Luto Morte

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Quando estamos entre os fracos, não podemos fraquejar. Pelo contrário, temos que ser mais fortes⁠ ainda, por nós e por eles.

Inserida por lobo13

⁠Borboleta
(Poema de Bruna Wotkosky)

Eu era como uma borboleta recém-saída do casulo,
mas sem forças próprias.
E sem forças, o sangue não corre pelas asas,
e as asas não têm poder para voar.

Eu caminhava errante,
presa ao chão que não era o meu lugar.
Mas em algum momento, o Senhor me levou de volta ao casulo.
E lá, precisei lutar para sair outra vez.

Foi um esforço imenso.
Mas essa luta renovou o fluxo da vida em minhas asas,
e me deu força para voar.

Hoje, ainda lembro do tempo em que andava mais abaixo.
Mas ao lembrar, vejo também a força que precisei para renascer.
E agora, conheço a beleza de voar.

Inserida por Brunawotkosky

⁠Sou um peregrino que caminha sob os céus infinitos, trazendo em uma mão uma mala repleta de esperança — uma esperança que transcende o tempo e os limites da compreensão humana. Nessa mala repousa um livro que carrega os ecos de um mistério insondável: nele, a morte foi vencida, a dor foi curada, as lágrimas foram colhidas e transformadas em rios de alívio, e o sorriso se fez permanente, como a luz que desponta no horizonte após uma longa noite. Essa mala guarda a certeza de uma vida eterna, uma existência que não conhece o fim, onde cada instante é plenitude e renovação.

Na outra mão, contudo, carrego um fardo bem distinto: uma mala vazia, mas de um peso avassalador. É o vazio que se instalou em meu peito, um abismo que, por mais que eu tente, jamais consigo preencher. Lutei contra ele com todas as armas que a vida me ofereceu. Experimentei saciar esse vazio com conquistas que poucos têm o privilégio de alcançar, mas cada vitória foi como vento em deserto: passageira, incapaz de preencher o nada. Dediquei-me a ações altruístas, ofereci meu tempo e meu ser ao bem dos outros, e, por breves instantes, o vazio parecia adormecer. Mas logo ele acordava, como uma sombra inseparável.

Busquei refúgio nos amores e paixões, entreguei meu coração a outros corações, tentando, entre abraços e promessas, dissipar o que me consumia. Mas, ao fim, o vazio permanecia lá, imóvel, inabalável, como se fosse parte intrínseca de quem sou. Preciso confessar: essa mala vazia é infinitamente mais pesada do que a outra, a da vida nova e cheia de esperança.

Já tentei me desfazer dela, abandoná-la em alguma curva do caminho, mas ela está acorrentada à minha alma, como se fosse uma extensão do meu próprio ser. E, assim, sigo minha peregrinação. Não sei ao certo se caminho em busca da liberdade ou do alívio, mas sei que, em algum ponto dessa jornada, finalmente chegarei ao destino onde poderei abrir a mala cheia de vida — e, com isso, talvez, romper as correntes que me prendem ao vazio da vazia mala. É essa esperança, e somente ela, que faz meus passos persistirem.

Inserida por Helsinki

⁠Eu passo o Ano Novo de preto, e as pessoas falam que eu sou maluco. Só porque eu tô sempre de preto, só porque eu tô sempre de luto.

Inserida por danmelga

⁠Muitas pessoas que projetaram suas vidas
Hoje estão no caixão.
Vários sonhadores à deriva,
Prejudicados pela vida, morreram em vão.

Projetar sua vida é um desperdício,
O coração perdido em meio à ilusão.
No vício, com carência, à beira do precipício,
Querendo vencer, mas esperando alguém segurar sua mão.

Inserida por Ivor

⁠Quando nós conhecermos, senti-me sobrecarregada por gratidão, senti-me presenteada, como se uma prece fosse atendida.

Ao partir sem se despedir, senti que todas as orações de agradecimento tivessem se perdido.

Será que é por isso que te foste tão cedo e sem se despedir?
Será que é por este motivo que tive que reaprender a viver sem você?

Para aonde vão às orações perdidas?

Ainda me recordo de você e continuarei recordando-me. Descanse em paz!

Inserida por mileneabreu

⁠Os poemas que líamos juntos, foram escritos por nós dois.
Fomos autores da nossa própria história, e quando você partiu, tornei-me um livro incompleto, uma narrativa sem fim.
As pessoas tentam-me ler, mas as páginas estão incompletas e as que ainda existem, eles não intendem. Talvez ninguém nunca saberá ler-me da forma que você me leu.

Inserida por mileneabreu

⁠As vezes repouso nas memórias, recordando-me das pequenas viagens e planos que fazíamos.

Dos lugares que tivemos e tornaram-se nosso.
Das manhãs de fim de semana.
Do som dos pássaros tagarelando lá fora.
Da luz do sol espreitando a cortina. Das peças de roupas perdidas pelo o
quarto.
Do café compartilhado.
Do efeito de adormecer e acordar alinhada nos teus braços.
De nos perder na forma genuína do amor, e da preguiça de voltar para as nossas vidas.

As vezes me pego recordando-me de nós, das despedidas e reencontros, e dos abraços longos e apertados.

Inserida por mileneabreu

⁠Se eu tivesse o poder de escolher meus sonhos todas as noites, eu escolheria sonhar com você.
Talvez eu não tivesse tanta a necessidade da sua existência real.

Inserida por mileneabreu

⁠Eles costumavam sentar-se juntos de frente para o mar, e por horas conversavam sem ver o tempo passar, enquanto a conversa fluía, eles gostavam de construir castelos no ar.

Inserida por mileneabreu

⁠Corro por meus amigos
Apesar de que alguns deles já se foram

Inserida por G4L1L3U

⁠Sem as Divinas Lembranças Coloridas que Eternizastes em nós, jamais suportaríamos as Tristezas daquele dia tão Cinzento.

Inserida por ateodoro72

⁠Não há Dor que supere a de beijar a testa gelada da pessoa que você mais Ama num caixão.

Inserida por ateodoro72

⁠"A pessoa que você mais ama nesse mundo, um dia será eternizada como lembrança. E um dia, assim como qualquer outro, você também se tornará uma saudade e uma lembrança. Por tanto, ame o seu presente e os que nele (ainda) estão presentes." (22/02/25)

Inserida por Oseias2012

⁠O sofrimento mais longo é rapidamente curado após uma dose de felicidade, diante do seu fim.

Inserida por LeonardoBrelaz

Um menino inocente
No jardim vazio
O sol não brilha
E as estrelas não dão sua luz
O vento sopra devagar
Mechendo suavemente os belos cachos do menino
Dos seus olhos a luz emana
E a chama nunca apaga

Torna-te consciente da morte, torna-te consciente da vida.

Paralelos
A morte da vida, a vida da morte.
Até onde vai a morte e onde a vida começa? A vida real.
Há vida na morte. Mundos paralelos!
Muitos já não vivem porque não encontram o sentido da vida.
Uma questão a mesma resposta, todos os sentidos, há várias vidas em uma vida!

Matança como solução é o reconhecimento da incompetência da razão.

Quando nascemos começa uma contagem regressiva, não sabemos quando ela chegara ao número zero, o ser humano costuma pensar ser imortal, nunca pensamos que no amanhã poderá não existir "eu"