Luzes
Ao fim do dia...
Quando as luzes ascendem ao fim do dia e dão boas vindas à noite. Noite que oculta aquele que trás o maior espetáculo da terra com todo seu esplendor, calor e energia.
Ao fim da noite as luzes se apagam, é alvorada, muitos ainda dormem quando começa o espetáculo novamente e assim somos poupados da escuridão pelo magnífico sol.
Poema: Chama
Caminhos são luzes tuas
Mas tu os iluminas!
Os campos são teus cobertores
Mas tu os aqueces!
Arde foto eterno,
Que tua chama seja infinita!
Iluminando teu inferno,
Queima criador que o diabo imita!
Luzes Molhadas
Lágrimas , doces lágrimas
Que corre no córrego sem fim
Fazendo ás luzes molhadas
De um impossível amor
De uma vida em fim.
Sol, precioso Sol
Que ilumina a escuridão
Vem transformar ás lágrimas
Que molham meu coração
Contemplando ás luzes molhadas
Vivendo á luz da razão.
Molhadas ,luzes molhadas
Que acalmam meu coração
Da inquietude do amor
Da dor forte da paixão
Lágrimas,doces lágrimas
De uma prece sem fim
Enxuga ás luzes molhadas
do amor
Do meu ser em fim.
Das luzes emersas das estrelas aprendemos sobre a história do Universo conhecido. E, talvez os satélites naturais, nossa lua como exemplo mais próximo, representem uma transição que converge a nós: A lua é um corpo iluminado e, assim sendo, apenas pode dizer de si mesma quando recebe alguma luz de alhures, de um ente inatamente brilhante... Em paralelo: Recebemos as ondas luminosas e aprendemos. Esse aprendizado visual é muito anterior ao auditivo, pois o som, para nascer, precisou se tecer às ligaduras do ventre da atmosfera, tão jovem esta, se comparada à idade do primo brilho mor. Além deste ar que respiramos e cujo oxigênio rareia nas alturas, podemos supor que as nossas lágrimas e os nossos sorrisos serão observados e registrados opticamente nos abstratos livros da história real, de modo indireto, nos confins onde os “nossos” fótons cheguem, ainda que não lhos saibamos e nem meçamos. Choramos, sorrimos e o Universo nos vê. Todavia, e até prova em contrário, nossas alegrias e tristezas são quase mudas ao vácuo surdo: As ondas sonoras que emitimos não encontram acolhida nos confins do nada material. E a música, como alguns podem achar, não é um bálsamo para a prisão; é uma consequência das causas que o ocaso nos ilude, sensitivamente, de não poder manipular.
PALMAS
E no final do espetáculo as luzes se
ascendem e na platéia não se ouvem
mais as palmas de quem um dia te
aplaudiu em pé!
A Cantora
Aquele momento ficou registrado nas fotografias
As luzes dos flashes refletiam-se nos olhares felizes fotografados
Jeitos, trejeitos, gestos. Cada movimento era registrado inúmeras vezes
A emoção estava no ar, olhos rasos d’água tentavam exibir sorrisos
Vozes não se escutavam, apenas aplausos acalorados e assobios
Ouvindo o público pedir mais e mais, quando o show já havia acabado
Ela voltou ao palco, mas não conseguiu mais cantar de tão emocionada que estava
O público compreendeu e a vendo chorar ali no palco, aplaudiu de pé
Era o clímax, o máximo para uma cantora iniciante
Foi a última apresentação dela no festival universitário da canção, realizado em Ouro Preto - MG. Ela havia sido classificada neste festival, e durante o festival foram apenas quatro apresentações, incluindo a final. Ela ficou classificada em terceiro lugar no dia da final. Ganhou um troféu e uma quantia em dinheiro. Os dez melhores classificados participariam da gravação de um disco de vinil daquela edição do festival.
