo elaborar prece alguma. Quando a dor é tão grande que minha fala não passa de um emaranhado de palavras confusas e desconexas que desenham um troço que nem eu entendo. Quando o medo me paralisa e perturba de tal forma que eu me encolho diante da vida feito um bicho acuado. Quando me enredo nas minhas emoções com tanta confusão que parece que aquele tempo não vai mais passar.

Que Deus ouça também as preces que lhe dirijo quando só consigo chorar e, mesmo depois de já ter chorado muito, tenho a sensação de ainda não ter chorado tudo. Quando me sinto exaurida e me entrego a esse cansaço completamente esquecida dos meus recursos. Há momentos em que a gente parece ignorar tudo o que pode nos ajudar a lidar melhor com os desafios. Há momentos, ainda, em que a gente se confunde sobre o local onde, de verdade, os desafios começam.

Que Deus ouça também as preces que lhe dirijo quando me parece que eu não acredito em mais nada. Quando sou incapaz de ver qualquer coisa além do foco onde coloco a minha dor. Quando não consigo articular meus pensamentos nem entrar em contato com alguma doçura que me faça lembrar das coisas que realmente nos movem. Quando não lhe dirijo nenhuma prece. Nem com palavras. Nem com um sorriso enternecido quando dou de cara com uma flor. Com um pôr-de-sol. Com uma criança. Com uma lua cheia. Com o cheiro do mar. Com o riso bom de um amigo. Que ele me ouça com o seu ouvido amoroso e me acolha no seu coração, porque é exatamente nesses momentos que eu não consigo ouvi-lo em mim.

Será inútil ensinar a mansidão, a menos que tenhamos iniciado com a humildade.

piar de lugre
nos soutos crepusculares
insondável mansidão

''Não há nada de errado em curtir a mansidão de um relacionamento que já não é apaixonante, mas que oferece em troca a benção da intimidade e do silêncio compartilhado, sem ninguém mais precisar se preocupar em mentir ou dizer a verdade. ''

A mansidão e a humildade são as virtudes mais queridas aos olhos de Deus e dos homens.

Que a paz, a sabedoria, a mansidão, o bom senso, a objetividade, o amor ao próximo e a bênção do Senhor sejam presentes na sua vida de acordo com a sua fé e não somente aprenda, mas ensine com palavras e atitudes.

⁠O Ultraje da solidão

Um coração custodiado
Não sabe o que é aflorar-se mais
Em mansidão aparente, Um rosto tanto calmo, por dentro pandêmico, quem diria se o visse?
O exílio é perigoso, mas é onde encontro o meu eu mais próximo do gênese,
Viciante, tanto pensar, pra que me culpar?
Deveis apenas seguir o rebanho?
Só busco ascender, conectar e talvez desafrouxar os laços que me confinam ao pretérito
Porém tão fácil dizer
E difícil demais compreender cada dia minha existência
E o que tanto me amarguras

As vezes seja esse o nosso refúgio, se perder na mansidão deste céu azulado cheio de estrelas que nos dá a sensação do nosso verdadeiro lar. Na busca de compreender o incompreensível, na vivência de uma vida solitária de auto conhecimento, não se tornando anti sociais, mas na busca de uma construção evolutiva. Nos tornamos solitários por ter uma visão mais a frente que muitos que estão ao nosso redor. A compreensão não são para todos, muitos se encontram limitados a tais entendimentos, não por quererem, por ainda não terem sentido a verdadeira escuridão que abita dentro do seu ser.

Na poética mansidão da madrugada
Sonhos se refugiam na inquietação da alma.
A lua, farol iluminado ao longe
Hoje é quem me faz companhia.

A olhar as estrelas por entre nuvens.
Uma lágrima cai, mas não podem vê-la
Porque é da alma que sai...

Há noites assim,
Em que os corpos não se pedem,
São noites brandas de desejo,
Mãos que repousam em palavras de paz.

A cada noite numa folha branca
Os versos pedem para nascer na
Mansa inquietação com que me cubro
Nos dias em que não estás...

Rancor e Perdão

Rancor é furor
Perdão é mansidão
Rancor é dor
Perdão é gratidão
Deus nos perdoou
Então,
Porque não perdoar?
Perdão acalma coração
Não nos faz tolo não
Quer vingança?
Abandona esta herança
Faz uma mudança
No teu coração e mente
Pois só tu fica doente
É passageira esta sensação
Que a vingança traz ao teu coração
Seja diferente
Ao menos tente
Pois dirá que sente
Paz e emoção
Que trará muita felicidade ao seu coração.

FATOS SOBRE A RENÚNCIA:

Renuncie tudo, menos a mansidão!

Renuncie tudo, menos a verdade!

Renuncie a tudo, menos o amigo mais chegado que irmão!

Renuncie tudo, menos os seus princípios!

Renuncie tudo, menos o amor a Deus e sua família!

Renuncie tudo, menos a honra!

Renuncie tudo, menos a paz!

Renuncie tudo, menos a sua inteligência e o seu equilíbrio!

Renuncie tudo, menos a atenção devida que temos que dar a nossa família, principalmente para a esposa, marido e para os filhos!

Renuncie tudo, menos o respeito as pessoas!

Renuncie tudo, menos o domínio sobre você mesmo, o domínio próprio!

Renuncie a tudo, menos o seu caráter!

Renuncie a tudo, menos a sua sensatez!

