Luzes
Um dia ainda vou entrar no meu mais profundo EU
Para uma prosa de amigos
Para entender as luzes, as cores...
Saber da leveza em mim quando comigo estou
O que verte desse meu íntimo ser
Que ama, apesar dos dissabores.
Dei glórias ao Pai das luzes pois Ele sempre quer te dizer algo, mesmo diante das tuas piores fazes da tua vida, dos teus momentos mais difíceis, mesmo diante dos teus problemas que tu achas que não terá fim, que não superarás. Honre a Deus pois Ele não te desampara, pois se Ele te deixa passar por determinadas turbulência é porque Ele tem algo maior para ti, é porque Ele está testando a tua fé, mas não te preocupas pois Ele te dará livramento.
Noite
Me encanto pela noite...
Nas luzes frias dos postes...
O vai e vem dos carros nas ruas...
Na visão dos namorados a se consumirem um ao outro...
Me encanto pela noite...
Pela miséria nas esquinas...
A vida difícil a procura de aluguel...
Os bares lotados de velhas almas carentes...
A noite é o ponto de encontro...
Luzes, carros, namorados, miseráveis, mulheres de aluguel e almas carentes...
Todos se encontram na noite...
A noite me encanta por isso...
É o momento que encontro as almas sem escudo e defesa...
É onde eu encontro a real verdade do mundo...
Pessoas sem às mascaras do dia a dia...
"É quando as luzes se apagam que nos enxergamos melhor...
Essa visão nos leva para dentro do que somos,
Sem medo do que vamos encontrar.
E as nossas dores aparecem em silêncio
Vão se mostrando na escuridão...
Então entendemos a vida
E as feridas finalmente cicatrizam.
Até que o sol venha e nos machuque
Novamente."
Passo agora da vida horas
Mirando a caixa de luzes
E contando letras pra extravasar
Vejo-me trincar a face ao mundo
Como uma barra de chocolate
E não sinto sabor algum que tem vida
Pois não se sente gosto com os olhos
É preciso apalpar junto ao rosto
Mastigar, engolir, deitar fora sobejos
Mas a hipnose da caixa de luzes
Faz-me acreditar que tenho o bastante
Que não vale a pena o risco de viver
Alem do meu gasto horizontes
Que morrer em cima do rastro
É uma dádiva imerecível
O anonimato é uma benção
E a dor incondicional a estrada
Lembro-me além da curva
Chame de medo ou covardia
Pois volto o rosto pra meus dedos
Condicionados a três letras
O mundo, a teia e a amplitude
Preso como mosca na rede
No epicentro do mundo
Nos espelhos que ocultam faces
Que a mascara me seja leve
Que vida me seja menos ríspida
Acenda as luzes, ainda tenho medo do escuro. Aqui está frio, me falta um feixe de luz pra me esquentar por dentro. Minha cabeça dói e eu não sei se é porque borrei a face. Feche as janelas. Que aqui está tudo agasalhado, mas o vento pode levar as coisas que eu temo perder. E eu preciso tanto delas pra respirar e viver um pouco melhor.Os meus pés andam meios cansados, caminho, te procuro mais não te acho.Eu preciso me recompor, ando fatigada, as lembranças pesam na minha mente.Eu só precisava ter ver, te olhar direito, apreciar o teu sorriso, que hoje haveria de ser o meu melhor remédio…
As vezes nos acorrentamos ..
Colocamos algemas nos nossos pés e mãos...
Apagamos todas as luzes...
Nos trancamos em uma prisão ...
E ainda temos coragem d dizer ..
Porque ninguém me visita ?
"Tantas linguagens: cores, imagens, cheiros e perfumes, luzes e sombras, sons e toques...Pobre aquele que só se comunica com palavras..."
"Um espelho sempre responde à altura das luzes que recebe... Assim é tudo o mais: um exato reflexo da profundidade do viver ou da topicidade do existir."
Falam do dia,
Falam da noite.
Se está claro, falam porque as luzes ofuscam os olhos,
Se está escuro, falam porque não se enxerga absolutamente nada.
Falam de mim e de você.
Falam dele e dela.
Falam do diabo
E até de Deus.
Seja política, futebol ou religião,
Seja o tempo, o espaço ou até a sua vida,
Isso não importa.
Para eles, falar é a saída.
Falam o que você foi,
Falam o que você é,
Falam o que você ainda será.
O que eles querem é isso mesmo: falar.
Talvez essa seja uma forma defensiva.
É assim que eles tentam esconder seus próprios erros:
Falando dos outros.
Se você levou na brincadeira ou a sério,
Se você ficou magoado ou não está nem aí.
Se aquilo não foi verdade,
De nada importa:
O que eles querem é falar.
Se estás triste, é drama.
Se estás feliz, é soberba.
Se dizes que ama, és mentiroso.
Se és proativo, estás querendo aparecer.
Se queres ajudar, "essa alma quer reza".
Se buscas ser melhor a cada dia, és arrogante.