Claudia ia completar dezenove anos, era filha de Dona Edna, que era uma das arrumadeiras da pousada onde eu estava hospedado em Belo Horizonte. Dona Edna era muito amiga minha, ela me acordava de manhã batendo na porta do meu quarto ás seis da manhã, para que eu não perdesse a hora para ir trabalhar. Conversava sempre comigo durante o café da manhã na pousada. Ficamos amigos, e como ela fumava, eu sempre trazia um maço de cigarros extra para ela de presente. Eu dava aulas de informática durante a semana em Belo Horizonte, e nos fins de semana voltava pro Rio de Janeiro onde eu morava. Conheci a moça quando estava saído para trabalhar numa terça feira de manhã. Ela estava sentada num banco no jardim da pousada onde sua mãe trabalhava, tentando aprender os primeiros acordes ao violão.
Ao passar por ela notei que seu violão estava bastante desafinado. Parei e me ofereci para afinar o violão dela, depois de explicar-lhe que o mesmo estava desafinado. Ela aceitou de imediato. Nos três meses seguintes, toda manhã a encontrava no jardim durante a semana. Ela tinha a sede do aprender. Ensinei-lhe os acordes básicos, entonação de voz, um pouco de harmonia e ritmos básicos.
Ela também escrevia canções, mesmo sendo ainda inexperiente na música, tinha uma poesia linda em suas letras. Por isso incentivei-a a inscrever-se no festival de música em Ouro Preto. Festival para iniciantes que acontecia todo ano. Mesmo temerosa ela foi e inscreveu-se no festival.
Escolhemos uma de suas canções, trabalhamos os acordes, melodia e voz. Ela fazia o violão base e voz, eu fazia parte harmônica e solo. Na primeira apresentação do festival, antes de entrar no palco ela estava muito nervosa. Mas ai, tive que agir com astúcia. Levei-a até um bar na entrada do lugar onde acontecia o festival. Tomamos uma dose de conhaque com limão cada um, num um único gole. Ela subiu no palco leve, linda e maravilhosa. Tocou e cantou perfeitamente.
Aquele momento ficou registrado nas fotografias. As luzes dos flashes refletiam-se nos olhares felizes fotografados. Jeitos, trejeitos, gestos. Cada movimento era registrado inúmeras vezes. A emoção estava no ar, olhos rasos d’água tentavam exibir sorrisos. Vozes não se escutavam, apenas aplausos acalorados e assobios Ouvindo o público pedindo mais e mais, quando o show já havia acabado Ela voltou ao palco, mas não conseguiu mais cantar de tão emocionada que estava. O público compreendeu e a vendo chorar ali no palco, aplaudiu de pé Era o clímax, o máximo para uma cantora iniciante
Belo Horizonte, 25-07-1986
Charles Silva
charleshenrysilva@hotmail.com
Charles Silva - Textos
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=118203
"Brilha, tu que és parte desse universo infinito. Através de ti fluem todos os sons e luzes que dão cores e formas àquilo que vês. Dentro de ti, milhões de fragmentos se unirão para compor a única verdade, que se propaga como uma sinfonia a ecoar pela eternidade". (O Mentor Virtual)
A vida é uma contemplação de luzes e cores... Extraordinário é transpor essa ‘passagem’ vivendo o bem a cada novo dia. AJMusskoff..^.
Não é preciso que apaguem as luzes. Eu posso fechar os olhos e ver a escuridão na minha frente, mesmo com o sol a brilhar. E até mesmo no escuro eu posso enxergar, tudo aquilo que eu vi de olhos abertos.
