Luto Morte
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Já repararam que, de uns tempos pra cá, Deus tem recolhido algumas estrelas que caíram do céu?! Pois é. É que agora este é o momento de iluminar os caminhos, não da Terra, mas do céu para a Terra.
Alguns chorarão muito diante do seu caixão, mas não será exatamente a dor da perda o que eles sentirão, e sim remorsos. Na verdade, muitos choram bem mais pelos remorsos do que pelos mortos.
Poema: Quando Minha Irmã Morreu
Quando minha irmã morreu,
o tempo não avisou que seguiria em frente.
A vida lá fora pulsava,
mas aqui dentro, o relógio parou.
Quando minha irmã morreu,
aprendi a andar de novo,
mas tropecei tantas vezes na ausência
que ainda sinto as cicatrizes.
Guardei a dor no bolso,
engoli o choro em meio aos abraços,
porque o mundo não espera
e a vida cobra sorrisos.
Quando minha irmã morreu,
o silêncio dela gritou no meu peito,
suas coisas fofas pesaram nos meus braços,
e o vazio ocupou cada canto da casa.
O tempo diz que já passou,
mas ele não sabe de nada.
Aqui dentro,
ela ainda mora no quarto ao lado.
Muitas vezes, durante a perda, somos lembrados do que realmente importa na vida. A presença de Deus se torna mais evidente quando tudo o que temos ao nosso redor parece desmoronar. A prática de gratidão no luto é uma escolha de enxergar a presença de Deus, de agradecer pelos momentos que tivemos, pelas lições que aprendemos e pela certeza de que, em Cristo, há vida eterna. A gratidão nos ajuda a curar e a encontrar paz, mesmo nos dias mais sombrios.
No cerne do meu ser reside um temor profundo, tecido nas fibras da minha alma: o medo de amar.
É uma jornada tortuosa amar alguém e, depois, ser arrebatado pela cruel efemeridade desta existência. Aqueles que já se entregaram ao calor do amor, seja por um familiar, um amigo, um romance ou até mesmo um animalzinho de estimação, e foram brutalmente saqueados pela finitude da vida, compreendem a magnitude da dor que dilacera os que ficam.
A saudade, outrora um sentimento inofensivo, apenas uma sombra suave da memória, transforma-se em um espectro doloroso, uma ferida aberta na alma. A mente, desesperada, busca uma porta de saída para escapar dessa prisão de desolação, mas toda porta aberta leva a um vácuo escuro, uma névoa de desespero, uma parede de tijolos.
Lembro-me de uma vez ter lido que os cavalos sucumbem à tristeza, seus corações se partem sob o peso da dor. Assim é perder um amor: é sentir, literalmente, o coração partir, estilhaçando-se em mil pedaços. Pois quando perdemos um amor, não é apenas uma pessoa que partiu, mas também uma parte de nós mesmos, uma faceta única que foi esculpida pela presença daquele que amamos e estava ao nosso lado.
Cada relacionamento molda uma versão exclusiva de nossa identidade, uma sinfonia de personalidade que ressoa apenas na presença do amado. E quando o amado parte, levando consigo essa melodia única, somos deixados à deriva, órfãos de nós mesmos, perdidos em um mar de lembranças e saudades. Saudade que deixa de ser sentimento e torna-se um sintoma.
Por isso, nesse emaranhado de emoções, percebo-me acorrentado pelo medo de amar. Tenho medo de me apegar. As feridas incuráveis do passado, marcadas pela perda daqueles que um dia foram os guardiões do meu coração, permanecem como testemunhas silenciosas de uma dor que nunca se apaga.
Surge, então, a indagação que ecoa em mim: é possível verdadeiramente viver sem amar? Até agora, minhas tentativas foram em vão, meus esforços para evitar o amor apenas evidenciaram sua força avassaladora. Descobri, com amargura, que por vezes o amor é um intruso indomável, que invade os recantos mais sombrios da nossa existência, mesmo quando tentamos repeli-lo com todas as nossas forças. É uma batalha entre a vontade e a inevitabilidade, uma dança cósmica na qual somos meros espectadores.
No entanto, talvez haja uma beleza oculta nessa luta, uma verdadeira revelação sobre a natureza humana e divina. Pois é no confronto com o amor que descobrimos nossa própria fragilidade e nossa capacidade de resistência. Talvez, no final das contas, seja preciso coragem para se permitir amar novamente, mesmo sabendo que as feridas do passado ainda ardem em nossas almas e nos lembrem como o futuro pode ser doloroso.
Acredito ser assim: amar é uma jornada de coragem, onde a vulnerabilidade se entrelaça com a beleza. É saber que cada batida do coração pode trazer alegria ou dor, mas ainda assim escolher mergulhar nas profundezas desse sentimento. É um ato de entrega, onde cada sorriso pode iluminar o mundo, mas também onde cada lágrima pode ser uma expressão pura de amor, ainda que motivada por dor e saudade. É entender que, apesar das cicatrizes que o amor pode deixar, o verdadeiro tesouro está na experiência de compartilhar momentos preciosos com outra alma. Amar é abraçar a incerteza e encontrar significado na vulnerabilidade.
