Luz

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Nunca esqueça que há sempre uma luz no fim do túnel. Só não espere que esta luz chegue até você, vá até ela. Quem sabe lá você encontre aquele alguém que você tanto procurou, e quem sabe este alguém esteja também tentando te encontrar.

Não quero a meia-luz, não quero a cara benfeita, não quero o expressivo. Quero o inexpressivo. Quero o inumano dentro da pessoa; não, não é perigoso, pois de qualquer modo a pessoa é humana, não é preciso lutar por isso: querer ser humano me soa bonito demais.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Por isso mesmo – pelo amor, fé e luz – tenho absoluta certeza que tudo vai dar certo.

Graças a sombra, apreciamos a luz; graças ao vício, admiramos a virtude.

Se estudar é luz, então, poupe energia.

A nitidez é uma conveniente distribuição de luz e sombra.

Muita luz deslumbra a vista, muita ciência confunde o entendimento.

É um império
essa luz que se apaga
ou um vaga-lume?

apaga a luz
antes de amanhecer
um vagalume

O avarento mais preferiria que o sol fosse de ouro para o cunhar, do que ter luz para ver e viver.

E cintila a chama nos olhos da gente nova, mas nos olhar dos velhos, divisa-se a luz.

Os camaleões alimentam-se de luz e de água: / O alimento dos poetas é o amor e a fama.

Um jardim faz-se de luz e sons - as plantas são coadjuvantes.

Quando o homem fala da eternidade, é como o cego que fala da luz.

Muita luz é como muita sombra: não deixa ver.

Toda a vantagem obtida no passado é julgada à luz do resultado final.

sombra da luz
na lua e na rua
alvo do lago

O sol pode-se pôr e renascer; / para nós, quando a breve luz se apaga, / resta uma única eterna noite para dormir.

Os Sapos

Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinquüenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."

Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".

Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".

Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;

Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é

Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. Carnaval, 1919

O amor que enlouquece e permite que se abram intercadências de luz no espírito, para que a saudade rebrilhe na escuridão da demência, é incomparavelmente mais funesto que o amor fulminante.