Mano
Abraço
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E foi assim
Com o olhar adequado
Transpirando calma
Mesmo com alguma dor na alma
Em um nível perfeito
Um abraço caloroso!
Em um pequeno momento de paz
Onde o mundo deixou de existir
Que se escutou
Por dentro da armadura
A harmonia da vida
Recordação
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Quando você acorda
E sente aquela perna quente
E olha naqueles olhos brilhantes e profundos
Percebe que o cheiro nostálgico te trás calma
É sua pele suave , aquece a alma
Sente um universo nos seus braços
Você vê que a perfeição existe, mesmo cheia de defeitos
Aí você abre os olhos
Percebendo que isso são apenas lembranças.
Forma
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Gritos de horror sondam minha cabeça
Tiram minha paz
Não a nada que eu consiga fazer
Para que eu esqueça
É um ódio indescritível que me assombra
Uma raiva incontrolável que me consola
Essa fúria que não consigo expor
Trás a máscara um nova forma
Uma nova forma para me recompor
Beleza
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Esses olhos fundos
São só das noites mau dormidas
Não sei se a beleza nesse mar de sentimentos
Ou se esse mar de sentimentos
Contém essa beleza
Sei apenas que esses olhos fundos
Apenas procuram essa beleza
Que está dentro de nós
Dia cinza
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Hoje não irá ter o dançar das cordas
Hoje o sol brilha radiante no céu
Um céu cinza , cheio de ventania
Não sei como me expressar
Mas dessa vez o adeus eu pude dar
O abraço de um gigante em uma pequenina chama de vida
Todos já sabemos como será o final da nossa história
E todos já sabiam como seria o final dessa historia
Mesmo assim a dor veio ...
Homem Social
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Dói me os ossos ter que me socializar
Colocar a máscara da hipocrisia todos os dias e trabalhar
Fazendo quase me um com minha máscara
Esse meio capitalista narcisista que nós convivemos, impregnou se em nossas almas como um câncer que se não cuidado irá se expandir mais e mais
Nós levando a ter uma morte lenta e dolorosa
Alegria do domingo
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A chuva cai
O dia cinza
A música toca
A página vira
A imaginação aflora
O sentimento
A solidão amiga
Confusão que causa
Parceira para um bom gole
Do amargo doce negro grão
Que nos aquece agora
E assim mais um domingo se esvai
Deprimente como outrora.
Nao, não voe passarinho, fique aqui mais um minutos, esculte o som das árvores que ecoam pelas florestas, veja aquele lindo Jardim esperando por você, não, não se vá para longe passarinho canta para mim por mais alguns minutos, abra suas lindas asas e deixe que o vento paire sob elas, Nao, não durma passarinho acorde e veja o brilho do nosso amigo sol, que está feliz por mais um novo amanhecer, obrigado passarinho por compartilhar seu canto para mim.
A noite chega e a solidão aumenta com a saudade, o meu coração parece estar vazio a cada noite que passa, acho que o fim está chegando.
Do medo, que possamos tirar proveito daquilo que ele nos ensina. Que saibamos valorizar o 'de agora pra frente', e que os ontens sirvam apenas de lição. Que nada nos impeça de ver a luz do dia, e que as dores, o desamparo e o desespero se amenizem a cada nascer do sol. Que tenhamos força para ir além do 'espiar pela janela', que o arrependimento não nos sirva de pedras nos ombros, e que as vontades não realizadas nos ofereçam novos projetos a serem criados. Porque a vida, por muitas vezes não sendo como gostaríamos, não para pra gente se lamentar. Que valha a pena, todo santo dia, ter saudades, mas que jamais nos anulemos ou percamos a vontade de seguir em frente. E que a resposta pras coisas continuem a chegar de mansinho, porque eu sei que nada é por acaso. Aprendi que é sempre importante manter os pés no chão, e por mais que a razão nos mostre o caminho, tenho entendido que é com o coração que devemos pensar. Sempre.
