Mãe para Filha
A emoção, em excesso, filha da intensidade, é a fagulha da perdição. É caos emaranhado com dolorosos e transmutadores aprendizados.
Eu acordei um dia
De meus sonhos loucos
E me vi nos braços
Da filha de um caboclo
Foi da filha do coronel
Que ganhei meu anel
E me pus nos pomares
A apreciar seus olhares
Com uma beleza singela
Que se fez como cinderela
A cantar em minha janela
Trazendo alegria a minha vida tumultuada e fria
Onde só existia, bebedeira, caos e uma vida em ruína
Hoje sou feliz porque encontrei a saudade
E com a simplicidade fiz verdadeira amizade
Não caminho mais sozinho, pois descobri que o destino
Deve ter nome estampado no peito
Não dou mais importância ao dinheiro
Porque conquistei o direito ligeiro
De ter a escritura do coração faceiro de alguém
Nesse coração fiz minha morada
E dele não me aparto por nada
Me ofereceram ouro, já me ofereceram prata
Mas decidi que minha poesia é somente de minha amada.
Ninguém foi capaz de perceber o quão destruída eu estava;
Nem mesmo aqueles que me chamam de filha.
-Olá filha!
-Oi Paizinho!? - Levei um susto, não sabia que o senhor estava aí!
- Você está brincando né filhinha?! Eu sempre estou aqui.
- Óh sim! -Falei sentindo meu rosto queimar de vergonha.
O Senhor nunca me deixa nė?
-Jamais!
-Mas, diga-me filha, o que você estava fazendo?
- Estava escrevendo uma canção... Daquelas!
-Uau! Posso ouvir?
-Paizinho, ainda não terminei!
-Mas, tenho certeza de que está linda. Vindo desse coraçãozinho, só pode estar linda.
-Ah Paizinho! O senhor sempre tão cheio de Amor!
-Mas, eu estou mentindo por acaso? Posso Eu sendo a Própria Verdade mentir?
-Pai?!!!
-Vai filha! Cante logo. Ou é pra alguém em especial?
- Sim... É pra alguém muito Especial.
- Podes cantar então só um pedacinho?
- Posso. Porque este alguėm Especial ė o senhor Paizinho!
Tão logo comecei a cantar, Ele me tirou para dançar.
Eu sou Dele e Ele é Meu...
Como é bom dançar com o Meu Deus.
Filhos, nosso coração fora do corpo
Filhos gerados, formados e nascidos de nós.
Filha @thayalmv, carregada no ventre e amada desde então.
Ela que às vezes se comporta como se a mãe fosse ela.
É minha rampa de decolagem para meus voos mais altos e meu porto mais que seguro! Sim, minha filha é isso e muito mais!
Filhos, tenho três, não foram gerados, formados e nascidos de mim. Não foi meu ventre que os gerou.
Eles eu recebi de presente junto com o Amor do meu Amor
Eles são minha fonte de energia e meu riso solto.
Eles são meus companheiros!
Eles juntos são festa para o meu coração. Família, meu bem mais precioso!
O que posso dizer que ainda não foi dito aqui?
Thay, Rique, Duca e Enzo, mamãe ama!
Hoje eu olho minha filha, sorridente, toda linda
E só agora que essas fita eu entendo
Eu vou usar do meu talento pra te livrar desse medo, truta,
Que você carrega aí por dentro
Esta é a minha filha, Shannan Maria Gilbert. Há uma folha aqui para cada dia que ela está desaparecida.
Tem-se criado uma geração deveras confusa e egocêntrica, filha da ostentação de um individualismo proeminente em detrimento do bem comum.
E ela falou que não tinha entendido
E eu falei que fui capturada num amor bandido
Mas, minha filha, há quanto tempo ‘cês se falam?
Mainha, não importa o tempo, ele é meu príncipe encantado
FILHA DE OYÁ
Sou como o vento que sopra em todas as direções; se num momento eu quero muito, no outro já não quero mais. Sou como os raios que fazem tremer a terra, pois quando sinto que estou sendo prejudicada, me possuo de uma fúria incontrolável. Sou como a trovoada que se faz ouvir em todos os cantos do mundo. Mas, como uma tempestade que vem arrasando com tudo e levando as misérias do mundo, tambem possuo o calor vibrante de uma noite quente de verão, que faz com que as pessoas do meu mundo se sintam embriagadas de felicidade. Como o fogo que aquece e transforma. Como o vinho que inebria os sentidos. Eu sou as cores quentes de uma pintura viva. Eu sou filha de Oyá!
FILHA DO PAMPA
O olho puxado, o sorriso rasgado
É tupi-guarani
O cabelo trigueiro é mel de outras raças
Distantes daqui
A alma poetisa é o traço, é o espelho
Do barro vermelho
De onde eu nasci.
Lori Damm ("Filha do Pampa")
(Contos, Crônicas Poesia)
A solteirona, antes de ontem, a noite, repentinamente saiu alardeando, apavorada: MINHA FILHA MORREU! MINHA FILHA MORREU! Toda vizinhança ouviu e correu as portas assustada, teve até uma chata que comentou: - Um Bicho?! Julgando ela que fosse coisa mais "séria" (No caso, por filha, lesse, uma gata que ela tinha, da raça siamesa, bicho de estimação). Pois é, é serio. A gente se apega a tudo a bicho de estimação, gente igual a gente, até objeto, a quem diga que determinado objeto não vende por dinheiro algum, tem valor estimativo, vem dai. É sentimento, né? Sentimento não se mede, se clássica, não se explica, apenas se sente, quem manda ser gente.