Luto Morte
você é meu anjo e meu demônio,
meu amor e meu porre,
nos sussurros, risos,
poder ser a morte ou resto da vida,
entre esses o destino implacável,
sobre seus lábios minha insanidade,
seja composta de vertente,
sendo a derradeira sombra da alma.
boa noite,
sob a opera da morte
seus maiores temores
redundante ao prazer,
sobre as obras da alma,
jogos de paixões,
tentações, no intimo...
em definições que sombras o julgo do amanhã...
vendo ser vendido num ar primordial
na lua de amantes...
A cura
eu busquei à Morte
desde os banhos gélidos tarde da noite
aos passeios solitários pelas ruas de Salvador durante a madrugada
à procurei,
como um enfermo busca a cura
eu busquei a minha
mas só a encontrarei quando a primeira pá de terra cair sobre meu caixão
eu busquei à Morte
isolei-me
troquei o calor humano por páginas frias de livros
abracei as sombras
como um órfão abraça seu único irmão mais velho
eu busquei à Morte
pois viver me pareceu mais doloroso
e triste
Qualquer pessoa que está dentro de um profundo sofrimento, à beira da morte ou sei lá o quê, fica mística. Nessas horas, a gente apela pra tudo. Não que eu tenha me convertido à religião católica, mas estava acreditando nas simpatias, nas abobrinhas populares.
Dor no peito
(visão da morte e seus prenúncios)
Dor literal, não literária!
É no coração mesmo, no real.
Começou do nada,
quase sem sentir...
Foi aumentando devagarinho,
mas sem parar um segundo.
Tomou a parte superior do peito.
Adentrou as costas.
Respiração parecia até normal...
Um incômodo.
Uma tristeza.
Um ai...
Como se fosse partir
sem ter, ainda, onde chegar.
2021
Definitivamente
Eu não escrevo poemas,
Descrevo a morte.
Meus versos são lâminas afiadas
Cortam segredos,
Sangram verdades,
Ferem vaidades,
Sem ter a pretensão de curar.
Tem gente que diz que toda regra há exceção. Eu não concordo e dou um exemplo, a morte, essa não existe a exceção, será que alguém viverá para sempre?
As pessoas têm tanto medo da morte porque não sabem quando isso vai acontecer com elas. Pode ser um assassino com machado, pode ser uma gripe, mas eles não sabem. E eles odeiam isso, então não tenho mais medo da morte.
Enquanto existir depressão e doenças na humanidade para morte estará ocorrendo Crimes. A idade do homem não traz razão pra morte más sim para experiência.
"JESUS
"SAÚDE
"BEM ESTAR
"FELICIDADE
"Ancestralidade
"Meditação
"Espiritualidade
"Xamanismo
Bem-aventurados são aqueles que, em vida, são percebidos e não dependem da morte para serem amados. Desventurados são aqueles que vivem como se já estivessem mortos e, por isso, ao morrerem, não causam desconforto algum aos que ficam.
Com espanto, todo o mundo contemplará a morte de milhões de estrelas, em um mesmo dia. Em verdade, já não dão sua luz há anos, e o que vemos é apenas o que resta dos seus últimos raios emitidos por elas.
De igual maneira, a lâmpada de uma multidão de líderes da falsa religião se apagará, e haverá silêncio neste meio por algum tempo.
O mundo se prepara para a nova ordem, o florescer do mundo vindouro.
se a vida é uma maravilha e temos que aproveitar cada milésimo, oque seria morte? a resposta é; não pense na morte somente repense seu passado, se reconstrua e se prepare para seu futuro.
A Morte Eterna
Nebulosa é a lembrança e temorosa sim,
Na insana utopia do pensamento fugaz.
Funesto é o esquecimento da memória assaz
Do antes e o depois – é o início e é o fim...
Faminta é a desilusão da natureza voraz
Na fantasia da alegria exuberante que externa
O excêntrico desejo conflitante da interna
Busca pela felicidade – é a guerra que jaz!
Jazida no âmago da deletéria matéria erudita
E suscitada no pranto da segura jornada infinita
– É a maior sorte esperançosa de um homem forte!
É a absoluta obscuridade fenomenal que acalma
Todo desespero da disputa infernal pela alma
Passada e futura– é a Eterna Morte!
As pessoas muitas vezes dedicam mais esforço ao que não poderão levar consigo após a morte do que àquilo que realmente as acompanhará na passagem para o outro lado.
Num olhar inevitável, como a morte e sutil como um ponteiro que se move lentamente nas horas de tédio, a química inicia o seu processo. E, então, ela vem à tona: a paixão, aquela ilusão que não mente, mas queima o coração do pobre ser humano como brasa incandescente, emoção que o pobre coração não consegue explicar, apenas sentir, todavia a mente persiste em conceituar pra depois reduzir em palavras, o que não é hábil de sentir. Ó, pobre mente! Com demasiado orgulho, não consegue abdicar-se da infeliz racionalidade como os sujeitos, tão pobremente, desiludidos.