Manhãs
Minhas manhãs serão melhores que as lindas noites de sono, quando eu acordar com o meu lindo sonho real ao meu lado, você.
Folhas da primavera (O tempo para o homem).
São nobres as manhas que tenho em meu pensar A simples estrada pela qual vejo as montanhas
E sobre os trilhos que trazem o trem da manha
No qual não vem a falhar
Trás você para que fique ao meu lado!
O cheiro de café fresco paira o ar...
O barulho das arvores ainda me adormece
E os pássaros cantam desesperadamente
Querendo mostrar o novo dia.
A mente sofre uma mudança
Categoricamente significante, o despertar!
O café já fez efeito e o sono se passa...
O dia ainda cresce para a aventura de um abrir de portas
Na antiga varanda ainda estão às temidas folhas
Caídas de mais uma primavera que se foi
E mesmo assim não as retiro
Contudo, ainda não decifrei se deixam um ar de liberdade ou de envelhecimento...
Procuro cavalgar sobre os campos, pelas cachoeiras agora sei sobre a liberdade...
E atravesso o dia como se o perdesse respeitosamente para o tempo...
Venho procurar à chave que abre o céu
Procurando uma lacuna no tempo
Para poupar-me de seus incansáveis efeitos.
O sol pouco cansado!
Solidariamente não esquece que tem de sorrir em outros cantos.
Na boa varanda venho a sentar
Tomar um bom café e relaxar...
Com o corpo exausto provocado pelos efeitos do tempo
Fico ali e vejo o por de um corajoso e o brilhar de uma companheira...
Ambos que já passaram por todos que me amaram,
Que eu já amei, que amo e que talvez pudesse vir a amar!
Com o ultimo suspiro e uma boa espreguiçada no corpo
Entro e passo pela velha sala...
Apago as velas e ao entrar no quarto me deito
Faço minhas rezas e apanho um descanso oferecido pelo meu vencedor, eu!
Ao novo dia, um velho amigo vem nos sorrir...
O cheiro do café toma os cômodos da casa...
Os pássaros ainda cantam...
E finalmente descobri o que aquelas folhas representavam sobre o tempo...
Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.
Nota: Trecho do poema "Estatutos do Homem"
A vida é corrida, atribulada, cheia de manhas e manias. O tempo não pára. A busca do dinheiro para se obter coisas materiais e conseguir felicidade passou a ser o objetivo humano. Somos medidos pelo que temos, não importa como vivemos... E, esquecemos que a vida é curta, que tudo se acaba...
Nada serão as manhãs como esta se um dia eu acordar e você não estiver mais aqui pra poder te dizer; BOM DIA AMOR!
E se...
Apesar da armadura de resolvidos que vestimos todas as manhãs, acredito que todos nós temos dias em que algum acontecimento besta ou mesmo uma pessoa pelo simples fato de existir, ou algo que deu errado nos faz refletir sobre nossa vida e o rumo que ela toma ou melhor o rumo que damos a ela.
"E se eu fosse..." "E se eu tivesse dito que...? " "E se eu tivesse tido coragem de ..." "E se eu tivesse escolhido ... " "E se eu não tivesse feito... " E se...
O bom de se pensar sobre os " e se ", é perceber que salvo algumas raras exceções é sim possível retomar a partir do ponto da dúvida. Qualquer dia é dia para por à prova nossas teorias e tirar nossas dúvidas.
Se a escolha foi errada, se o caminho não foi o certo... Mude. O que não dá para fazer é viver com a dúvida e carregar para o túmulo a certeza de que somos covardes a ponto de nem tentar.
O importante é ter uma vida feliz, plena e abundante e isso a gente só consegue vivendo bem o presente e planejando o futuro, sem arrastar correntes do passado.
Depois de vinte anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhãs do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser?
Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então, vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis.
O Amor e as Estações.
Então chegou o outono.
As manhãs estão frias e o calor ardente das noites cessou. O sol já não brilha como antes, a rede está sempre vazia e as folhas secas como nunca!
Os dias passaram... e como passaram. De vez em quando penso em você. Não em "nós" mas em você! Penso em todas as promessas e naquelas tardes ensolaradas. Olhos preguiçosos, café ao meio-dia... Mas então chegou o outono.
