Mãe

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⁠Ele sabe que seu primeiro passo foi na minha direção? Que sua primeira palavra foi mamãe, e era assim que ele me chamava? Que ele sugava em meu seio seu alimento, me acordava toda a noite para satisfazer sua fome? Ele sabe que foi responsável pela minha primeira estria e que, lá dentro da minha barriga, era meu coração que ele ouvia, sua primeira música?

Inserida por contosdesamsara

Nada como acordar e ter o seu colo para me deitar.

Inserida por RafaelMiguelDelfino

⁠"O que difere crianças dos adultos quando falamos de diversidade, é que as crianças optam por integrar e incluir, já os adultos por separar e excluir, eles preferem a guerra"

Inserida por julia_dutra

⁠As boas historias, de afeto e de carinho independente da religião e da cultura de quem nos conta, se repetem. Isto justifica se por amor e humanidade.

Inserida por ricardovbarradas

⁠Pela Sabedoria do Tempo aprende se que as mesmas coisas e os mesmos acontecimentos, passam a ter novos sentidos na vida da gente com o passar dos anos. Assim dizendo, hoje tive uma alegria enorme quando me deparei com um fio de cabelo retorcido e branquinho, preso a tampa da garrafa térmica de cafe durante o lanche da tarde, com minha filha-mãe de noventa e quatro anos. Desconheço forma de carinho maternal maior. Saber que ela ainda cuida de mim.

Inserida por ricardovbarradas

⁠Existe desde sempre uma só Lei da Vida, de forma imutável. Antes de pensar em gerar uma criança, cada qual deveria criar uma planta. Caso a planta, se atrofiasse, abatesse, debilitasse, definhasse, deprimisse, seria muito bom que cada qual seguisse sozinho e amassem os filhos do mundo.

Inserida por ricardovbarradas

XEQUE-MATE, BABACA!

A partida já durava pouco mais de 45 minutos, uma pequena eternidade para uma criança de 5 anos e meio.

– Mamãe, eu sei que o certo é jogar em silêncio, tentando “adivinhar” as próximas jogadas, mas preciso falar uma coisa – disse em tom solene, esfregando os olhinhos já cansados.

– Pode dizer, filha.

– Acho esse Rei muito “babaca” – disse apontando uma das duas peças coroadas por uma cruz.

– “Babaca”? Como ele pode ser um “babaca” se ele é a peça mais importante do seu reino? Se ele for capturado, você perde e acaba a partida – retruquei.

– Ah, mãe, o xeque-mate deveria ser com a eliminação da Rainha. Já reparou que ela é muito poderosa e que ele é um tremendo “Zé Mané”?

– Respeite o seu Rei, não fale assim dele – reclamei com um sorriso no canto da boca. – Onde você está aprendendo essas palavras?

– Mãe, a Rainha é toda “triunfante”. Consegue “dançar” pelo tabuleiro inteiro, como se fosse uma pista de dança… Olhe – e movimentou a sua Rainha na horizontal, vertical e diagonal, por várias casas já vazias. – Ela é tão esperta que “observou” e “aprendeu” os movimentos da Torre e do Bispo.

– Isso é mesmo. Ela é uma peça muito importante, filha. A perda da Rainha é uma grande derrota para o reino. Considero o “começo do fim” da partida – expliquei.

– E esse “Zé Mané” aqui é todo duro, travado e “perna de pau”. Já viu como ele “dança”? – Disse pinçando o seu Rei com seus miúdos dedinhos e o movimentando pelas casas que o circulavam. – Ele fica assim fazendo movimentos curtinhos, todo indefeso e fraco. Raiva desse “babaca”. Não quis aprender nada na vida. Até o Cavalo sabe saltar… E ele? Só sabe “se esconder na sombra da Rainha” – palavras literais da minha pequena.

