Luto Morte
O Luto
O luto em um todo é triste
Mais um luto de um pai ou uma mãe é terrível, mais uma coisa eu tenho a dizer que nem mesmo a morte pode separar, o grande amor que eu sinto por você e você por mim
Então o tempo passa mais o seu ser mora no meu coração, a coragem e a força para seguir em frente, vem de você que quer o meu bem
Posso dizer que eu te amo mil milhões e o nosso amor servirá de GPS para quando eu partir daqui
Para te encontrar novamente.
Não dá pra compartilhar a dor. Agonia… A agonia é pessoal, cada um tem uma diferente. O luto é muito solitário.
A traição precisa ser entendida com uma perda e assim como o luto, existe um processo psicológico de pesar, no qual se necessita passar para seguir em frente.
Na contemporaneidade o "luto", de quem jurava amor eterno, assim como dizer sempre a verdade, dura no máximo três finais de semana frustrados.
O Mundo É Astuto, Lutar e Ficar De Luto. Vencer Ou Perder, Não Importa. O Importante é Lutar Até o Fim, Pois Quando Se Chega No Fundo Do Poço, A Única Opção Que Temos É Subir!
Luto de mim
Agora que morri sem treino
jaz meu corpo na lápide...
Não sei se triste,
mas se cumpriste meu destino!
Na cova lá preparada
meu assento eterno...
Talvez terno, cálido e sereno,
ou talvez uma nova jornada...
no recomeço de tudo!
- Olá Deus! Eu direi.
Entrarei pela porta do céu com certeza!
O inferno nada me serve,
se viva não procurei nada além de mim
e nesta busca compreendi o que se deve.
Então vivi devidamente:
- Fui decente;
- Fui tudo o que pude ser
se algo não fui, não era pra mim!
Amei e fui amada.
Às vezes, tentei compreender;
Às vezes fui compreendida
nem mais nem menos...na medida!
Tentei ser espetacular
mas, nunca quis aplausos
platéia e causos,
mas causei quando tive que causar,
neste ponto um tanto irreverente
até certo ponto meu orgulho...
Não vou dizer que fui tola,
pois não fui,
embora quisessem que eu fosse...
Ah! Se tivesse sido,
haveriam arrancado tudo de mim!
Por certo que a matéria eu juntei:
- Casas;
- Carro.
- Vestidos lindos...
- Sapatos e sandálias lindas;
- Jóias e tantos casacos...
- Calças e blusas...enfim: roupas...
Ficaram tudo aí...
Este aqui escolheram para mim.
Eu nem sei como jaz meu corpo aqui...
Como será que pentearam os meus cabelos?
Eles estão brancos e crescem depressa,
então será que retocaram a raíz?
Será que fizeram a minha unha?
Deram - me um banho?
E o perfume, o batom, o brinco?
Escovaram os meus dentes?
Então, não mais escolherei nada...
nem verei mais nada,
nem caminharei mais...
Estancou...
Acabou...
Sou agora a lembrança
de quem se lembrar de mim!
Eu luto para ser campeão, adversário é o meu eu. Há dias que sou vitorioso, em outros derrotado. Sigo em guerra lutando, não posso ficar prostrado.
Assim é a vida no todo, e o importante é ser bom soldado.
MENTIRA DAQUI
Linda menina, nascestes para encantar o mundo, és tu, que consolas a mãe no luto do filho com a promessa de que Deus o tomou em seus braços.
És tu, que alimentas a esperança do soldado que fraqueja com pouca munição no campo de batalha e, com poucas chances de sobreviver a mais um dia, com pequenas porções de ódio ao seu “inimigo", tu alimentas o amor e o desejo insólito de regressar aos braços da mulher amada, luta fadada ao fracasso.
És tu, que coordenas as ajudas “humanitárias" aos campos de refugiados, tu agasalhas com teus felpudos cobertores às crianças vítimas das tuas próprias guerras, os alimenta no prato da fome, aquele que nunca enche, a eles tu serves uma refeição quente, saborosa e imaginária.
És tu, que me convenceu que o espinho da roseira é apenas para proteção e, que suas pétalas macias feitas para o deleite do olhar ágil do admirador.
Tu és a mentira maldita, feia, bela, doce, amarga, detestável, amável, acolhedora, covarde, invejosa, filha da preguiça, mãe da discórdia, és muita coisa, mas não passarás de uma ilusão, mentira.
O luto pra mim não é o preto. Preto também significa felicidade. Na minha opinião uma das cores mais vivas e importantes na vida. Mas o buraco é negro, certo? E buraco não quer dizer coisas boas. Mas e daí? O céu na maioria das vezes é azul e ninguém deseja caí do céu.
