Mãe Irmã
Uma coisa é certa, podem existir ex-amigos, ex-namoradas, ex-patrões, mas nunca existirá ex-mãe e ex-pai.
Ato dois
Entramos no carro, éramos eu, minha mãe e minha vó, beirava seis da tarde, e a ave Maria chorava na rádio. Meus olhos caducavam com as luzes dos carros que andavam com dificuldade, tinha apenas alguns anos, uma década e um pouco mais, não tinha amigos, não sabia nada sobre células vegetais nem sobre morfologia das palavras, sabia inventar histórias e rabiscar em folhas brancas e tristes.
Trezentos e sessenta e dois dias se passaram, novamente no carro, éramos eu e meu pai, ninguém falava, não havia rádio. Segurava minha mochila, com algumas mudas de roupa e lápis coloridos, devagar íamos para a outra casa. Minha irmã e sua esposa me esperavam, aguardando minhas histórias inventadas do mês passado, sempre sorridentes e falantes, vestidas de amarelo e rosa.
Meu primeiro livro com mais de trezentas e cinquenta páginas, lido sem pedido da escola, sem incentivo da minha mãe, encontrado na biblioteca. Pelos cantos por mais de uma semana, sem trocar muitas palavras, sem sorrir muito, perdia a vontade de criar histórias. Não era mais tão fácil, agarrado nas regras e no papel. Aprendi sobre células vegetais e morfologia das palavras, ganhei também alguns amigos, e perdi os lápis coloridos.
Mãe
Nessa folha de papel
Sobre a mãe eu vou falar
Esse lindo e santo nome
É gostoso pronunciar
Mãe é uma coisa sublime
É uma santa sem altar
Ela é quem cuida da casa
É a rainha do lar
Há filho sem coração
Que faz sua mãe chorar
Mãe é tudo de lindo
Que se possa imaginar
Peço a Deus nosso pai
Pra esse ser abençoar
Seja solteira ou casada
Mãe tem que se respeitar
Agradeço a minha mãe
Por nesse mundo eu estar
Guiou meus primeiros passos
Ensinou-me a andar
A ser sempre um cavalheiro
Fez questão de me ensinar
Mãe você é a única mulher
Que Deus fez pra me amar
Cometi o erro de não esperar nove meses na barrigada da minha mãe, desde então a vida insiste em testar minha paciência
Minha mãe sempre disse para nunca contrariar os loucos, Mas ela se esqueceu de dizer é Que o mundo em que vivemos é tão louco quanto os que nele abitam.
Boca de Mãe
Quase sempre achava que a boca da minha mãe era a concretização de uma praga ou de um sonho.
Bastava ela dizer, menina, desce daí senão você vai cair, bater a cabeça e se machucar e não é que se a teimosinha aqui insistia, aquilo tudo acontecia.
Lembro de ter desabafado mágoas e minha mãe dizia, filha, um dia você vai rir de tudo isso.E não é que é verdade! Tudo verdade das mais verdadeiras.
E o sexto sentido de mães, quando ela encasqueta com uma coisa, quando acha aquele seu namoradinho fiasco, quando não é pura implicância ou dominação, o namoradinho quase sempre é fiasco mesmo.
Acho que tem sempre anjos perto das mães e assim que elas terminam de falar os anjos passam e dizem: amém. E puf tudo acontece igual previsão. Quantos choros teria evitado se tivesse ouvido minha mãe. Quantas coisas poderia ter aprendido sem quebrar a cara, sem choro, sem traumas, sem desilusões. Parece que elas vivem há cem anos luz na nossa frente. Mas às vezes vale a pena aprender com os próprios tropeços né, evita aquela sensação de "e se eu tivesse tentado", "e se tivesse falado", "e se tivesse beijado" e, e, e...
É, acho que é como a minha mãe disse, a gente cresce, as amizades mudam, a gente vai se conhecendo, conhecendo a vida, vai aprendendo o que é amizade. É inevitável a entrada e saída de pessoas da sua vida, a gente supera, a gente se acostuma, mas a saudade aparece, toma conta da gente, e o que restam são lembranças, lembranças daqueles que você jurou levar para sempre, lembranças daqueles que alegravam suas manhãs, traziam a felicidade a sua vida e sabe, dói, dói perceber que vocês se foram, que só restam lembranças, dói pensar que essa é uma amizade quase sem volta.
A minha casa também é honrada como a vossa, honra teu pai, honra tua mãe, honra os teus, é os que lhe querem bem, honra principalmente a tu mesmo, desonra maior é mentires pra si mesmo.
Bem que minha Mãe sempre diz :
- Filho, amor sincero é coisa rara .
Se até o genérico tá difícil , imagina o verdadeiro .
Amor: nada mais é que um sentimento filho da mãe, que se aloja em nossos corações com a simples intenção de fazer-nos feliz. Mas durante o percurso para o verdadeiro amor, nos machucamos, sofremos, morremos, ressuscitamos, encontramos um novo ‘amor’, é como se fosse um labirinto sem fim, mas, que há fim. Esse fim ainda não encontrei, por enquanto existe um ‘amor’ dentro de mim, que me domina, me deixa feliz, mas, que também já está me fazendo sofrer. Ainda tenho muito chão à percorrer só assim saberei, se esse é o verdadeiro amor, ou, apenas mais um.
Aprendi a amar a poesia com minha mãe, a ler notícias com meu pai, gostar de livros com meu avô... com Deus aprendo a ouvir pessoas.
Me deitei ao lado de uma senhora,ela estava com a neta,sua mãe tinha morrido por consume de crack , pobre menina. O mau cheiro era forte,mas não me sentia pior de quando eu estava ao lado de pessoas podres por dentro, mas que exalavam ótimos perfumes de marcas.
Mãe e Pai me ensinaram a engolir e até mesmo esconder o choro, esqueceram apenas de falar pra não conhecer o Amor.
Foi comovente pra mim ver uma mãe sobre o corpo do filho, segurando sua mão conversando como se ele estivesse vivo.
Gostava de minha mãe porque ela não era mais jovem. E numa noite de disponibilidade, seria capaz de amar até tia Graciana se ela lhe passasse ao alcance da mão.
Mãe - Mulher
Mesmo de olhos fechados eu consigo perceber...
Mesmo com a mente perturbada consigo me lembrar;
Consigo notar a tua presença invisivel...
Com o minha mente cheia de satisfação gentil.
Quando não sinto a tua voz pelos ouvidos! Ouço no coração....
Ouço com a minha mente desviada pela tua paixão.
Tu não és, mas consegues ser!
Não te olho, mas consigo te ver...
Não te toco, mas consigo te sentir...
És a morte que mantém a minha vida viva!
Podes não ser a árvore mais linda, mas o teu verde me cativa!
Não sei quem és, mas consigo prever quem serás...
Aquela que não é, mas existe.
Aquela que mesmo não conseguindo, persiste!
Mulher de Deus...
Amada pelos seus.
És a força feminina viva...
A casada viúva;
A força tremenda de cada braço que tenho!
A única culpada da humildade que carrego...
És a atração do universo...
És educadora, mesmo em um mundo disperço!
És tudo! E mais um pouco de um tudo!...
És o mundo do amor profundo!
Na guerra, és paz;
Na fome, alimento!
Tua presença é eficaz
Todo homem busca o seu colo!
Mãe – Mulher – Companheira e dona do sofrimento!
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