– Amor, não fale assim. Se você estiver com raiva ou aborrecida, vai interferir no jogo e você não vai conseguir pensar na melhor jogada. Como eu sempre te digo, Xadrez exige concentração, “sangue frio”, estratégia e equilíbrio. E outra, não desrespeite o seu Rei. Seu dever é protegê-lo a todo custo, para continuar na partida. Acha melhor parar para descansar e continuamos depois?

– Mãe, a senhora está “toda” enganada – disse fazendo carinha de desdém.

– Oi? – Questionei, sem entender.

– Eu ainda “sou princesa”, mas serei como a Rainha, vou viver observando e aprendendo, toda poderosa, dançando com um longo vestido brilhante pela pista inteira. Mas não quero fazer sombra em nenhum “Zé Mané”… Na verdade essa conversa toda foi para te distrair, foi um papo “estlatégico” – pronunciou “fazendo bico” e levantando levemente os pequenos ombros. – Xeque no seu Rei, esse “babaca” aí.

Estatelei os olhos e tive que me render, orgulhosa, abrindo a retaguarda do meu Rei para que ela pudesse capturá-lo com o seu último e aparentemente inocente Peão, que “conseguiu atravessar” o tabuleiro quase sem ser visto por mim, no decorrer do nosso diálogo.

Parecia inofensivo, mas… Por vezes, o Discípulo supera o Mestre.

Xeque-mate, “babaca”.

Inserida por nivea_almeida

OS DENTES DE JOÃOZINHO

Joãozinho apareceu no primeiro dia de trabalho com um par de sapatos maior que o seu pé. As roupas, bem largas, dançavam em seu corpo delgado. Ainda não havia recebido o uniforme azul para a labuta, e por isso precisou improvisar. Todo mundo reparou o seu jeito meio desconjuntado, mas ninguém comentou patavina.

No outro dia, já de uniforme e sapatos luzentes do seu tamanho, veio de cabelos bem penteados e unhas cortadas. Apresentava-se sempre sorridente e cortês, assim como havia aprendido em seu treinamento para ser um jovem aprendiz, e assim também como, decerto, ditava a sua própria natureza.

Os dias foram passando e todo mundo se afeiçoou ao Joãozinho. Um garoto de costumes simples e jeito humilde, mostrava-se sempre prestativo, educado, gentil e bem humorado.

Pele negra, estatura pequena, bastante magro, cabeça ovalada enfeitada de madeixas negras encaracoladas, mãos, pés e orelhas desproporcionais, Joãozinho no auge de sua adolescência, tinha os dentes grandes e brancos sempre ostentados em um sorriso.

– Joãozinho, você cuida muito bem desses seus dentes, hein? – Disse como forma de encômio, no intervalo do café.

– Sim, senhora, cuido sim. Na verdade a mamãe faz uma fileira conosco todas as manhãs e no fim do dia. Ela mesma escova nossos dentes.

Sem entender muito bem aquela resposta, continuei meus questionamentos:

– Como assim João? Você já tem 15 anos de idade, já sabe escovar seus dentes sozinho. Sua mãe não precisa mais te ajudar.

– Sabe, dona, lá em casa a água é difícil. E não temos escova de dente. Mamãe pegou alguns sabugos de milho, cortou assim ó (mostrou com as mãos vários longos cortes na vertical) e cada um de nós tem uma “lasca”. Somos doze, né…

Eu continuei ouvindo estarrecida, não imaginava que era aquela a realidade de Joãozinho.

– Dos doze, dona, dez já tem dentes, dois são muito bebês ainda. Daí mamãe guarda nossas “escovas” bem organizadas na beira da prateleira e cobre com um paninho bem limpo. De manhã e à noitinha ela nos coloca enfileirados por ordem de tamanho, e começa o trabalho do menor para o maior. Os pequenos, que não tem dentes, ela limpa direitinho a boca e as gengivas com um rasgo de fralda umedecida na água. Na sequência, ela vai pegando as nossas “escovas”, passando um pouco de sabão de coco na ponta e esperamos todos de boca bem aberta. Mamãe é muito inteligente, dona, ela nunca confunde nossas “escovas” para não correr o risco de pegarmos bactérias da boca um do outro.