Se você ama, você mente, finge, corre, esconde, machuca, magoa, pisa, se arrasta, ignora, joga fora, dá pontapés, inventa histórias, chama de nome feio, ri da cara, faz pirraça, perde, sofre, diz que vai esquecer... Mas não esquece. Cresce. Aprende a tratar como essencial o que antes não lhe fazia falta, não lhe cabia em suas ambições, não pretendia se matar para dar cuidados. Quem ama erra, erra... feio. Quem ama, muitas vezes não merece o perdão, e não o dá. Mas perdoa assim mesmo. Quem ama joga na cara as burradas que o outro fez. Vigia. Perde a confiança. Aprende a ser ambivalente, a estar junto e querer estar bem longe. Mas, acima de tudo e de todos, a precisar. Não banalizo os amores assim, nem os julgo. Os entendo. Compreendo. Sinto compaixão, não pena, e ofereço ombro, doo palavras bobas, ouço com atenção como se fosse uma prece. Quem tá de fora nunca sabe o que é amar-ferindo alguém. Nem eu (ainda bem?). Mas se me dizem é porque existe. E afasto de mim as teorias. Muitas vezes, o querem de nós não é um caminho, uma luz, uma solução. Querem mesmo é nos mostrar que onde há persistência não significa que falte forças para sair. Ao contrário: trata-se de guerreiros da vida, pois restam-lhes forças para ficar.
Havia uma vontade que escorria por entre os dedos feito água, em derramar alegria por onde passava. Não cabia nada mais que levezas em suas peças de roupa, o que combinava perfeitamente com sua alma. Era chegada a hora de dar início à verdadeira vida, aquela provinda de grandes mudanças. Nada repentino, tudo calculado, como mandava o figurino. A organização também sempre fora uma forma de proporc...ionar calmarias. Tudo se encaixava, feito quebra-cabeças, e tudo transpirava maravilhas. O dia de abandonar medos bobos e dar adeus aos ontens que não serviam para contar uma história bonita. O dia de abrir portas, uma atrás da outra, feito criança abrindo presentes no seu aniversário. O dia em que tudo aquilo que sempre quisera estava bem na sua frente, inclusive Deus, que sorria-lhe com saúde e aconchego de mãe. Era chegada a hora das coisas darem certo, de um jeito que a razão por ainda estar vivo tornava-se mais clara. O Quem Sou Eu e o Pra Que Eu Existo estavam postos sobre a mesa, e agora faziam todo o sentido. Quase que a mesma coisa, mas o fato era quem se encaixavam, destino e presente. Perdera a noção do tempo. Abrira a última porta, com uma graciosidade que nunca se viu. Havia somente uma carta, jogada ao chão. Nela dizia: O melhor ainda está por vir. Como, se sentia-se completo? Então desejou com fervor o tal melhor. E até hoje vive de esperas.
Sem perceber, a gente carrega a fé por onde anda. A gente aposta nas coisas, nas situações, nas pessoas, por mais que muitas vezes pareça que não vai dar certo. Mas a gente sabe que pode dar. Vai dar. A gente finge que esqueceu de um sonho, mas quando menos espera ele ressurge. O amor também. A gente acha que desgosta das coisas, mas não desgosta. É que o sentimento por aquilo que tanto queremos vezenquando precisa adormecer. O cansaço por lutar tanto pelo que se quer nos faz render. Mas tá ali, eu sei que tá, só esperando um sim, uma nova chance, uma oportunidade. Gosto dos tempos entre os acontecimentos, é o momento de intervalo em que a gente aprende a gostar mais da vida. E a usar a sabedoria adquirida a nosso favor.
Quem sabe esse tempo de espera não seja apenas um teste ou uma provação necessária para que eu perca meus medos infantis de ver um amor partir. Ou ficar. Aprender. Semear. Se amar. É nesse tempo sem alguém do lado que entendo que é preciso saber ser feliz sozinho. Porque quem não é feliz consigo mesmo, não é capaz de ser feliz ao lado de outra pessoa. Afinal, felicidade vem de dentro, não do outro.