Não há caminhos fáceis, não há luzes no final do túnel. Embora, em nossos pensamentos e corações haja a esperança. A vida é uma linha, reta e única. Conforme avançamos por ela novas perspectivas são lançadas ao vento e ilusões se tornam realidade. Existe apenas um caminho. Este caminho nos guia do nascimento a morte e dele não sairemos nunca. As distrações e caminhos alternativos que muitas vezes nos fazem perder o foco do que realmente é importante são feito rabiscos, que muitas vezes a enfeitam de maneira negativa. Realizações, sonhos e até esperanças são monumentos criados sobre ela, eles mostram que as batalhas travadas valeram a pena e admira-los, muitas vezes, nos faz ter forças para seguir sempre lutando. A importância desses elementos se mede quando, na vida, aprendemos que não acertaremos todas as vezes, mas que para cada erro há uma solução na mesma medida. A questão nessa história é parar e compreender nossa trajetória, vivida e futura. A vivida, não pode ser mudada, pois a linha não pode ser desfeita e uma vez rabiscada, nada apaga. Os monumentos por sua vez, com sua grandeza e imponência, nos fazem ver que apesar dos erros somos capazes de construir coisas realmente grandiosas.
OLHAR ATEU
Tão lindos eram aqueles olhos, meu Deus!
Eram estrelas cintilando luzes de pecado...
Tão trêmulos ficavam ao mirar os meus...
Que desviavam, do meu olhar aparelhado.
Tão linda era aquela face de olhares ateus!
Tinha a fronte desenhada, e lábio acetinado.
Tinha à boca o mel, na voz não tinha adeus...
Era canção viva, pura, de som edenizado!
O corpo era escultura de curvas desenhadas...
Os seios eram montes, das pombas embaladas.
Um anjo, uma donzela, a vagar a luz do dia!
Que eu a venha mirar nos olhos novamente...
Se for pra me perder, far-me-ei de contente...
Já que amá-la, meu Deus, é a minha fantasia!
D’UM CÁLICE DE AMOR
O teu amor me fez sorrir
Quando o dia não mais me tinha cor,
Das luzes o clarão me fez abrir,
Das cores tu vieste em esplendor...
Do seu jardim imenso um furor
Fez-me em alegrias explodir,
E qual o bálsamo intenso duma flor
Fez-me em ar aberto o existir...
O teu amor é qual um cerne apurado,
É qual o vinho branco cintilado,
Qual a loucura do sangue atrevido.
Da sua paixão vivencio novamente
O que é do coração tão simplesmente,
Um cálice aberto enternecido.
Tudo o que eu falei quando você se foi
Trancado neste quarto, com as luzes apagadas
Não há nada além de incertezas na minha mente
Preso neste delírio, com as portas fechadas
Pensando em quando eu era mais inteligente
Tudo o que eu falei quando você se foi
Já não vale mais a pena ser repetido
Tudo o que eu falei quando você me deixou
É só a dura lembrança de um coração partido
Nada vejo, nada escuto, nada sinto agora
Neste caos absoluto que a solidão causou
Apaixonado ao seu lado, eu perdi a hora
O tempo era curto e hoje ele se esgotou
Tudo o que eu falei quando você se foi
Voa distante, sem rumo, inconstante
Tudo o que eu falei quando você partiu
É um crime que fui pego em flagrante.
Jamais se iluda com as cores, ou as luzes, ou as aparências... Porque as cores desbotam, as luzes se apagam e as aparências enganam. Procure ver além das cores, das luzes e das aparências, quem sabe assim você percebe a essência...
Uma estrela
No apagar das luzes, findado o espetáculo
A plateia dirige-se ao portão de saída
De prazeres raros e poucos aplausos
Baseia-se o que chamamos de vida
Na escuridão da madrugada, silêncio
Um eco, entretanto, que causa espanto
A ausência fere muito, minha amiga
Há almas sem melodia para o canto
No despertar do inverno, pura agonia
Congelados os sentimentos de outrora
Sem abrigo, sem sossego, em prantos
Vê-se a vítima do seu destino agora
No céu, só há uma estrela brilhando
Ela, lá em cima, me dá a certeza
Que ao admirá-la, você irá lembrar
De quem costuma realçar sua beleza.
Deixo as Luzes acesas,
e a porta encostada para quando
você Voltar. ♥
Pois nem tudo que acaba tem Final.
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