Macunaima
Se o autor de "Macunaíma" vivesse nos dias de hoje, colocaria na boca do personagem principal a seguinte exclamação: "Ai que preguiça! E pra que trabalhar, se eu tenho uma bolsa-família pra me sustentar"?!
Menino levado a tona das cores
Filho de Macunáima
Neto da sensibilidade
Guerreiro amazônico da arte
Passeando de ubá com simplicidade.
E saindo daquele torpor, Macunaíma, abriu a boca, bocejando, esticou os braços e disse para si mesmo: Ai, que preguiça! Depois, pensativo, lembrou de seus irmãos que deveriam estar trabalhando no campo. "Ah! não vou trabalhar, não! Vou continuar minha soneca. Afinal, pra que trabalhar? Já tenho uma bolsa-família pra me sustentar!... E, se precisar, faço com que eles repartam comigo o que eles ganharem. E continuou dormindo à sombra da árvore.
E saindo daquele torpor, Macunaíma, abriu a boca, bocejando, esticou os braços e disse para si mesmo: "Ai, que preguiça!" Depois, pensativo, lembrou de seus irmãos que deveriam estar trabalhando no campo. "Ah! não vou trabalhar, não! Vou continuar minha soneca. Afinal, pra que trabalhar? Já tenho uma bolsa-família pra me sustentar!... E, se precisar, faço com que eles repartam comigo o que eles ganharem". E continuou dormindo à sombra da árvore.
Oswaldo Wendel in "Macunaíma 2010"
Descendentes de Macunaíma
Duelo das Armas
Duelo das artes
Desunião por ambas as partes
Ir contra quem não era pra ir
Na poesia do povo que não fala
O que eu te entrego
Não é a verdade
São possibilidades de infelicidade
De situações da nova idade
Da humanidade de amanhã
O mais novo dos seus dois irmãos
Que morreu pela fé na utopia
A construção de heróis sem caráter
Na capa de revistas da classe operária
Nas aspirações do Estado Novo
O professor na elite do povo
Cuspindo em minha cara
Um latim bem vulgar
Herói ou superstição?
No fundo do mato virgem
Nasce Macunaíma
Preguiçoso, danado e amoroso.
É o herói de nossa gente.
Mistura de raça e cultura
Coisa que ninguém viu
A linguagem variada
Tudo isso é Brasil.
Negro, índio e branco.
O nordeste aqui misturou
Críticas de um personagem
E um papagaio falante, disse:
- “O brasileiro falado e o português escrito”.
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