Uma hora a gente percebe o quanto merece ser feliz. E o quanto as coisas têm que dar certo, têm que entrar nos eixos, têm que funcionar, nem que seja na marra. Quem tá de fora não compreende o quanto a gente se esforça pra merecer cada gesto amigo, cada conquista, cada palavra que soa mais perfumada que flor. Quem não calça os nossos sapatos não vê o tanto que a gente rala pra conseguir respeito, carisma, abraço de quem apareceu há pouco. Por isso temos é que nos ocupar mais com aquilo que provoca a vontade de ser eterno. Temos que dar atenção é pra quem reza pra gente antes de dormir, quem liga pra gente na hora que acorda, quem lembra do nosso aniversário, quem celebra nossas vitórias e estende a mão quando a gente cai. Temos mesmo é que deixar de lado quem só acena de longe, quem esquece da gente quando tá com outras companhias, ou quem tem coragem de dizer que nos ama só quando tá carente. A gente tem é que ter na mente quem nos deu tudo em troca de nada, quem cuida da gente quando falta saúde, quem nos acolhe quando falta dinheiro, quem nos perdoa quando aumentamos o tom de voz, quem nos deu a vida, quem nos ensinou valores, e a amar. Por isso, tô abrindo mão de amizade pingada, de amor mendigado, de sinceridade surrada e de palavra bonita, mas sem verdade. Se é pra ser feliz, tem que ser sem medo e sem dó. Se é pra curtir a vida, que seja com vontade, sem piedade. E se for pra rir, que seja alto, só pras pessoas lembrarem dos lugares de onde a nossa felicidade insiste em brotar: de dentro, do berço, da alma. E de Deus.
Passei o dia inteiro sem lamentar sua ausência, e confesso que não vivia um dia tão longo desde os meus oito, dez anos. Olhava as horas fingindo que era apenas um ato rotineiro de alguém que tem tantos compromissos, tantos pensamentos, tantos sentimentos, que esqueci de me alimentar, sabe. Não, não foi culpa sua. Não, não quero pena. Foi só um dia um pouco sombrio, mas mantenha a tranquilidade, eu sei que o sol volta amanhã. Me acostumei tanto com a sua presença até criar uma convicção absurda de que você sempre andava comigo, mesmo distante, que eu havia me esquecido de como era saborear meus momentos sem um ponto exato de tentativa de um alcance, meio patético, admito, e que denominei amor. Está sendo bom essa distância, entende? Porque com ela aprendo a me virar, nem que seja pros lados, tentando encontrar vestígios seus. Você sabe, abandonar um livro, ou abrir mão de uma história, nunca foi meu forte. Mas a gente tem que reaprender a viver no mundo real, não era isso que você me dizia? Temos que aprender a 'fincar os pés no chão', mas acho que levei tão a sério que quis ser árvore, criar raiz, ter um lugar fixo ao seu lado. Nossa, como eu quis e sonhei com tudo o que vivemos, foi tudo tão intenso! Aí me desfaço, e me transformo numa árvore frágil e breve, tipo aquelas recém plantadas na porta da escola, e que os moleques não deixam criar vida, crescer, dar frutos. Mas estou bem, acredite. Você pode ter me ensinado a amar, mas também me ensinou a morrer, e eu só sei agradecer por isso. Porque morrer em vida, por dias, meses ou anos, requer sabedoria. Requer silêncio. Requer vontade. Requer elegância, charme, carisma, delicadezas. Escolhi uma morte discreta, confesso, mas de tão discreta que foi, escolhi a vida. Escolhi seguir em frente, voltar, viver outras histórias e deixar pra morrer outro dia. Você nunca mereceu meu fim, mas o meu melhor. Vivemos o melhor. Vai passar, talvez seremos amigos um dia e riremos de muita, muita coisa mesmo. Vou seguir meu caminho agora antes que o dia termine, meio torto, meio bobo, meio perneta. Ah, e aquele 'se cuida' tá de pé, viu? Tão de pé que agora faço algo que ninguém soube fazer: cuidar de mim... Assim como cuidei de você.
