Luto Morte
Ecos de uma guerra sem fim
Os mortos sabem o que os vivos insistem em negar: a guerra nunca termina. Ela se esconde nos becos e nas esquinas, na miséria que grita silenciosa e nos olhares vazios de quem perdeu tudo, menos o desespero. A farda que um dia vesti carregava o peso de um mundo que sangra, mesmo quando teima em se cobrir com um véu de paz ilusória. Cada dia de patrulha era uma batalha travada não apenas contra homens armados, mas contra as sombras que habitam o coração da sociedade.
Quem segura um fuzil aprende que a verdadeira guerra não está apenas nos disparos ou nas trincheiras; ela está nos ecos que esses sons deixam na alma. O som seco do gatilho não se cala. Ele reverbera nas noites de insônia, nos pesadelos que queimam a mente e nas lembranças que jamais se apagam. Deixar o front não é suficiente para calar esses ruídos. Uma década já se passou desde que me reformei, mas ainda carrego comigo os rostos dos que ficaram para trás e as histórias que nunca serão contadas.
Apenas os mortos encontram o fim da guerra, pois para os vivos, ela continua de formas diferentes. Cada dia longe do campo de batalha é uma nova luta contra os fantasmas que o dever deixou. Esses espectros habitam o silêncio, a solidão, a memória. A farda pode ter sido guardada, mas o espírito do guerreiro não descansa. Ele permanece, marcado pelas cicatrizes invisíveis de uma guerra que não se apaga, mas se transforma em um fardo que poucos conseguem compreender.
A paz, para quem já viveu a guerra, é um sonho distante, quase impossível. Ainda assim, é o que nos move, mesmo sabendo que ela talvez nunca se concretize. A ilusão de que a guerra tem fim é o que mantém muitos vivos. Mas eu sei, como sabem todos que enfrentaram o abismo, que a verdadeira batalha não se encerra no cessar-fogo. Ela continua, para sempre, nos corações daqueles que sobreviveram.
O tempo voa e o que resta é a memória no fundo da alma.
Todos se vão e a solidão fica,
Até chegar o momento da nossa partida ao reencontro da nossa saudade.
Um poeta, justo e sofrido, jaz ao lado; flores enfeitam o caixão.
Sem pressa, o ar seca à sua volta. As flores, quase mortas, exalam o cheiro da tarde fúnebre.
O choro se entrega ao vazio, misturado ao álcool consumido antes do velório — tédio, dor e ódio.
Para os que ficam sentados, olhando aquela cena, não haverá mais poemas, não haverá mais questões.
Chorosa, pensativa e discreta, a amante incerta recorda os momentos de amor.
Não haverá mais beijos, nem paixão, nem ereção.
Tenebroso, rancoroso e coeso, o cobrador ileso reflete sobre a dívida que não será paga.
Não haverá pagamento, nem provento.
Ao lado do caixão, calada, os olhos da mãe se desfazem em lágrimas.
Seu pranto não é ouvido, mas sua dor apavora a solidão.
A filha, aflita, não compreende; cede ao impulso de abraçar a carne morta.
Sem consolo ou alívio, esta dor também a sufoca.
Cala-se o poeta ao som da tampa que fecha a urna que será enterrada.
Dentro dela, nada mais restará.
A vida é crescimento e contradição, nascemos e morremos um pouquinho mais a cada dia. Não existe a mínima possibilidade de rebeldia, na inação.
Na boa, dá um tempo!
“Você vai morrer e vai ficar tudo aí, acalme-se! Faz teu legado, mas permita-se, essencialmente, o direito de encher
sua cabeça de coisas vazias!”.
Arkdyws
As ameaças que recebo não me desviam do propósito; pelo contrário, fortalecem minha confiança em Deus.
Uma alma ressuscitada pelo encontro do olhar certo, como se o coração adormecido finalmente despertasse para pulsar em ritmo de vida. Essa é a força do amor verdadeiro: trazer à luz aquilo que estava perdido nas sombras.
Onde e quando nos pomos no fim mais último? — morrer é morrer-se num lugar e numa data, um concreto mítico que em nós vamos incorporando. O fecho da narrativa contada, o começo da narrativa eternamente emudecida: a da terra, a do corpo, a do pó.
Basta está vivo para morrer!
É o que dizem.
Porém eu digo ainda, é preciso estar morto
Para viver!
Pois muitos que vivem não valorizam o vigor das manhãs
É quando se perde a credibilidade nas pessoas e na vida;
Que buscamos forças para continuar
Existindo nesse planeta chamado realidade.
Amando com medo de amar!
Vivendo um dia por vez.
Na persistência do amanhã!
Em busca sempre do mistério de hoje:
O dia seguinte.
A vida é como um rio cujo as águas não param.
Assim como o tempo na vida;
Ele não para.
Se a rosa cair da sua mão;
Deixe-a no chão e vá em busca da roseira.
Não valorize em demasia a rosa pois ela murcha, se despetalando.
A roseira mesmo sem a beleza inicial, quando cuidada continua perfumando.
10.03.2010
"A serventia é algo que está enraizada em nossa nação Brasil. Uma herança imbecil da coroa, pois aqui se vence os mais fortes e, os mais fracos ficará à mercê da morte."
Eu vim do pó e do pó eu vou voltar
E Comigo nada eu vou levar
Que deus de muito conforto para quem for de ficar
Agradeço a mainha por ter cuidado de mim
Mais agora me despeço pois chegou o meu fim
Só tenho agradecer por tudo que eu vivi
Agradeço pelas vezes que sorri
E As vezes que eu chorei e pensei em desisti
Agradeço pelos amores que vivi
Pelas vezes que nessa estrada eu caí
Tudo valeu pena
Eu posso dizer que fui feliz
Mais dessa linda vida eu só fui um aprendiz
Sem um dia eu morrer,espero que meus amigos lembrem de mim.
Espero que a Afrodite finalmente saiba o significado de amar
Espero que a Coreana saiba o que é ser aceita,por ser quem é
Espero que o Godinho conquiste tudo o que quer
Espero que a Hades viva uma aventura de cinema
Espero que a estressadinha finalmente consiga ficar com o João do Herik
Espero que o Aliel saiba o que é ter vontade aprender e
Espero que o idiota seja feliz
A vida é um jogo em que eu estou perdendo o tempo todo. É um jogo onde estou sendo destruída porque eu não sei jogar. E eu não posso dar reset pra começar de novo, então a única opção é desistir e me matar.
Todos vamos morrer
Todos vamos desaparecer
E este é o único e justo motivo
para sermos tão incrivelmente vaidosos
A vaidade e o ego
são âncoras que nos atam a vida
Danados que somos
sem nunca ter visto Deus ou o Diabo
Encerrados neste corpo
que nem é o que queremos ser
e onde queremos estar...
Só temos a vaidade
para nos explicar
E soterrar
o medo da morte,
a raiva da vida
e a danação de ser gente
e não poder voar!
"A pior sensação que podemos ter é quando nos sentimos mortos, ainda que estejamos vivos, pois a partir dessa realidade já não se pode mais viver."