Luz Conhecimento
Enxugue a lágrima, hoje é dia de vencer
Cada sol que nasce é pra tu não esquecer
Que a luz que tu precisa tem dentro de você
Deixa o mundo saber
Sombras me rodeiam a mente
Enquanto busco luz dentro do peito.
Sinto em meus olhos o ar desses dias frios...
PauloRockCesar
Só deixarei de te amar quando a luz dos meus olhos se apagar e quando meu espírito do meu corpo se afastar.
Que tua luz possa a outros iluminar,
que teu sorriso possa também a outros alegrar;
E que tua paz de espírito possa acalmar
e dar ânimo à quem teu caminho cruzar!
Cap. I
A imagem de si reflectida num espelho desvanecia toda a luz daquele lugar… Três camadas de rímel bem assentes nas pestanas, e um batom que causava febre nas veias, eram assinatura sua.
Ali estava ela, perdida numa segurança fabricada por uma máscara que teimava esconder apenas uma timidez e insegurança de uma criança adulta dentro de si. Assim era Camila, como um malmequer selvagem arrancado da pradaria e levado para uma qualquer jarra de cristal de uma casa citadina….
A essência estava lá, no coração, em cada respirar, mas a circo da vida a forçara a ser uma flor de plástico na lapela de um palhaço triste. A inércia da sua postura interior facultava-lhe um embalsamamento desconcertante que só aos olhos dos mais humanos era perceptível…
Mas Camila assim vivia os seus dias…
Pela manhã sentava-se à mesa e engolia mecanicamente uma laranja suculenta que mal conseguia saciar a sede de uma alma desidratada. Entrava na banheira, e com um sabonete de lavanda, tentava dissimular a sujidade que sentia carregar na pele, da mente dos olhares pervertidos de que era alvo, assim que punha o pé na rua.
Saía de casa sempre vestida de preto, com a classe de um esboço de Yves Saint Laurent, assim caminhava ela, num passo firme mas frágil do alto de uma sola vermelho escarlate. Sim, Louboutin, Camila calçava Louboutin… Uns sapatos stiletto deixados pela sua mãe, a única recordação material que teria restado de um vasto império a si roubado.
Camila nascera numa quinta do Alto Douro, a sua família teria sido uma das mais influentes e marcantes na edificação dos socalcos de uvas Tinta Cão (uma das mais antigas castas utilizadas na produção do Vinho do Porto).
Filha única, Camila desde pequena fora dotada de uma astúcia fora do normal. De um génio desassossegado, corria desenfreada pelos caminhos sinuosos da quinta, sempre com os vestidos de Renda Duquesa* que teimavam roçar nas folhas das parreiras que cresciam entre grades de vime.
Aos 6 anos ficara estarrecida com ´Les Misèrables de Vitor Hugo, aos 8 era já dona de um palato aguçado que compreendia a musicalidade dos vinhos que nasciam na sua casa. As 18 primaveras trouxeram-lhe o infortúnio da palavra órfã, e todo o peso que esta mesma palavra carrega em si…
O pai de Camila chamava-se João d’Alma dos Santos....
Cap II
Era uma manhã de outono. Um sol morno passava entre os ramos das árvores que balançavam ao som do vento que parecia beijar cada uma das folhas. Camila tomava o pequeno almoço na sala principal com os seus pais. Os raios de sol furavam os vidros das janelas e refletiam como estrelas nas pratas em cima da lareira. Um perfume delicioso fazia-se passear pela casa numa mistura de café fresco e bolo acabado de fazer... O conforto daquela casa e o ambiente que ali se vivia faziam dela como que um paraíso na terra, tudo naquela casa respirava amor e serenidade.
O som que se fazia ouvir nessa manhã de sábado era o mesmo de todos os dias, as gargalhadas de Camila, os reparos galanteadores do seu pai à sua mãe, as indicações matinais da mãe de Camila ao pessoal da casa. Tudo parecia normal, perfeito como habitualmente...
Como tudo aquilo que é normal... Assustadoramente normal...
Camila acaba de engolir o bolo de laranja como criança sôfrega que era, para ir correr e bailar com o sol vibrante que guarnecia as paredes e os vidros da sua casa.
Desce as escadas e sai pela porta que dá para o terraço sombrio e escuro das traseiras da Quinta d’Alma dos Santos... O perdigueiro malhado ladra para brincar com Camila...
(Nesta casa nenhum animal é cativo... Aqui se respira identidade, livre arbítrio e liberdade...)