Os tempos são sombrios.
Dor, ódio, luto e revolta se espalham pelo mundo
como um vírus.
Eu também me revolto,
e por vezes a raiva me consome.
Mas é importante que lembremos de nossa humanidade
e mantenhamos aquecidos nossos corações.
Tudo isto vai passar.
Com amor, nós faremos passar.
Confiemos, pois, que as trevas não são para sempre.
Em verdade vos digo
que a noite mais escura
não resiste ao primeiro raio de Sol.
Se Ela Faz Eu Desfaço
A treze de maio
fica decretado
luto oficial na
comunidade negra.
E serão vistos
com maus olhos
aqueles que comemorarem,
festivamente,
esse treze inútil.
E fica o lembrete:
Liberdade se toma,
não se recebe.
Dignidade se adquire,
não se concede.
A cada amanhecer
Luto contra o tempo
Ninguém precisa saber
Mas voltou a doer
As cicatrizes abriram
E mais uma vez
Tento me curar desse
Processo doloroso
Enquanto eu vou
Insistindo no erro
Eu não evoluo
Eu choro
Eu me machuco
Eu sofro
Mas nada é
Para sempre
Quem sabe mudando
O pensamento
Tudo mude
Inclusive eu
Sairei mais
Feliz
Linda
Forte
Corajosa
Madura
Nem o coração o poeta resiste ao luto do mundo. Ele faz arte da dor que sente, mas rasga-se ao meio a cada verso sôfrego que escreve.
Depois do coronavírus
Pandemia deixará luto e colapso financeiro, mas devemos ser melhores quando tudo isso acabar
De repente o mundo enlouqueceu. Não somos mais livres. Nos tornamos reféns de um vírus, de uma epidemia, de uma pandemia, de um monstro invisível.
Há quem diga que o coronavírus (covid-19) é apenas uma gripezinha. Há os que o comparam à terceira guerra mundial, mas entre extremos, cada um sabe o caos que a doença está causando nas nossas vidas.
Da mudança forçada de hábitos, do cerceamento da nossa liberdade, do colapso financeiro na economia das grandes potências mundiais, inclusive, da nossa casa.
Quem são estes 2 ou 10% que morrerão para provar que a doença tem baixa letalidade? Quantas são as famílias que verão os seus mortos virarem índices para os que ignoram a dor da perda de quem amamos?
Quantos profissionais perderão os seus empregos? Quantos empresários perderão os seus sonhos, depois de baixarem, definitivamente, as portas dos seus empreendimentos?
Na televisão, o discurso político dá náuseas. O vírus ganhou status de ferramenta de campanha e a nossa saúde de palanque. Na disputa entre vaidade e ignorância, perdemos todos. É necessário aprimorarmos o discernimento para filtrar o que é jogo e realidade e evitarmos o nosso enlouquecimento.
Na mesma televisão, há exemplos de solidariedade, que deveriam ser praticados desde sempre, mas ainda dá tempo de aprendermos que não estamos sozinhos no mundo e que precisamos de todos em seus devidos lugares.
Nas redes sociais, tanto luxo e ostentação deveria nos fazer refletir sobre o nosso conceito de deuses e deusas.
Sugiro que absorvamos a guerra política, a guerra científica e a guerra financeira e, nem que seja por alguns minutos, olhemos para o que somos, para o nosso posicionamento no mundo e para as lições que este momento está nos forçando a aprender.
Sugiro refletirmos sobre a importância que damos às coisas mais simplórias como se sentar em uma praça (coisa que amo fazer), cumprimentar o conhecido na padaria com aquele sacolejo das mãos ou abrir a geladeira do supermercado sem preocupação.
O ir e vir diário, quase martirizante, já nos faz falta e concluímos que é mesmo muito difícil entreter idosos e crianças durante as 12 horas do dia.
O processo será dolorido para todos e individualmente parece ainda pior.
Com hábitos e costumes alterados, países arruinados financeiramente, luto em milhares de casas, depois de tudo isso ainda seremos nós.
Depois de tudo isso, teremos a percepção de que não somos donos dos nossos destinos, mas a obrigação de sairmos deste período melhores do que entramos.
MAIS UM DIA...
Mais um dia como todos,
marcado de luto e de pranto,
banhado de amor e de encanto,
escrito com sangue e com mortes,
coberto de luzes e de trevas,
com lírios se abrindo e abutres,
com fatos que o tempo repercute,
com cenas que o mundo focaliza,
com dores que o homem diviniza,
num ciclo onde tudo se engloba,
o homem se comprime e se desdobra,
misturam-se a dor e a alegria...
..........................................
É assim que o tempo nos desfia,
o terço magnífico dos dias...