Apesar disso, continuarei com medo de amar.
Não é novidade nenhuma que o Big Brother se assemelha a vida real. E hoje, deveria ser só uma terça-feira normal, um dia programado só para acompanhar quem vai ser o próximo a ser eliminado do BBB. Mas ao invés de, durante a noite, você receber uma notícia que você queria receber... a terça-feira começa de cabeça para baixo, e durante o dia, ao acordar, você recebe uma notícia que não queria. E de repente, sem direito a prova do líder, sem direito a autoimunidade, sem direito a receber o anjo, sem receber voto, sem ir pro paredão, e sem nem ter direito a arrumar as malas, uma pessoa que nos é querida sai do programa. Vai com Deus, Zé... Aqui dentro você sempre será lembrado por nós.
Meu amigo, você morreu hoje. E o que descobri é que perder um amigo é ouvir um silêncio. Como um barulho alto, muito alto, mas é silêncio.
Não é que o espírito esteja em pedaços com a ausência de quem amamos, é muito pior, ele se encontra trincado
TENTE DE MIM SE ESQUECER
Não consigo aceitá-la
Mas por mais que eu tente resistir
Um dia me levarás
Mesmo eu não querendo ir...
Sua certeza é insuportável
E não há como de você fugir
Me levarás não sei pra onde
Virás minha vida destruir...
Porque você existe?
Você é um enorme sofrimento
E quando chegas... que violenta
Extermina a existência...
Quem pensas que és?
O que envolve seu segredo?
Você arrebata... destrói
De você eu tenho medo...
Você precisa ser destruída
Você é a maior incoerência
Você só traz a dor
Como é cruel sua consequência...
Sei que um dia virás...
És como afinal?
Pra onde me levarás?
Porque és assim tão mal?
Quando leva um ente querido
Eu fico a te odiar...
Mas como eu irei te encarar
Quando a mim vier buscar?
Sei que de você
Mesmo querendo eu não irei escapar
O meu sonho é te render
Eu amo e quero viver...
Você é a única certeza
Que a vida nos faz ter
Mas eu lhe faço um pedido
Tente de mim se esquecer...
“O Sol e a Semente”
“Do Nascer do Sol,Gerou-se o Dourado...
Do Dourado, Pintou-se um Berço...
No Berço, Repousou Uma Criança...
A Criança se fez Menina...
A Menina se fez Mulher...
A Mulher Teve Nome de Santa...
Santa Aparecida de Matos...
A Santa que era Edna...
Edna, que se deu em Pecado...
O Pecado que Virou amor...
O Amor que Gerou uma Semente...
A Semente que se fez Criança...
A Criança que não Dorme no Berço...
O Berço que Espelhou o Dourado...
O Dourado que Emana do Sol...
O Sol que um Dia Há de se Pôr...
Mais que Haverá de Renascer...
Como o Amor... Como a Mulher... Como a Criança!
Dedicado a Edna Aparecida Matos
Sexta-feira Santa, mas não de Luto!
E coração e alma se ajoelham
e toda agitação e angústia silenciam
diante de Ti, Senhor,
para refletirem, meditarem, reverenciarem
todo o Teu amor e sacrifício
ao se entregar até à última gota de sangue
para que contigo todos nós conquistássemos
a vitória da redenção,
do perdão sobre todo o pecado,
da vida sobre a morte,
com a Tua Ressurreição.
Ao invés de luto,
este instante é de profundo reconhecimento,
de oração sincera e humildade para dizer:
Senhor, pecamos, misericórdia!
Obrigada por Teu Amor incondicional,
por continuar vivendo entre nós, em nós!
Chegou o momento de começar de novo.
Deitei sobre meus lamentos, os acariciei, chorei, vivi o luto, e confesso, ainda dói.
Sei que não apenas por um momento de um beijo, sentirei as dores das lembranças, das saudades quando me apertarem o peito.
Chegou o momento de começar de novo.
Não usarei de subterfúgios para voltar ao estágio dantes. Subirei degrau por degrau.
Não quero me cansar, nem pensar que respirarei novos ares da noite para o dia.
Chegou o momento de começar de novo.
Em cada degrau, recolherei forças, fé, esperança, mais retidão, mais amor...
Pela caminhada, deixarei por entre as pedras: frustrações, equívocos, desilusões. Os deixarei pelas pedras com o esperançar de que não mais encontrem terreno fértil.
Chegou o momento de começar de novo.
Respirarei fundo
Tomarei novos ares
Serão novos olhares
Novos eus
Muitos mais eus, que nós
Degrau por degrau
Chegou o momento de começar de novo.
vts - 27/03/2019.
Luto também é experienciar momentos bons que já foram vividos com a capacidade psíquica de saber que não são mais reais, os quais causam a dor da saudade e da impossibilidade de estar junto novamente de quem se ama e foi amado!
Você está em processo de luto, de TPM e sem dinheiro simultaneamente, é uma tortura até pra quem está perto!
A vida é assim...
hoje você está vivo, amanhã você morre, no 2º dia as pessoas estão de luto, no 5º volta tudo ao normal!