Lutar pela Vida
As celebrações com datas marcadas são meramente comerciais. A celebração do que é importante em nossas vidas, deve ser constante, multidimensional e atemporal.
Sua vida passada se torna uma lembrança distante, como um sonho. Seu corpo não pertence mais a você, e não há energia para falar ou lutar ou pensar no mundo exterior.
Nunca desista de buscar a sua felicidade para satisfazer os outros, nas tuas necessidades só você lutará para vencer, alguns podem até te apoiar mais nunca lutarão por ti.
A vida é uma guerra; buscar seus sonhos é uma batalha das mais sangrentas.
Nós somos soldados, e podemos até não vencer; mas, a única coisa que não podemos ser: é COVARDE.
Para Acreditar ou sofrer temos que ter a mesma disposição.
Então vamos usar essa energia pra acreditar.
Ficar como você está, desse jeito, sempre assim! Eu sei que doi,
Mudar tambem doi. Então escolha uma das dores (ficar assim ou a dor da mudança) e lute! Fé! Você vai sair dessa!
Herbert Fraguas
Tudo é uma grande caminhada de encontros e desencontros. O melhor dos encontros, desta jornada aparece do novo e sempre reserva nos novas conversas, com palavras nunca ditas e caminhos a serem descobertos, re-inventados a dois dentro de nos mesmo.
Tenho 50anos, sei ler,escrever,fazer contas,mas não tive o prazer de poder estudar.Aos 11 anos de idade, minha mãe me deu a notícia que não iria mais na escola, pois teria que tomar conta do sobrinho. Eu decepcionada respondi, eu preciso estudar,então ela disse, não temos dinheiro para comprar os livros. Impressionante é que eu nunca consegui retornar a escola, pois o trabalho estava sempre em primeiro lugar. Aos 7 anos andava 6 kilometros para chegar na escola num pequeno município. A moda era uma conguinha azul, meu sonho colocar uma nos pés, mas nunca realizei, ia com os pés no chão. E pelos caminhos, trilhas,haviam muitos espinhos de sapê, juá...subia e decia,era cansativo mas as vezes até divertido. A minha sala era no salão da igreja, tínhamos 5 minutos para fazer xixi atrás da igreja, não havia banheiros . Eu nunca pude levar merenda pra escola,antes de ir eu comia hiame que meu pai cozinhava também para os porcos . Minha mãe sempre adoecia e meu cunhado a levava para a cidade para ir ao médico. Com o tempo eu percebi que a doença dela era não ter o que fazer para comermos. Assim que ela saia eu ia pra cozinha preparar o jantar, abria o armário e só encontrava os restinhos dos alimentos. Eu pegava o restinho do arroz, que era um bem quebradinho, que meu pai comprava na máquina, era mais barato. Juntava com o feijão, ia na horta e pegava cheiro Verde,aqueles tomatinhos azedinhos,não me esqueço da enxadinha que eu usava para arrancar batata doce e hiame,resumindo ,fazia um belo sopaõ. Enquanto isso Meu pai dava seus pulos e minha mãe voltava aliviada, pois a sopa ainda sobrava. As 17horas eu colocava querosene nas lamparinas. A água esquentava no fogão a lenha, para lavarmos os pés rsrs . E a noite eu lia os romances Sabrina, dormia num colchão de palha, e a lamparina ficava sobre meu peito, é eu lia até tarde sem maldade alguma,sem noção do perigo.
E o tempo ia passando, as dificuldades aumentando, meu pai enfraquecido e minha mãe do mesmo jeito. Apesar de 7 filhos, apenas eu,a caçula de 13 anos convivia com a tal situação. Meu pai cortava cana para um fazendeiro, roçava os pastos ,era o dinheiro que entrava. Os frangos que tínhamos no terreiro era pra vender na cidade, os ovos, as bananas também. Eu procura no bananal algumas antes do meu pai ,lembro que amassava em uma caneca com água e açúcar rsrs ,saboreava como vitamina. Em setembro era a época de preparar a terra para o plantio, eu amava essa época. O canto do sabiá, ate hoje quando ouço, me vem a saudade. Quando o arado passava,eu achava batata doce. No plantio meu pai cavava a cova, e adubava,meu irmão colocava o milho e eu o feijão. Era legal! Mas quando a plantação brotava, aí sim eu sofria,eu passava dias no alto da colina com uma lata e um pau na mão, quando o bando de pássaros deciam eu batia na lata e gritava ,puuuuulêeee ,assim eles não conseguiam arrancar nossa plantação. Não era fácil. Minha casa era simples, os quartos era de assoalhos de madeira bruta, a cozinha era de chão. Toda sexta eu passava argila amarela nas paredes para cobrir a parte escura que o fogão a lenha fazia, e no chão também. As vezes passava cocô de boi,o chão ficava verdinho e quentinho. E eu fingia que era carpete. Na minha casa não tinha banheiro, a noite usávamos o penico, e durante o dia era no mato . Muitas vezes eu encontrava cuecas do meu pai penduradas nas bananeiras kkkk,acho que não dava tempo dele chegar num lugar reservado, então já cagado ele abandonava por la mesmo. Ahhh tenho muitas historias pra contar...