Camila põe um pé em falso num degrau vestido de musgo verdejante. Escorrega, bate com a cabeça e entra num sonho inerte, vazio, onde a ausência de luz impera....
Num coma profundo foi levada para um hospital eclesiástico (mais um convento do que um lugar que prestava cuidados dotados de ciência...)
Cap III
Moveram-se as pálpebras num reflexo nervoso, a luz branca e fria invadiu os olhos de Camila por entre as pestanas coladas de fluido humano seco e duro. Lentamente abriram-se os olhos e deixaram a nu um azul céu por entre um vácuo negro e profundo.
Camila acordara do coma, e num medo transformado em vazio gélido, reconheceu que voltara à vida, num respirar lento e quase mórbido tentou arrancar as agulhas gritando num silencio ensurdecedor, para que aquele momento fosse apenas o acordar de um pesadelo sem memórias.
Uma bata branca surge ao bater de uma porta e ouvira uma voz como se de um anjo se tratasse: “Calma, está tudo bem Camila... Respire calmamente, você não está sozinha...”
Nesse momento Camila foi como se sentisse os seus pés no chão e ali, toda a realidade voltou a ser cruelmente verdadeira e as dores da alma voltaram para lhe dizer “bom dia”.
-Não quero estar aqui, quero voltar para aquele sono incapaz de me fazer sentir coisa alguma, a realidade é algo que não consigo aceitar, levem-me daqui, deste chão frio e cruel, tirem-me os sentidos e façam-me ser nada...
Camila num pânico desconcertante pedia insistentemente para que a inércia e o vazio invadissem o seu corpo e a sua alma. Viver para si já não fazia sentido, era uma dor, um castigo...
Cada batimento do seu coração era energia cinética que palpitava em dor atroz no seu peito. Cada movimento do diafragma era como um trampolim manhoso que teimava em fazer do respirar uma piada.
As células de cada pedaço de si moviam-se em direção à natureza viva, mas a alma dessas mesmas células ridicularizavam o esforço energético que a natureza investia sem cessar.
Neste breve instante cronometrado em dois minutos passou uma eternidade infindável... Aquele momento de pânico e de desistência da sua própria vida foi prolongado em folhas de papel que escrevera para sempre. Enfrentando a dura realidade não teve outro remédio se não reagir e ter de seguir enfrente, por dentro morta, por fora um corpo vívido e contrariado.
Tomou um banho quente com a ajuda da enfermeira. Alguém trouxera uma mala de viagem com uma muda de roupa que cheirava a alecrim e mel.
Ao colocar o seu corpo quente e pálido num vestido preto com botões de rosa, Camila sentira uma sinopse da sua infância, e várias memórias retornaram ao seu espírito... Uma lágrima densa e pesada escorrera pelo seu rosto, deixando um rastro de cristais de sal...
Os cabelos emaranhados escondiam uns lábios desidratados, os ombros eram rijos como pedras, mas aquele aroma de jasmim e mel enternecia a sua alma como um abraço de mãe.
Nesse momento Camila ganhou a coragem de um leão e enfrentou o mundo. Abriu a porta que dava para a rua e meteu o seu pé direito em primeiro lugar, pisando um degrau de granito meio torto e falso, desceu a escada e lembrou-se que trazia uma espada em forma de força
A vela
Se apagou
A luz
Deixou de iluminar
Dores passaram a rasgar
As entranhas
Deste meu ser
Choro de saudade
Outros problemas a parte
Na cama me sinto melhor
Dormir faz aliviar
Todas essas sensações
O que eu faço
Não alimenta minh'alma
O que eu ganho
Não apazigua as dores
Nem mesmo o que amo
Tem dado sustento
Ao meu ser
O que faço… como faço com tudo
Todas essas sensações
Esses sentimentos
Parecem corroer
Dilacerar meu coração
Dizem que devo ser forte
Mas como
Se abalaram meus alicerces
Destruíram-me
A minha mansidão
A dor não passa
Parece que se instalou
Nas entranhas
Nos pensamentos
E também nas reações
(01/05/2019)
Estenda os braços
em direção à luz da nova manhã,
respire fundo
e sinta a plenitude da vida
Faça valer cada segundo
no trabalho ou lazer,
seja como os raios de sol
resplandecendo no espaço
e faça também o melhor
para seu dia acontecer!
QUEM NUNCA?
Quem nunca abriu mão?
Quem nunca soube dizer não?
Quem nunca tentou achar a luz do amor, uma fresta se quer, no quarto escuro do olhar de alguem que não te quer?