Joãozinho descrevia aquele rito com uma absurda riqueza de detalhes, e com os olhos tremeluzindo de orgulho da sua tutora esmerada. E ainda teve mais:

– Ela escova nossos dentes, dona, pois pela manhã, por exemplo, só temos um balde grande de água para tudo. E mamãe, para não desperdiçar, faz o trabalho ela mesma, evitando que entornemos ou que um de nós use mais água que o outro. Ela pega o copo de ferver a água do café, enche, e faz com que aquela porção dê conta de todos os nossos dentes. Sabe, dona, sabão de coco não é muito gostoso não, mas olha o resultado (e arreganhou os dentões todo soberbo). Como sou o maior e mais velho, sempre fico por último, e às vezes saio de casa com gosto de sabão na boca, pois o que sobra de água para mim para retirá-lo às vezes é bem pouquinho.

Joãozinho relatou sua higiene bucal e a de seus irmãos com muito empolgamento e a mesma alegria estampada na cara, do começo ao fim. Pelo que se podia perceber, era um momento ímpar de união familiar e partilha, promovido pela mãe daquela trupe.

Após o seu relato, engasgada, não consegui falar muita coisa. Terminei o meu café, já frio, agradeci pela história em murmurejo e saí dali de volta para o meu gabinete de trabalho. Mas não consegui ficar sentada por muito tempo. Peguei a minha bolsa e avisei a minha secretaria que iria rapidamente a um supermercado nas redondezas.

No final do expediente, como era de costume, Joãozinho foi até a minha sala perguntar se existia mais alguma demanda para aquele dia, e, em caso de minha negativa, sempre se despedia com o mesmo mantra “deus te abençoe, te dê tudo em dobro e a faça sonhar com anjinhos, dona”.

Estendi a mão com uma sacola plástica com as compras recém-adquiridas e entreguei ao Joãozinho. Lá dentro quinze escovas de dente de tamanhos e cores variados, alguns pacotes de algodão, dois pacotes grandes de lenços umedecidos, cinco tubos de pasta de dente com sabores diversos, um vidro grande de enxaguante bucal e duas embalagens de fita dental.

– Toma João, coloca na prateleira da sua mãe.

João recebeu a sacola com uma interrogação na fronte. Abriu e espiou, matreiro. João não sabia o que fazer de tanta satisfação. Abriu, vislumbrou e fechou aquela sacola plástica um milhão de vezes, como se ali escondesse uma grande e reluzente barra de ouro. Ele não acreditava no que via. Não sabia se agradecia, se me abraçava ou se saía correndo dali para encontrar logo a mãe.

– Dona, isso é pra nós mesmo? É sério? – Perguntou, com os olhos marejados.

– Corre, João, sua mãe precisa se organizar para o ritual da tarde. – Respondi.

Joãozinho, se não bastasse, deixou a sacola sobre a mesa, e subitamente, ajoelhou aos meus pés principiando um Pai Nosso bem alto, com as mãos para cima. Tentei retirá-lo dali puxando-o pelo braço, constrangida, mas foi em vão levantá-lo. Deixei-o terminar a sua oração. Era o seu jeito de agradecer por aquele gesto tão ínfimo da minha parte.

– Deus te abençoe, te dê tudo em dobro e a faça sonhar com anjinhos, dona.

E aconteceu. Naquela mesma noite eu sonhei que estava no Céu. Doze anjos negros e lindos, cabelos pretos encaracolados, vestidos de branco, asas enormes, suspensos do chão, cantando divinamente em uníssono, alinhados, mostrando os seus sorrisos com dentes tão brilhantes que ofuscavam o meu olhar…

Inserida por nivea_almeida

É você que ilumina minha vida e aquece o meu coração. Com todo respeito ao brilho do sol, que deixa os dias mais lindos, convenhamos; você, filha, é minha luz preferida.