Renuncie tudo, menos a sua transparência!

Renuncie tudo, menos o senso de se colocar no lugar das pessoas, e saber se as minhas palavras ou ações lançadas ferem ou entristecem as pessoas!

A mansidão é companhia fiel dos que tem a consciência tranquila; o autocontrole não é perdido e a raiva e os escândalos, não entram em cena. A injustiça até pode ser revoltante, mas o justo sabe que, certos problemas só poderão ser resolvidos pelo Rei, enquanto a nossa pressa e raiva, só pioram e muito, qualquer situação. O bom tem consciência, paz e sabedoria; tem Deus.

APRENDENDO A AMAR


Uma gruta de águas cristalinas repleta de toda magia e mansidão é apenas uma gruta, calada, quieta e virgem, intocada pela crueldade humana, mais que por ser tão calada, tão quieta é muito exuberante em forma e conteúdo, pois a beleza de uma casta e imaculada gruta é exatamente a simplicidade com que existe, e em que cativa a rocha
que ao longo dos tempos foi ganhando lugar no coração rochoso das montanhas, que também a confere um grande apresso ,senão não haveria encanto nas águas onde reflete suas curvas delicadas, e esculpidas ao toque e embaladas a cada banho que a suas águas o banha.
Apesar de que a beleza é tão simplesmente, sem retoque, sem tanta exigência, basta que se saiba admirar, perceber a beleza que esconde cada pedacinho da rocha, a cada gota de água que compõe a gruta, a gruta da felicidade, da conquista, do respeito pelas diferenças que é exatamente a base de uma vida a dois, repleta de entrega, de conformismo e mais de esperança naquilo que os dois juntos desejam.
Afinal, do que seriam as águas de uma gruta, sem uma rocha pra contornar seus caminhos; para acolher suas amarguras e amar seus mistérios? E uma rocha do que seria sem as águas de uma gruta sem a pureza do lugar, sem a força e o dengo das águas para deslizar maliciosa e vivaz em suas curvas descobrindo todas tuas fraquezas, roubando- as para se? Carta na manga na hora da conquista, elo primordial do amor, pois são as diferença que os dão prazer, que os faz querer sempre ser possuído pelas águas e pelas rochas da vida.
E eu, fico apenas de longe, observando cada movimento, cada palavra e logo me vem um desejo; o de sempre querer estar perdido na realidade e ser encontrado pelos meus devaneios na ilusão,onde eu possa mergulhar nos olhos das grutas e das rochas e bem lá no fundo buscar o sentido da vida: a certeza da felicidade e do prazer que é amar a vida com todas as suas diferenças, e tudo isso pode até cair no esquecimento, mais o amor, há ele prevalece.

Não vim pra falar de mansidão, não é a calma que me acomete nessa tarde oca;
Venho falar de tempestades que atravesso, das tormentas que me alcançam e me tiram da rota, e do leão que tenho que matar todos os dias;
Falo desse caminho lindo e ardúo que me foi reservado, dessa existência muitas vezes insana, que não veio com manual de instruções;
Falo também desse inicio de noite, onde eu gostaria que o mundo não passasse das fronteiras do meu edredon;
Essa minha vida-espetáculo, onde personagens principais querem ficar na coxia, onde o protagonista inúmeras vezes esquece o seu texto e não encontra ninguém para dar a sua deixa;
Palco-Vida, me mostre onde é a minha marcação, onde e como devo atuar nesses cenários que mudam e se alternam sempre que me movo em direção a algum canto;
Preciso de respostas, não me encham de perguntas, hoje tem coisas que eu prefiro nem saber...a insconsciência, nesse caso, é mais segura e me acolhe melhor.

"Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,"

O ser humano é tão desequilibrado que a primeira tempestade põe em dúvida toda mansidão conquistada.

Um Barco...

Sou como um barco
Que acostumado com a mansidão do rio
Prepara-se pra navegar
As águas turbulentas do alto mar.

Conseguirei resistir às ondas dos desafios?
Suportarei os solavancos da solidão?
Sobreviverei às tempestades de angústia?

Terei que navegar tendo apenas a solidão
A ausência de meus marinheiros/amigos
Deixo-os no rio calmo das boas lembranças
Pra singrar sozinho, o mar de meu destino.

Li no horóscopo que sou como uma pedra
Que rola sem parar e não cria limo.
E agora estou rolando
Justamente quando no limo que se formava
Cresciam as flores de minhas amizades.

Mas sigo minhas estrelas
Com as ondas do “novo”
Arrebentando em meu peito
Venço a arrebentação da ansiedade com a proa reforçada
Pelas palavras de apoio e alegria de meus amigos/marinheiros.
Tendo o convés enfeitado com as flores
Que foram semeadas por seus corações.

Peço a Deus nessa aventura
Que eu saiba conviver com a solidão
E rezo pra que Ele me apresente pelos portos do futuro
Marinheiros/amigos tão competentes e corajosos
Quanto estes que deixo no Porto Seguro do meu coração
Inesquecíveis, verdadeiros Soldados da paz.

Que Ele nos guie!
02.02.2005

⁠Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.

⁠Evoluirmos é fazer com que o espírito de fraternidade se sobreponha ao do egoismo; o espírito da mansidão ao da intolerância.

A ausência do mundo na nossa presença nele. A ausência de nós na presença dele.

Qual dos dois é solidão?

Inserida por botaodeflor