Chega uma certa idade, não muito avançada, em que tornamo-nos mais exigentes com nossos preciosos finais de semana. Nada de hipocrisia, chatice ou frescura: aprendemos a nos valorizar, a dar valor ao tempo, que se mostra mais curto todos os dias. E o mais bonito, damos valor e importância aos nossos vazios. Pra sair de casa agora é assim: não vejo tanta graça em passar a noite segurando copos cheios se, ao meu redor, estiver carregado de pessoas vazias. De vazio basta eu, oras, não por me considerar melhor do que ninguém, mas por não me considerar merecedor de momentos sem sentido. E sim, não faz sentido abandonar meu quarto se for pra mergulhar numa banheira repleta de água com gás acompanhado de pessoas que simplesmente acham chique, legal ou coisa do tipo. Também não pretendo sair com autocríticos e pseudointelectuais, tampouco com moralistas e defensores do partido puritano. Longe de mim. Só quero gente do bem, com ideais, com críticas carregadas de novas soluções, com humor na risada, brilho no olhar e que não precise apontar fulano na mesa do lado pra ficar se achando o cara. Quero companhias que não me troquem pelo facebook, twitter, whatsapp ou outros aplicativos no celular durante um papo ao vivo, entendem? Que não me olhem de ombros, buscando algo ao redor da mesa, que não necessitem contar ao mundo via instagram o quanto a noite está boa, ou que não precisem se autoafirmar o tempo inteiro que estão legais, num lugar bacana e com pessoas demais. Posso parecer patético, mas é que a gente tem que aproveitar nossas epifanias pra por a boca no trombone, pra falar mesmo para, sei lá, arranjar solução pro mundo, pras pessoas, pra vida. Tudo bem, posso estar fazendo tempestade em copo d'água, mas me deixem pensar em como seria bom largar um copo cheio e segurar uma mão com firmeza, pra provar que ali não é mais um momento vazio. Acredito num novo tempo, em que a gente só vá sair de casa quando não for pra repetir nossos nadas, nossos poréns, nossas reticências. E de agora em diante, vazio bem feito é vazio com um livro na mão, com uma pipoca no colo ou com a cabeça deitada em um ombro que bem me quer. Porque meus dias não merecem morrer na companhia de ninguém. Porque meus dias, nossos dias, merecem mais que um copo na mão e um celular na outra. Merecem mais vida gostosa de se viver, vida tranquila, vida com quem possamos contar ou estender a mão. Vida real.
Quando a gente dá-se um tempo para "colocar a cabeça no lugar", logo vem uma ideia brilhante: a de sempre recriar. Viver dias iguais de formas iguais é o que diminui a vontade de ser, crescer, ser feliz. A gente começa a perceber que felicidade é mais simples do que imaginamos: basta estar ao lado de pessoas que nos amam e nos respeitam, reforçando laços e renovando as brincadeiras, o papo, os móveis, o carinho, a forma de demonstrar amor. Gratidão, hoje, é a única palavra que eu consiga definir os meus dias. E que eles sejam cada vez melhores, Amém.
Oração bonita é aquela que a gente faz pensando nos problemas do mundo. Fome, miséria, desigualdade, injustiça, roubalheira e hipocrisia. É aquela reza doída, mas cheia de esperança em um mundo melhor. Tem muita gente boa do nosso lado, mas a correria dos dias nos cega diante dela. Agradeço quem doa sangue, alimento, tempo, dinheiro, roupas, leite, abraços e sorrisos. Mas não vale querer virar estrelinha porque fez o bem ao nosso igual. O mundo não precisa de caridade, gente, mas sim de compaixão. Piedade. O que a sua mão direita faz, a esquerda não precisa saber, lembram disso? Mas um detalhe é essencial: a não ser que usaste a mão pra ferir, mesmo que indiretamente, outro alguém. Oração de verdade a gente faz em qualquer canto, com qualquer barulho, e com todo o amor. É desejar baixinho com que a vida da gente melhore junto com a do amigo ali do lado. É parar de se contorcer diante do que não temos, pra aprender a oferecer o nosso melhor. E o que temos de bom não é pouco não, é só acreditar. E fazer. Que a vida, diariamente, trate de nos oferecer forças pra transformar o mundo num lugar melhor. E nessa oração eu posso contar pra vocês: isso a vida já fez.
Ironicamente, quando alguém nos abandona, o nosso coração, antes longe, começa a bater dentro da gente. E a gente aprende a se virar com tanta palpitação, tanta exigência, tanto barulho que ele faz. Parece que quanto mais o coração bate dentro da gente, maior ele fica. E mais coisas nele cabem. Mais gente, mais sentimentos, mais esperança, mais fé. E mais trabalho. Coração, de uma hora pra outra, vira chefe: aquele que manda. E manda embora, pra longe. Aquele que ordena. E ordena a bagunça. Aquele que governa desgovernado. Até chover. Até transbordar...