O impacto foi grande: a vidraça da sala quebrou e molha uma parte do sofá! Mas a chuva sempre, sempre, acaba com a pintura da parede! Eu sei, eu sei: "o que importa é a estrutura e não a aparência". Percebe? Suas palavras ficaram...
A chuva. Ela vem anunciada por trovões feios e céu cinza. Diferente da de verão, ela vem e insiste. Persiste até que eu desisto de contê-la. Preciso de um vidro mais forte. Um que resista tanto o brilho do sol quanto a fúria da chuva. Então chegou o outono.
Não me divirto mais com video-games ou banhos de chuva, agora leio jornal e lavo louça. Não faço mais careta na frente do espelho nem mostro língua, agora eu arrumo a gola da camisa e faço retoques na maquiagem. Chocolate, batata frita?! Não, não. Salada e comida congelada. Agora eu sou séria, como bem deve ser o outono.
Uma hora ou outra me pego em devaneios e desvarios - sim, porque essência não muda - mas contenho os agudos e dancinhas ridículas quando me perco nos fones. É claro que ainda bebo todos aqueles duplos e mais claro ainda que ao final de 7 ou 8 copos me encontro completamente bêbada, em meu pior estado, largada no sofá molhado de chuva, rindo de cada desgraça e até da minha própria sombra. Então penso em você e no verão que passou. Culpa, será? Não sei. É estranho estar tão feliz em pleno frio de outono, enquanto te bate o vento...
Não existem mais discussões, ironias ou farpas... Sozinha não tem graça! Não existe mais "nós". Porque então chegou o outono! Nós sabíamos que ele chegaria. Mas sabe?! O inverno está chegando e será bem pior! E se eu passar - e passarei - por ele, vou me deliciar na primavera!
O frio vai passar, as flores vão aparecer! O verão vai acontecer de novo. Nós querendo ou não, vai acontecer para mim e para você.
O inverno pode ser rigoroso mas ele acaba. Chega então o colorido da próxima estação, tudo se renova! E você - e eu - e nós -, estaremos perdidos mais uma vez no calor do verão.
Então que passe. Que venham mais e mais verões e que estejamos prontos para futuros e eventuais outonos e invernos...
Para toda estação, que haja proveito. Que hajam festas florais e cobertores, que hajam beijos molhados e abraços causados por relâmpagos! Então que hajam dores e amores. E mais amores!
E que o mundo gire mais uma vez.
DEUS ME DEU VOCÊ
Deus me deu você
para que todas as minhas manhãs,
fossem de pássaros a cantar.
Para que todos os meus dias,
fossem de sol a brilhar.
Para que todo meu entardecer,
fosse de apaixonar.
Para que todas as minhas noites,
fossem um eterno amar.
E são:
Agradeço a Deus por te ganhar.
essência não cabe nos olhos
nem desliza entre a boca e as palavras.
tu, todas as manhãs, desfazendo
a penumbra devagar, prometendo
que regressarás, tu és a essência
e eu sonho que sim
*
the essence does not fit in the eyes
nor does it slide between the mouth and the words.
you, every morning, undoing
the twilight slowly, promising
that you will return, you are the essence
and I dream you are
(Translated by Bernarda Esteves)
Meu Bem
Catedral
Lembro de você amor Toda vez que passo aqui
Noites de luar manhãs de sol
a iluminar os nossos destinos
Sei que não há mais ninguém
que possa me preencher
O amor com você é mais bonito
é todo azul do mar vem me fazer feliz
Oh meu bem com você tudo é diferente
eu te quero pra sempre
Oh meu bem nosso amor é sublime e nascente
Eu te quero pra sempre
oh meu bem
O teu nome eu gravei
dentro do meu coração
Em uma canção com o vento
pelo o teu olhar eu vejo tudo
Que um dia eu quis ver
nada é igual a você
Com o seu amor tudo é mais simples
é todo azul do mar
vem me fazer feliz
Oh meu bem com você tudo é diferente
eu te quero pra sempre
Oh meu bem nosso amor é sublime e nascente
Eu te quero pra sempre
oh meu bem...
Sem tua mão confortável e quente pra esquentar a minha, sem teu sorriso pra me despertar nas manhãs, sem tua respiração mansa pra me fazer dormir.
