Luzes
Almeja se o cume da grande piramide de cristal e pensa se erroneamente que inicia se a caminhada a partir um dos vértices ao nível do mar....ilusão mais uma entre tantas ilusões ...antes de caminhar para cima na direção de perto das estrelas precisa se caminhar para baixo, entre os nossos abismos que nos sombreiam enquanto aparências no interior da alma e da terra....local que com serenidade aprenderemos que o repleto só existe a partir do imenso vazio que ha de dentro de si mesmo. O cálice vazio convida o preenchimento com qualquer coisa....mas a lança afiada apoia nos nas maiores conquistas sem precisarmos lutar e tao pouco ferir ninguém...afinal se somos o bambuzinho verde e não a arvore frondosa secular....não tememos as ventanias da vida e as tempestades da alma...pelo pouco, pelo dócil e o pequeno que somos...vive se em constantes movimentos suaves e desdobramentos...temos a capacidade de curvar nos ate ao chão sem se quebrar um quinhão e no próximo momento se erguer mais forte e inteiro na imensidão..,sem a triste ansiedade que tudo pode acontecer, mesmo que de outra forma, outra vez... FIAT LUZ.
Sou infinito, quando passo a ser parte ínfima do todo que a tudo se completa. Sou vácuo, inócuo e nocivo para a existência, quando pressuponho que eu seja uma especial centelha de energia da divindade, com a imprescindível importância para o eterno movimento da vida. Logo, sou sim, quando nada sou e toda vez quando me pego na ilusão, que algo sou, nada sou. FIAT LUX.
Veio a noite, o vento,
a lua que se esconde,
uma estrela cadente,
que brilha de repente
e tão longe...
veio a noite, a mesma de sempre,
na escuridão de ausências
A experiencia de sintonia com o infinito refrigera especialmente nossa luminosidade interior. O ser humano só consegue sentir se completo quando reverbera se em alinhamento ao circulo movimento de luz do universo que tudo rege. Cada qual tem que descobrir e reativar o reflexo da Grande Luz em seu interior. A luz é a vida, força, musica, movimento que alimenta a continuidade, a razão de aqui estar, de ser e calor. FIAT LUX.
Há sensações em ser luz e sol
chuva ou nuvens a bailarem
ou cores do arco íris que distante
fazem todos os poetas sonharem
A verdadeira magia do grande mago está no dia a dia, transmutando os cravos e espinhos da vida em pétalas orvalhadas e acetinadas da mais bela flor, da cor que nunca jamais foi vista. A grande magia do amor. FIAT LUX.
Os piores fantasmas e demônios pessoais de cada um são gerados pelos erros do passado que ficam armazenados na alma de cada um. São complexos sistemas auto-imunes organizados pelo conjunto de energias ectoplasmáticas emocionais interligadas adversas resultante das sombras, dos maiores medos, das ações perversas, dilacerantes invejas, do não perdão e egoístas torpes vaidades. FIAT LUX.
E o mar se cobriu e encobriu a minha traição que a noite engoliu junto com o sol que se pôs no horizonte.
O mar que existe em mim lampeja luzes de uma estrela que em meu coração se afagou.
Há mar, luzes, há só marcas na areia onde escrevi seu nome e o mar levou.
Muitas vezes me atrapalho
nas linhas de uma poesia,
perco uma vírgula, e caio,
mudando o rumo que queria
Pergunto-me que poeta serei eu?
assim, dessa maneira displicente,
mas noto que no erro que se deu,
o que valeu foi a inspiração, somente...
Estrada sinuosa
Ser barro pisado p'ra vida ser.
A beira da fonte escondido dos Céus ao Pé do gigante.
Imponente viveste no tempo antes passado..
Tempo que te resta, conhecido e esperado, não aceita.
A sublime mão do destino te apresentou a jovem, que aos teus pés debruçou.
Com suavidade te abraçou e, da vida, te deu vida - fez raiz.
Teu equilibrado - sustento.