Ela céu
Eu inferno
Ela verão
Eu inverno
Ela luz
Eu escuridão;
Ela chora
Eu acalento
Ela sempre rápida
Eu como sempre lento;
Ela grita
Eu me calo
Ela tempestade
Eu como um riacho calmo;
Ela fala
Eu observo
Ela rainha
Eu mero servo;
Ela brilho, estrela, luar
Eu astronauta, menino querendo voar.
Noitei
À noite apagamos não só a luz mas também a mente
Com ela, deixamos o sono tomar conta, deixamos de ser gente
Centenas de vezes desejei que o sol logo viesse
Porque a noite era vazia, sem vida
Se ela soubesse...
Por ora o dia tem mais agitação e é barulhento
Mas, a noite é quieta demais e sombria
Dói quando aperta o pensamento
Parece o fim e ao mesmo tempo o início
Quem dera se ela pudesse enfraquecer meu suplício
Mãe...
Que Deus a abençoe minha mãe, com muita força e luz pra enfrentar as adversidades do dia a dia!
Que a Senhora tenha muita compreensão para entender o que ainda não entendemos...
Que tenha muita luz para aceitar o que não conseguimos aceitar...
e muita força para lutar contra as injustiças e contra os que não se importam com a sua luta e com sua imensurável dor !!!!
Que Deus tenha pena de todos os que te cercam e que te julgam, sem que sequer tentem se colocar em seu lugar...
De mãe...
de idosa....
de alguém que está passando pelo pior momento da vida!!!
De Alguém que não pode desistir.. e mesmo sem forças continua... por nós!
Que Deus faça com que sua dor e desespero ecoe pelos corações egoistas e que ele se compadeça e faça-os entender que é impossível tentar se colocar no seu lugar... pois temos outra idade...
Temos outra vitalidade...
temos outra expectativa de vida.... outra esperança...
Peço a Deus que enxerguemos que nossa vida é consequência das nossas atitudes e que simplesmente aceitemos que tudo o que vai... volta!!!
E volta forte... dobrado.. rasgando nossa alma e nosso futuro!!!
Então... cuidado!!!
Que entendamos que nossas palavras tem poder e que devemos ser consequentes nas palavras que proferimos...
Ser consequentes de que não conhecemos o passado e assim sendo, não devemos ou podemos interferir ou julgar o presente ou o futuro!!!
Se não estamos felizes com o que estamos recebendo, certamente é pq não estamos dando o suficiente!!!
E que por fim, supliquemos ao divino Senhor para que sua vida seja abençoada como todos os abençoados momentos que você se dedicou a todos de corpo e alma... e que ao suplicar, cada um de nós sinta na alma a dor do abandono e a dor da indiferença à que um filho pode submeter a uma mãe, abandonando-a ou fazendo-a passar por momentos difíceis na pior fase de sua vida!
Que Deus nos perdoe a todos e que a abençoe com paz no coração e amor infinito para nos perdoar... hoje e sempre, até o infinito....
Te amo minha mãe!!!
Um dia em nossa mente uma luz se acende. E você descobre que perdeu muito tempo com algo que não valia a pena, que não te preenchia e nem te fazia melhor. E essa luz te faz enxergar, que na vida existe muito mais para te fazer feliz. Então decide que o tempo que você perdeu é o tempo que agora você vai viver... completo e intensamente.
LUZ
MUSICA LUZ
VOZ E VIOLÃO
Compositor poeta Adailton
Ontem eu tive um sonho
Sonhei que João me batizou.
Assim como fez com Jesus me levou até a água e colocou a mão sobre a minha cabeça.Ungiu-me com "água santa", que escorria sobre a minha cabeça e enchia o meu rosto de felicidade.
Acordei...
Acoredei..
Não contive as lágrimas.
"Eu sei que apesar de não poder andar, Jesus caminha comigo.Quando estou triste, Jesus me faz sorrir. Jesus enxugou as minhas lágrimas quando eu não podia falar;e apenas chorava.
Filho!
Eu te vi sorrindo.
Fiquei feliz!
Lembrei daqueles dias difíceis, nos quais sem perceber,estavas dominado pelo inimigo.Como Maria Madalena, fostes apedrejado,mas eu te salvei.
te salvei
Enviei um anjo, ele te salvou.
Eu te dei um novo dia, uma nova vida.
Jesus, e o anjo?
Está a salvar outras vidas
Eu te vi Sorrindo.
Fiquei Feliz!
poeta Adailton
Enviado por poeta Adailton em 05/03/2019
Código do texto: T6590028
Classificação de conteúdo: seguro
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