Inserida por Semeandoamor

Sempre reflito sobre as duas mulheres que levaram a Salomão uma criança, pleiteando a sua maternidade e uma delas declarou o seu instinto quando concordou da decisão do sábio Rei em cortar a criança ao meio.
A maternidade é uma doença incurável. Em alguns casos, a paternidade...

Inserida por jozedegoes

ADEUS MAMÃE

Hoje eu estava tão contente mamãe. Sonhava em nascer nesta era pós-moderna, quando os direitos da mulher são cada vez mais reconhecidos.
Sabe mamãe, eu a amo muito, desde o momento de minha concepção. Meu sonho foi interrompido, com apenas quatro semanas de vida.
Sem defesa, não tive a felicidade de ser carregada no seu ventre, embalada nos seus braços, dormir no seu colo, mamar no seu seio, crescer ao seu lado como boas amigas.
Não consegui festejar o meu primeiro aniversário. Meus quinze anos, que festa bonita teria sido. Gostaria tanto de estudar e ter uma profissão independente, afinal, são os novos tempos de inclusão social da mulher.
Chegaria a hora de namorar, com sua permissão e, entrar emocionada na igreja para receber a benção de uma nova família.
Ser mãe era o meu grande sonho.
A senhora, defensora dos direitos da mulher permitiu a ocorrência do crime de feminicídio, cuja a vítima é sua filha.
O seu egoísmo mamãe a levou a pratica de uma conduta ilícita. A senhora é dona de sua vida mas não é dona da minha vida.
Não me deixou viver mamãe.
Excluiu-me da alegria, do prazer e da graça de viver.
Hoje mesmo volto para o CRIADOR, levando comigo a
Tênue lembrança da minha existência terrena.
Adeus mamãe, não sinto nenhuma magoa da senhora.
Rogo a Justiça Divina que tenha com a senhora a misericórdia infinita e lhe conceda o perdão, pois, de mim a senhora está perdoada.
Um abraço e um beijo de sua filha querida.
( Oscar Terebinto)

Inserida por oscar_terebinto

⁠Esperamos que as mulheres trabalhem como se não tivessem filhos e criem filhos como se não trabalhassem.

Inserida por pensador

⁠"Não existem atalhos seguros para engravidar, para a gestação, o parto ou a parentalidade.
É preciso confiar no seu processo, gestar por 9 meses, enfrentar o parto que cada mulher precisa viver e aprender que são os filhos que nos ensinarão a criá-los diariamente. "

Inserida por cacauprado

⁠"Você não pode obrigar nem ensinar bebês a dormirem uma noite inteira ou fazerem suas sonecas.Mas você pode criar todas as oportunidades necessárias, para tudo isso ocorrer naturalmente."

Inserida por cacauprado

Para um parto natural acontecer é necessário se entregar e trazer à luz. Entregar-se para as sensações e trazer à luz todos os medos, as dúvidas, dores e exaustão que ficam escondidos em nossa escuridão.

Inserida por cacauprado

⁠Ficar fora da vida deles é o que os meus filhos mais querem.

Inserida por pensador

Há algo de ameaçador em uma mulher que não está ocupada com os filhos. Uma mulher assim provoca certa inquietação. O que ela vai fazer então que tipo de problemas ela vai arrumar.

Inserida por pensador

Sendo mulher, você não pode simplesmente dizer que não quer filhos. Você precisa ter algum grande plano ou ideia do que você vai fazer em vez disso. E é bom que seja algo incrível. E é bom que você consiga dizer de forma convincente qual vai ser o enredo da sua vida – antes mesmo que ele se desenrole.

Inserida por pensador

Só porque você teve um filho não significa que você cresceu.

Inserida por pensador

-Pai, tô com fome!
-um minuto só filho....

Inserida por jozedegoes