Luto Morte
Quando alguém morre, tudo sobre essa pessoa se transforma em tempo passado. Exceto a dor. A dor permanece no presente.
SENHOR HOJE MORRI
Morri Senhor nos abraços dos anjos
Já não há espera, não há regresso
Não há prendas, não há esquinas
Onde se pode jogar às escondidas
Olho o espelho, olho as flores
Olho os narcisos brancos, que belos
Olho a tarde que cai, aqui à noite
Aqui me esqueço, mas tu que vivo te encontras
Procura entre todas as sepulturas, a minha
Ajoelha-te e reza uma bela oração
Fica, escuta a erva a crescer onde pisas
As lágrimas do que restou de mim nesta vida
É a felicidade que vivi, as dores do que eu sofri
No caminho das sombras em almas nuas
Onde o sol deteve os pontos de luz
Do meu duro coração, insanidade no espaço
Vazio, pois nada quero, nada espero, há muito
Tempo de calvário, em verdade estou aqui senhor
Pois não me recordo do meu corpo, nem de mim
Faço o caminho do destino no terço que guardo
Afinal morri Senhor, espero ter deixado saudades
Nas lágrimas de orvalho e na esperança do recomeço
Não te esqueças de mim, espero estar à altura do teu céu Senhor.
Jesus Cristo crucificado!
Não bastava morrer, o plano do pai para o seu filho era morrer uma das piores mortes para o homem "morte na cruz", para pagar o preço do pecado cometido pelo homem em toda a sua história.
O grande Deus de poder e de amor sentiu a morte do homem como a condição essencial para a garantia da vida abundante.
A incalculável manifestação de amor "Jesus nos substituiu na cruz"!
Jeffrey
Eu não te conheci
Mal ouvi falar de ti
Meu coração é seu
O mais sujo pensamento
Você anda no vento
O passado te matou
1994 anotei no meu caderno
O desgraçado te mata-ra
Que tal irmos atrás dele
Arrancar tudo que há dentro dele
Seu sorriso é gelado
Você tem seus ácidos
Te chamo todo dia
Quando acordo
Quando durmo
Quando me arrumo
Você é único e especial
Matar pessoas foi seu especial
Sinto seus sentimentos
A força do arrependimento
Que tal voltarmos no tempo ?
Hoje não há poesia que resolva.
Sem Minâncora, Mertiolate ou Mercúrio.
Estamos sem remédios para o tempo e
temos morrido irremediavelmente.
Feito de corações
o monumento se ergue.
Mais uma recordação em luto
outra guerra perdida.
E essa vida segue sem ser vida,
com a gente morrendo sem morrer.
Respirando enquanto pode.
Tentamos segurar a corda para que não haja mares em nós.
Porém, o vento da vida sempre teve mais força.
Eu morri.
Não sei exatamente quando nem onde
Mas eu morri
Olho no espelho, não reconheço este rosto fora do padrão, olhos assustados, cheios de lágrimas...
Penso comigo "essa sou eu?"
Engraçado, não me lembrava de ser assim.
Mas torno isso natural até a próxima dor.
Vivo em um corpo morto, cabelos ralos, unhas quebradas, dentes amarelos, um psicológico fraquíssimo, me pergunto: Eu morri?
Sim, eu morri ha muito tempo, mas meu espírito se nega a desistir de sua missão, porem, eu morri.
Você pode ter medo de uma serie de coisas, medo de escuro, medo de cobras, medo de aranhas enfim o medo do que é perigoso. Mas não pode ter medo de encarar seus medos quando este interfere nos seus objetivos. Medo de mudar o rumo, medo de ouvir um não o de dizer sim, o de dar a cara a tapa arrisca-se e vivenciar uma verdade.
Na verdade muitos procuram por felicidades mas temem em arriscar-se
por medo de abrir-se, revelar sentimentos um ao outro com receios de ser machucados, enganados passados para trás distanciando-se cada vez mais da plenitude do envolvimento, da vivência dos sentimentos e das sensações que fazem parte da vida, ou seja, é impossível saber o gosto das coisas ou da intensidades das sensações sem experimentá-las.
