Luz

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Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança

Castro Alves
ALVES, C., Tragédia no Mar

Nota: Trecho de "Navio Negreiro"

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Não quero a meia-luz, não quero a cara benfeita, não quero o expressivo. Quero o inexpressivo. Quero o inumano dentro da pessoa; não, não é perigoso, pois de qualquer modo a pessoa é humana, não é preciso lutar por isso: querer ser humano me soa bonito demais.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Por isso mesmo – pelo amor, fé e luz – tenho absoluta certeza que tudo vai dar certo.

Graças a sombra, apreciamos a luz; graças ao vício, admiramos a virtude.

Se estudar é luz, então, poupe energia.

A nitidez é uma conveniente distribuição de luz e sombra.

Muita luz deslumbra a vista, muita ciência confunde o entendimento.

apaga a luz
antes de amanhecer
um vagalume

É um império
essa luz que se apaga
ou um vaga-lume?

Os camaleões alimentam-se de luz e de água: / O alimento dos poetas é o amor e a fama.

E cintila a chama nos olhos da gente nova, mas nos olhar dos velhos, divisa-se a luz.

O avarento mais preferiria que o sol fosse de ouro para o cunhar, do que ter luz para ver e viver.

Quando o homem fala da eternidade, é como o cego que fala da luz.

Um jardim faz-se de luz e sons - as plantas são coadjuvantes.

Muita luz é como muita sombra: não deixa ver.

sombra da luz
na lua e na rua
alvo do lago

Toda a vantagem obtida no passado é julgada à luz do resultado final.

O sol pode-se pôr e renascer; / para nós, quando a breve luz se apaga, / resta uma única eterna noite para dormir.

Ampara e ajuda a todos, desde a criança desvalida, necessitada de arrimo e luz para o coração, até o peregrino sem teto, hóspede errante das árvores do caminho.

Os Sapos

Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinquüenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."

Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".

Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".

Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;

Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é

Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. Carnaval, 1919