Hoje vives a olhar o horizonte imberbe, acolhido e suportado, amor da natural vida.
Viva à "Gameleira" que de ti também faz vida.
Em teus ombros sustenta a Luz que do horizonte te embeleza.
De tuas rasas raizes corre a seiva da vida, em direção ao mar.
Nascente, num filete, rio se transforma.
Essa sinuosa vida, do Barro vida se faz.....
Quem acolhe quem.
A Gameleira ao coqueiro ou, o coqueiro te faz, ainda Gameleira.
Ivan Madeira
Só o verdadeiro Cavaleiro do Oriente que chega no Portal do Jerusalém Interior como príncipe, sabe que nas grandes batalhas das trevas, vence quem mais usar da astúcia, da mentira e da violência contra si mesmo mas nos pequeno embates das luzes, não existe vencedor.A verdade sempre estará com todo aquele primeiro que por misericórdia e caridade, rende se ao outro e se dá por vencido, como o sublime Cavaleiro da Paz, mesmo estando com a justiça, o direito e a razão.
Balada da travessia
Na curva da noite e meia
acordam os insones
para a balada da travessia.
O som da batida eletrônica faz vibrar as pupilas
que dançam atordoadas com tal barulho.
As pernas também se mexem
seguem desobedientes à revelia do som ambiente.
E à revelia, a noite te comove...
As cortinas se fecham, as luzes se apagam, a noite vence
vem o sono e te envolve com seus tentáculos
você não resiste, nem insiste.
Já sonolento, perde toda a ginga das pernas
e antes que perceba
completa solenemente a travessia.
Palavras minhas, palavras suas
misturaram-se
derramaram-se
espalharam-se
perderam-se pelos vãos.
Para cada sim perdido,
calado em mim
Convenço-me e disparo
ao longe um não.
E quando as luzes se apagam
Os ecos de tua voz
ainda me acordam em sonhos.
O dia em que a lua se cansou
Na noite em que a lua se cansou
ela deitou-se no céu
escondeu-se nas nuvens
e desapareceu na escuridão!
Nesse dia...
Numa quinta-feira à noite
às vésperas do fim do mundo:
A lua...
Minguante
alaranjada
já quase sem brilho
e cansada do dia-
-Apagou as luzes
e foi dormir.
Ouse movimentos inéditos, pois a platéia tem estado terrivelmente entediada. Se cair, levante com graça. Passe a ditar o ritmo se não quiser ir no embalo. A música está tocando... Você não consegue ouvir? É o seu momento e as luzes estão sobre você. É a dança da vida.
Ter o dom,ou a estranheza de pensar
E se aprofundar em cada detalhe dos arredores
Ouvir e sentir os Sons da poluição
E me arder os ouvidos
com a rotina incerta de meus pensamentos
Cada detalhe me prende de alguma forma
As luzes da cidade não são muito observadas
Mas eu as conto e observo
Como se fossem estrelas no céu
Todos os ares que por lá passam
São lembrados por mim
E de alguma forma eu os recordo
Como se fossem experiências de vida
Para alguns pareceria nojento
Lembrar do gosto de ferrugem
Que ficou em meus dedos
Quando toquei os corrimões do parque
Mas para mim,isso é poesia
Os gostos dos ares
E o rangido dos pés na calçada
Como as pessoas são distraídas
Não, eu que sou observadora
Ou somente louca poetiza
A iluminação espiritual moderna não é mais uma sublime consequência de um elevado estado de espirito. A moderna luz advêm aos buscadores, pelo vagar dos abismos interiores, e é em si, o jubilo da ultima vitoria, da fé sobre a duvida, a mansidão da continuidade sobre a depressão, o sepultamento dos fantasmas inseguros da existência sem sentido, das ações sem mérito aparente e valor, o repatriamento no local mais profundo da existência do verbo ser, estar e amar, incondicionalmente a tudo que existe e vive por vontade do Altíssimo, em todos orientes e direções.