Luto Morte
A vida é finita, e a morte é inevitável. Todos vivem nas mesmas condições.
A morte é o gênio inspirador, a musa da filosofia... Sem ela, dificilmente ter-se-ia filosofado.
A MORTE FÍSICA
Repentinamente ela chega,
muitas vezes sem avisar, sem cumprir qualquer ritual.
Retira-se do corpo físico, às vezes, até jovem e saudável.
Mesmo sem o sê-lo, causa para uma dor inexplicável.
Dilacera corações, transforma sentimentos.
Propicia a familiares, amigos e amantes, uma sensação de impotência, de falta.
Não importa, ninguém está imune.
Interrompe sonhos, projetos e planos.
Imprime a necessidade de um novo começo, no dia-a-dia, nas relações.
Não há como medir a falta.
Cada um reage de uma forma diferente.
Sabemos que um dia ela ocorrerá, mas, nunca estamos preparados para a sua chegada.
Acreditamos que a partir de cada partida, um novo plano passará a ser a morada do espírito.
Mas não aceitamos com naturalidade a partida física.
Só a sintonia com o Onipotente, pode permitir o equilíbrio emocional e a força para suportar a ausência física.
Nada pode nos preparar para um dos acontecimentos mais dolorosos e inescapáveis da vida. A morte de um dos pais.
O homem natural não está preparado para aceitar a morte;
porque todos nós trazemos no interior
a essência da vida eterna.
Não me preocupo com a vida após a morte, já sei que vou passá-la ao lado de Cristo. Me preocupo com esta vida, se vou conseguir viver com Ele, como Ele e para Ele
" O sono é o ensaio diário para a morte, assim como o despertar é o exercício constante para eternidade."
A morte em sua forma carnal é inexorável e imprevisível, não pode ser evitada e em qualquer momento pode chegar. No entanto, é algo que nunca deve nos dá medo, pois o medo existe quando não estamos preparados para ela, quando estivermos nunca à temeremos.
Ao contrário...
A morte me trouxe vida.
A dor me fortaleceu.
O sofrimento me curou.
A ausência me aproximou.
A falta me preencheu.
O não foi como um sim.
As palavras me alimentaram.
O alimento não me saciou.
A água me deu o refrigério.
O frio me acalmou.
Alguns abraços me ergueram.
O olhar me apaixonou.
Mas o fogo alimentou as brasas que por pouco não apagou.
Durante trinta anos eu vivi na sombra ... Tratei a morte para quem merece ... e eu desapareci como o vento.
Um samurai nunca tem um aliado além dele próprio. A morte era sua aliada constante. Não era fácil aprender a morrer: o preparo para ir-se do mundo a qualquer momento de um modo tranquilo, digno e viril, rápido como um breve suspiro, nunca era obtido por completo, por mais que se treinasse;...
(...)
Acreditava em um deus, mas no caminho de um samurai não havia deuses a quem recorrer. Achava que o caminho era absoluto, além do divino Um samurai não deve depender do poder divino, nem se orgulhar de ser humano. Não deve negar a existência da divindade, mas nela não deve se amparar; ao mesmo tempo, tem de ter a profunda compreensão de que ele próprio é um mísero ser, pequeno e frágil, apenas mais um fenômeno neste mundo efêmero."
Vivi em um mundo de morte. Vi pessoas que amava morrerem. Algunsr rápido com uma bala, outros que não sobraram o suficiente para enterrar. Todos esses anos guardei os meus segredos, mas chegou a hora de enfrentar meu passado. E se vierem me procurar, eles receberão a morte.
Eu quero vingança. Quero que eles saibam que a morte está chegando e não há nada que eles possam fazer para detê-la.
Quando as trevas se desfazem diante da luz, quando o ódio é vencido pelo amor, quando a morte se encontra com a vida, quando os projetos humanos caem por terra e se deixam levantar os projetos divinos e, principalmente, quando se abrem os olhos e não não se consegue ver mais nada, o ideal é seguir o coração, pois "Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos".
Saint-Exupery, Antoine de, O Pequeno Príncipe.
A morte de alguém se entrelaçam no passado e no futuro. O passado traz recordações e o futuro a saudade, somente o presente nos traz a dor e o luto ardente.