Manhãs
Ela acordou, como acorda normalmente todas as manhãs. Mas passados alguns minutos começou a perceber que seu coração não iria suportar bater novamente no outro dia. Ela olhava para a luz do dia, e essa mesma luz que um dia ela amou, passou a embaçar seus olhos. E ela não via mais as coisas normalmente. Ela não entendia, sua vida estava boa, monótona, mas ainda dava pra suportar. O que ela acreditava que seria sua única salvação a machucou. É, o amor a machucou. O amor fez seu coração se partir em minúsculas partes. Faz o coração dela ser destroçado. Fez doer, fez chorar. Fez ela acreditar que amar não dava. Que se lamentar também não dava. Ela não sabia mais o que seria da vida dela. Caminhou alguns passos doloridos até o quarto de sua mãe, a mesma a fez ir para a escola, mesmo com todo o sentimento de derrota a afogando.
Ela foi. Seu melhor amigo não estava lá, outras pessoas olhavam para ela. “É, seu amigo está no céu.” Era a única coisa que ela ouvia. Ela não podia acreditar, ela procurou por todos os lados, de sala em sala e ele não estava. Foi na casa dele, ninguém estava lá. Então, ela começou a acreditar. Ela já havia procurado por todos os lados. Ela finalmente acreditou que todos haviam a abandonado. É, o amor a abandonou. Ela perdeu seu melhor amigo. Deus a traiu também. E agora ela sabia que não tinha mais razões para viver. Mas desde que ela acordou já sabia, sabia que daquele dia ela não passava. Não preocupou-se mais com seu melhor amigo. Ela sabia que o encontraria em um lugar melhor. Ela sabia que mesmo se chorasse, ela naquele momento, naquele mesmo dia não iria aguentar mais. Chegou em casa, sua mãe não sabia a dor que sua filha estava sentindo. Sua mãe sabia menos ainda que não teria mais sua filha junto dela, nesse mundo.
Ela não aguentava. Não aguentava mais sua vida. Até a esperança que existia dentro dela se perdeu. A luz no fim do túnel se apagou. Sua vida estava chegando ao fim. Ela buscou um vidro com um líquido estranho. Ela faria algo que sabia que iria doer. Mas querendo ou não, era sua única cura.
Veneno. Como seu organismo reagiria ao sentir veneno em suas veias?
Ela abriu a janela, olhou para sua cidade pela última vez, lembrou de cada coisa que havia passado.E finalmente, segurou o vidro de veneno por entre os dedos. O silêncio tomou conta da dor. Tudo se calou. Exceto pelo vento que balançava as folhas lentamente lá fora. A porta seguia o trajeto para chocar-se com a parede. Os passarinhos cantavam as melodias mais melancólicas que um dia existiram.
Fechou os olhos. Uma lágrima desceu, rasgando seu interior. E assim, mantendo seus olhos fechados. Olhou para aquele inocente vidro de veneno, o guiou até sua boca. Deitou no chão, E então, fez seu último desejo.
HAIKAI
Manhãs límpidas
verde vai topando azul
despertar em sons
Amanhecer candango, por minha visão, numa Super Quadra da Asa Sul!
"Todas as manhãs ela se entrega de corpo, alma, coração,a cada dia, a cada paixão, a cada hora, a cada segundo,tem só essa vida,acompanha-a?"
Flor renascida das cinzas
das manhãs do nosso deserto.
Caminho onde cardos e catos
invadem a nossa alma cravada de
Flores que desafiam em silencio
fazendo a nossa noite bela e perfumada.!!
Serei feliz ao longo dos anos
Todos os sábados às madrugadas
Ao ver as estrelas
E todas as manhãs de domingo
Ao ver o sol nascer
Serei feliz pois vou estar
Com minha bebida e meu cigarro
Com minha solidão e minha memória
Relembrando o quanto fui feliz um dia
Quando te vi pela primeira vez.