Eu fui ficando mocinha e as vezes minha irmã me fazia de babá. Eu achava que um dia fosse morar com ela pra estudar,mas isso para ela nem pensar. No Natal era sempre a mesma coisa, minha mãe ia pra cidade e eu passava com minha madrinha, ela fingia ser o papai Noel. Nunca tive coragem de pedir uma boneca pro meu pai, sabia que ele sofria por não poder me dar presente. Não tínhamos TV,mas todas as noites deitavamos com a janela aberta e meu pai me mostrava todas as estrelas, dando nome a cada uma delas. Eu sempre achava as 3 Marias, o Cruzeiro do Sul...Ahhh eu era feliz! Mas meu pai começou a tossir, foi piorando, ficando sem ar,foi ficando tudo mais difícil. Era triste ver a tristeza dominando meu pai. Então meus irmãos decidiram que eu teria que trabalhar para ajudar nas despesas. Passei um ano implorando uma vaga na lapidadodora. Até que um dia fui abençoada. Mas infelizmente não pude ajudar meu pai, pois com menos de seis meses, teve um infarto. Meu querido pai partiu com apenas 59 anos. Então eu perdi meu pai,minha casa,perdi tudo. A luta da sobrevivência começava ali.
Uma simples palavra deixa o coração doído, desmotivado e perdido. Imagina como está Deus nessas horas?
Ah como peço para ser peça
de algo que não tenha pressa
e assim me despeço
não por essa
mas por todas dessa
daquela e vez e outra que espera
sempre espera vez que nunca vem
ver o que nunca tem
sabe sou mesmo quem?
não seja constante nem arrogante
paciente destemido
foi-se embora amigo
chance que se faz perdido
amigo que se joga ao perigo
Deixei que os pequenos prazeres me levassem, no começo levaram apenas o fatídico tempo, depois os sonhos, as esperanças e por último as emoções...
não sei ao que o certo se arremete, pois vivo com o errado um eterno flerte. Uma dança que de perto se repete, arrepia os pelos em desejo aos mesmos erros, mas a longo prazo essa valsa vaidosa grita a plenos pulmões liberdade é o que crio com essa imagem.
A loucura da terra - Ygor Mattenhauer
O choque da vida a dois a entristecia e amargurava
A felicidade da mesma o cegava
Não que vissem coisas diferentes ou só ele a amava
Mas a vida em si já a perturbava
Talvez os sonhos fossem diferentes, vontades que não passava
A ela só velhos planos, amigos e drogas a acalentava
Já ele um novo mundo encontrava
Com a ideia da vida a três para ambos tudo só aumentava
Ela com a tristeza da escolha errada que a vida lhe travava
Ele o coração o enganava
No fim nada a ela agradava
E a ele de seu riso o privava
68 - Ygor Mattenhauer
Sua loucura faz bem pra minha insanidade, por essa cura que faz-te em maldade rogo-te a mais bela e pura verdade, todo mal vem para o bem é só ver um pouco além...
A loucura da terra - Ygor Mattenhauer
De início achei que eras a mudança achei que deveria acender-te em chama de esperança, depois achei que fizeste pelo bem e aquecê-lo ia. Ao final sem saber por quem tomas-te o caminho da desgraça, perdes-te em matança da própria raça e vives-te pela farsa assim sobras-te apenas a infância como salvação. Renovação do que é tocado pelo fogo, em triste abandono humanidade de eterno sono...
A vontade do fogo - Ygor Mattenhauer