Arrisca-se é dar-se a chance de ser feliz, sê não o for conforme o esperado, ao menos tentou, pois mais vale a lagrima de ter tentado do que a lágrima de ter deixado passar a chance de tentar. Na vida, todos teremos os dias de inverno próprio, pois o tempo é implacável, ele não espera por nada que esteja debaixo dos céus. Não tenha medo de viver a vida por conta de medos de certos riscos, pois viver é um grande perigo, pois todo ser vivo, vive em constante perigo de morte.
O que mata o homem não é a bala perdida. É não realizar o sonho que lhe motive a vida. Não é a doença que lhe provoca fraqueza. É a falta do riso, do humor. Morre-se de tristeza.
Se levar meus projetos e sonhos para o túmulo e ali sepulta-los, como fez Jesus, e ressuscitar na presença daquele que tudo criou, que motivos terei para fugir da morte, se esta é a passagem para a vida?
Em minhas fantasias eu entro em seu quarto na calada na noite, tão imperceptível quanto uma sombra, e então eu esfaqueio seu rosto até que você morra com falta de ar no próprio sangue.
E gravaria muito bem sua expressão de dor e desespero na minha memória, para nunca esquecer a minha vitória.
A lucidez nunca matou a arte. Como boa negatividade, é discreta, não obstrui ditatorialmente o espaço das imagens e dos afetos.
Se tivesse um dia só,
que é que você faria?
Planejar e só pensar
já não adiantaria.
Beijaria o seu filho?
Vagaria de andarilho?
Que vida cê levaria?
Se tivesse um dia só,
que é que você diria?
Mediria as palavras?
Pecado, confessaria?
Faria longo discurso?
Falaria do seu curso?
Que palavra cê diria?
E o dia vai veloz,
não dá pra ficar parado,
nem pra só se preocupar
com algo que está errado.
Só falta mais uma hora,
pensa, pensa, e agora?
Relógio acelerado.
R.
Na noite passada eu sonhei com você
Pensei ser você quando o telefone tocou
Te lembrei com aquela música,
Quando o verso final rimou
E soube que nunca mais vou te ter.
Na noite passada eu estive acordada
Sem saber se também pensavas em mim
Desejei ser assim
Mas no fundo sabia, minha esperança era infundada.
Talvez você tenha se perdido
Nesse mar de decepções no qual mergulhou
Talvez nunca tenha entendido
Que não foi a única vítima quando nosso barco naufragou
Talvez você seja a estrela cadente
Que cruzou meu céu,
Realizou meus desejos
E encontrou seu destino final.
Talvez toda essa tragédia cinematográfica
Tenha me deixado deveras sentimental.
Ou talvez seja só a falta dos teus beijos
Do teu cheiro, ou do gosto daquele mel
Talvez amar tanto assim foi o que te fez infiel.
Eu queria não me arrepender
Queria olhar nos teus olhos e entender o motivo
Saber que estás bem, que estás vivo
Mas sei que nunca vou te esquecer
Queria que nossas iniciais
Na areia daquela praia
Nos tornassem eternos
Queria que todos aqueles pontos finais
Valessem à pena, nos tornassem certos
Queria ser intensa como os poemas que um dia redigi pra ti.
Nem imaginas o quanto dói.
O quando peno por esse amor que parece ácido
Que me corrói
Me deixa estática, paralisada e que destrói
Tudo, enquanto me olhas como um sádico.
Você gosta da sensação
Porque sua dor nunca passou de orgulho ferido
Porque nunca me amou, nunca foi meu amigo
E porque pra isso, não existe perdão.
As histórias que criei na minha cabeça
Não te traziam como vilão
Não como Bentinho e Capitú.
Nosso pecado era diferente,
Intenso e bem mais cheio de solidão
E acabou com a certeza
De que amor nenhum resiste a não ser prioridade, ser opção.
Ele se apaixonou por mim através de seus olhos
E eu soube no instante em que me tocou
A diferença fundamental dessa história
É que os meus, de cigana, continuam enxergando você.
Mas agora aceito e compreendo que não mais vou te ter.
A dedicatória tem teu nome,
Assim como meus poemas anteriores.
Hoje eu abri o cadeado,
Te igualei a meus amores passados
E decidi, nossa história termina aqui,
Hoje eu me permito viver
E te liberto de mim.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Vai pra balada, pancadão, festas clandestinas e leva pra dentro de casa, como estepe, o coronavírus, a morte.