Nada importa.
Fazendo o bem ou o mal
Sempre serás julgado
De uma forma tosca e banal.
Pois que julguem!
Se "quem está na chuva é pra se molhar"
Quem está na vida, é para ser julgado.
Falem.
Escondam seus próprios erros apontando os meus.
Escondam seus pecados mostrando minhas fraquezas.
Podem falar.
Seus julgamentos nunca me definiram de fato.
Suas palavras não mudarão quem eu realmente sou.
Falem de mim,
Falem do que sinto,
Falem do meu passado, presente e até do meu futuro.
Apenas falem.
Haja fôlego para tanto linguajar.
Haja tempo ocioso para tanto falar.
Haja mente vazia para tanto julgar.
Não é comum a mim estar a observar as luzes do céu, o brilho da lua nem a extensão do mar. Para ter inspiração, basta olhar as pessoas mais simples e enxergar nelas os grandes potenciais, as melhores ideias e as importantes mudanças. Basta somente reconhecerem isto em si mesmas. Para este vasto mundo evoluir não precisamos de revolução, precisamos somente acreditar. Abrir os olhos e contemplar a vida ao invés de simplesmente sobreviver
Engraçado como a música consegue ficar tanto mais alta quanto mais viva quando as luzes estão apagadas.
Perdida em sonhos distantes
Está sempre a observar as pequenas luzes.
Que a levaram a lugares fantásticos
Só conhecidos pela imaginação.
Mas qual graça teria a vida, se não fosse o impossível?
O impensável ou inimaginável...
Então uma pequena menina ousou acreditar,
E seus sonhos se tornaram realidade.
Isso é ou não é, apenas o sonhar?
As lágrimas que caem dos meus olhos e escorrem pelo meu rosto, serão luzes diante do altissimo. Por isso choro.
Parece não haver outro motivo quando as luzes se apagam e as vozes se calam. Procuro no escuro meus sentidos, mas perdi. Eu me perdi.
Propaganda da Verdade
De passo em passo,
luzes piscam com cuidado,
ilusão otimista, alegre,
mas nas profundezas,
vira regaço
reconheço-me um ordinário.
De cheiro em cheiro, frito,
rebuscado de pinceladas
harmoniosas de óleo,
hipócrita, que lambe a colher
e prepara veneno.
Saio pela rua com um papel,
pesado e de vidro cortante,
verdadeiro.
O que mais fatia?
a vida instigante.
Pisca-pisca por miséria,
o som reboa vozes,
ouço muitas,
de bocas amarelas.
Cuidado, meu papai-noel
têm dentes afiados,
rosto roxo,
saco obscuro e profundo
engole um gole,
de copo em copo,
ataque sem mágica,
não há feitiçaria
nem circo,
tenda muito menos,
as palavras falsas são
omitidas sem consciência.
Me fecho no apartamento
construído por engenheiro
quadrado e métrico,
por cinza, e isolamento
vou me desfazendo
nos relacionamentos
de aspecto elétrico.
O decorrer dos descobrimentos
se resume há risos,
não seja feliz por isso
tudo é algo conciso
por trás de tormentos.
Hoje eu estou sozinho
enquanto festejam a moeda
o ouro na aliança,
no colar presentista.
O corpo e a carne assam
no forno seco
e são cobiças de monstros.
Saio isolado, atendo telefonemas,
encho as variadas necessidades,
preencho a minha falta,
nos copos vazios,
arremesso um para cima,
bem forte, contra a gravidade
que o empurra ao abismo,
é onde eu vou
onde estou.
Há frutas e bebidas
empoleirados na mesa
farta como barrigas cheias,
e o mundo não acaba, não muda
o garfo enfia e beija bocas,
largueadas, inóspitas de bem.
para todos dizerem Amém.
A solidão entra na casa,
entalada por corpos
cheia de ar frio
de cada um para com outro
tempero árido nos pratos
e o meu telefone parou de tocar
penso entrar no rio, o formo
com sal.
Palavras são desperdiçadas,
um só dia se faz paz,
todo potencial em atos falsos
onde se vai toda harmonia
e voltamos ao normal.
Em embrulhos e distinções,
não creio em fantasia,
e sim no real, na indiferença
na eterna ambição.
Não ajoelho e machuco,
se me dobro me fere,
rezar só em sonho
nada é verdade,
só a certeza de morte
e de pouca mudança
concreta, hermética.
Posso ofegar letras e sentidos
de prazeres inexistentes.
-Queres um anseio,
e tapinhas nas costas duras,
trabalhadas pelo conformismo?
Desejo-lhes:
Um Feliz Natal!
As luzes se apagam
os corpos se incendeiam;
Os olhos se calam,
nesse incontrolável devaneio.
As bocas se encontram,
linguas malditas
dançam sem parar;
Não há mais ninguém no jardim.
Em meio ao silêncio da vasta escuridão
seus lábios entreabertos me esperam...
O mar é testemunha,
é incontrolável sem razão.