LUCIDEZ
Talvez seja outra vez a espera dos ansiosos,
Bárbara em observação nas geladas manhãs,
Impregnando a psiquê de desejos calorosos.
Contemplação arguta e perspicaz
Em um verão recheado de sofismas e ímpetos ardilosos.
No espaço admoestador prevalece o infortúnio
De queixas loucas e desvairadas,
Oscilantes entre a insensatez do talvez
E a sensatez do que não vale mais a pena.
Neste momento a temperatura passa a ser amena.
É quando do coração quase que destroçado
As mágoas vão aos poucos sendo deixadas de lado.
Então finalmente, na alma e na mente,
O momento de retorno do tempo quente
Prenuncia a libertação de tão atroz passado!
Viver É Maravilhoso
Aprender a observar as manhãs que nasce é um bom
exercício para refletir o quanto somos felizes. Diariamente o Sol se mostra, as flores desabrocham, os frutos amadurecem, os pássaros cantam. Espetáculo gratuito ofertado pelo Criador. Vida que se movimenta. Isso é o bastante para entender o quanto maravilhoso é viver.
Nenhuma alegria pode ser maior do que a que Deus nos dá todas as manhãs. Abrir os olhos, consertar os erros e seguir em frente é uma dádiva.
DESPERTO...
Vem, sereno da noite
Vem e depois não me conte
Vem orvalhar das manhãs
mas por favor nem me note
Quero nuvens de anseio
longe de meu travesseiro
espero que tudo que quero
não encontre meu desespero
E com toda essa angústia
Que ainda assim eu durma...
Quero tudo longe de meu dia
tudo que não me alivia
Lá, bem alto...nas brumas.
Vem segredo das fontes
Vem, aura dos montes
Vem esconder as maçãs
Simuladas de meu semblante.
Quero tantos devaneios!!!
(dentro de meu traveseiro)
E quero tudo que anseio,
encontrando-me primeiro.
E com toda essa espera
Ainda assim, que eu desperte...
Quero tudo perto de mim,
tudo que enfim...
Aqui me des-concerte!
Numa manhã como essas manhãs tão simples
Eu vi um sorriso que me parecia ser só mais um
Mas hoje numa tarde como essas tardes imcompletas
Noto que as coisas estão mudando de lugar
E tão depressa eu sinto um golpe, o tempo me golpeou
Me trouxe um ou dois anos a mais
Daqui eu vejo que ainda há muito pela frente
E que não estou nem na metade da estrada
Mas me ensine, me ensine?
Sobre o valor das coisas?
Pois o tempo sempre me machuca
Quando tenta me ensinar
Ele não tem esse teu jeitinho
Quando me lembra daquele sorriso ausente
E que ele não foi apenas um sorriso simples
Mas uma lembrança, eterna e eternamente uma falta
Me de um conselho, só mais um conselho?
Me ensina com carinho
Como eu faço pra evitar
As armadilhas que ao longo me esperam?
Me guarde, me guarde no seu coração
Me aguarde, me aguarde
Pois quero chegar onde você está
Me moste tudo antes que o tempo passe
E que não se deixe notar como passa
Antes apenas pra lembrar
O dia certo pra parar de vez
Nos despedimos com os olhos cheios d´água, mas com a alma limpa. Tão limpa quanto o céu de manhãs de outono, depois de chover a noite toda.
NAS MANHÃS DAS TARDES NOTURNAS
de: Eduardo Pinter
Este silêncio que devora todas as manhãs
Parecem gritos ecoando por todos os cantos
Este sentimento vazio que algo está faltando
Parece agonizar sempre quando acordo
E todas as manhãs... parecem todas iguais
Depois do meio dia, sonolência bate, preciso descansar
O corpo parece que já sabe, a tarde é longa, é preciso se preparar
Entre o perdão e o pecado existe um intervalo de consciência
O sangue das mãos é um ato de pura sobrevivência
E todas as tardes... parecem todas iguais
E a noite chega e parece que não sou o mesmo
As promessas das manhãs não tem mais sentido
Não tenho mais tempo p'ra ter pena de mim mesmo
Estou pronto p'ra lutar, pronto pro sacrifício
E todas as noites... são todas iguais
21 maio 2013
Eduardo Pinter