Luto Morte

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A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes.

Winston Churchill
CHURCHILL, W., ADLER, B., The Churchill wit, Editora Coward-McCann, 1965

Eis um teste para saber se você terminou sua missão na Terra: se você está vivo, não terminou.

Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.

No fundo, morrer não seria nada. O que não suporto é não poder saber como terminará.

O homem começa a morrer na idade em que perde o entusiasmo.

Aprende a viver bem, e bem saberás morrer.

A constância é contrária à natureza, contrária à vida. As únicas pessoas completamente constantes são os mortos.

O pior não é morrer. É não poder espantar as moscas.

Quando chegar a hora de morrer não quero perder nem um segundo: morre-se apenas uma vez.

A ocasião em que a inteligência do homem mais cresce, sua bondade alcança limites insuspeitados e seu caráter uma pureza inimaginável é nas primeiras 24 horas depois da sua morte.

Quando uma árvore é cortada ela renasce em outro lugar. Quando eu morrer quero ir para esse lugar, onde as árvores vivem em paz.

Tudo o que está morto como fato, continua vivo como ensino.

A gente só morre uma vez. Mas é para sempre.

Antes de se amar profundamente, não se viveu ainda; e, depois, começa-se a morrer.

Quando morreres, só levarás aquilo que tiveres dado.

há colcha mais dura
que a lousa
da sepultura?

A única coisa tão inevitável quanto a morte é a vida.

Charles Chaplin

Nota: Adaptação de trecho do filme de Charles Chaplin "Luzes da Ribalta" (1952).

A morte devagar

Morre lentamente quem não troca de ideias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

Martha Medeiros

Nota: A crônica foi publicada por Martha Medeiros no jornal Zero Hora, em 1 de novembro de 2000. Muitos vezes é erroneamente atribuída a Pablo Neruda.

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Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.

Oswaldo Montenegro

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Ferreira Gullar. Trecho do poema "Metade".

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A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.

Norman Cousins

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Pablo Picasso.