Desejo
Quero debruçar-me na janela
e colher pérolas de orvalho
nas manhãs frias de inverno
quero montar um lindo colar
de contas gélidas, cristalinas
para presentear minha mãe
Quero abraçar-me a um cipreste
e sentir o cheiro da minha infância
numa manhã de natal
quero pintar um lindo desenho
de giz cera e aquarela
para presentear minha avó
Quero um desejo de criança:
nunca ser gente grande!
Ainda espero os cafés na cama , as manhãs com dança,ter uma arvore no quintal e na arvore um ninho de rouxinóis ,desfiar recordações a dois ,viver mais que um amor de giz ,que um dia um filme me prometeu.
Certa vez numa dessas manhãs sem sal de domingo me deparei nostálgico.Lembrei da minha infancia, sem cor nem muitos amigos.O menino franzino, digno de pena no maximo.Sempre tentado chamar a atenção de alguém que chamase a atenção.Sei lá.Acho que talvez seja essas coisas bobas que crianças criam no seu mundo de fantasias.Dai eu cresci, pelo menos fisicamente, porem a essencia ainda continuava a velha criança boba que insiste em atuar como o centro de sua utópia.Uns dizem que coisa da astrologia ou dizem que sou meio bipolar, outras dizem que sou maluco, outras. são meus fiéis seguidores que isistem em manter de pé o rotulo de 'Digno de pena'.Coitado pensam eles.Eu apenas me considero um menino perdido no deserto, cercado de miragens e sonhos.Um menino feito de lendas, mitos, e carde...
em A Carta de Dionisio
Quem sou eu
Eu sou as manhãs frias de inverno
Eu sou as noites de domingo que a famílias toda está reunida
Eu sou aquele caderno em branco
Esperando para ser preenchido
Eu sou a alegria das manhãs de sábado
Eu sou a saudade do amigo perdido
Eu aquele menino calado do fundo da sala
Eu sou o dia perdido
Ela pensava que era passarinho
E sonhava com as manhãs,
Ela pensava que era passarinho
E sonhava com as nuvens...
O amor lhe dava segurança
Como qualquer gaiola,
Mas ela pensava que era passarinho...
E sonhava ver a tarde morrendo
Na parte mais alta do bambuzal
Um dia o amor lhe abriu as portas
E ela se perdeu na imensidão de seus delírios,
Sentiu falta da segurança que lhe dava o amor,
Mas sem o calor de sua presença
O amor pereceu no frio da noite...
...e ele continua lá todas as manhãs com um livro pousado no joelho, posso observar sempre pela cor da capa que já é outro.
E vi o sol... Radioso
E vi nas manhãs sorridentes
Passarinhos acenando com suas asas
Dando boas vindas a mais um dia...
Senti a fragrância de devaneios passados...
E eu quieto como as pedras...escuto o mar...
Com olhos serenos... Ausentes de dor...
... e retorno ao encontro de uma saudade
Busquei o alento deste Sol de verão
Sou pescador de ilusões e brisas
Poeta das encantadas almas...
celina vasques
“Os dias se tornam silenciosos, as noites solitárias, as manhãs nebulosas. Tudo aparenta não fazer sentido quando sua presença é ausente em meus dias.”
RESSUSCITA-ME, Almany Sol
Ressuscita-me...
Ó noites acesas
Me traz as manhãs
Me transporte o vento
ao menos pelo universo.
Pelo imaginativo sol
que inspira a alma
porque sou poeta
rimando cotidianos
pois só isso me cabe
declarar os amores
que de tão servis,
por ele seja a mãe
inesquecível por ser
assim como a terra
que acolhe e enterra
em seu leito materno
por ser eterno e frio
o fim de nossa andadura!
Teu olhar
Claro como minhas manhãs
Estrelas fazem d’ele habitar
Desenho perfeito criado por Deus
Nem mesmo os mais sábios podem explicar.