Lutar pela Vida
Passamos uma vida inteira construindo nossa fortaleza. Um 'eu' interior que seja capaz de suportar o mundo e tudo o que vem com ele. Com nossa fortaleza desejamos repelir tudo aquilo que venha a fazer o império de quem nós somos, desabar.
Porém, há uma coisa que não há fortaleza que impeça. Lentamente, porém avassaladora, como a água ao bater na pedra sucessivamente: Esta é a morte, e dela, nenhuma fortaleza escapa.
Quando perdemos um ente querido, sua vida se transforma uma uma montanha russa com seus altos e baixos... um dia você está bem, e no outro, nem tanto...
Em dias de tristeza profunda por algumas pessoas perdidas, a gente aprende que a vida não passa de uma oportunidade de infinitos encontros e desencontros. Encontrar quem a gente ama, nos doar inteiramente e saber que, mesmo não parecendo, isso foi suficiente.
...
Em janeiro (que passou) ele faria quarenta e seis anos de vida.
É como se o seu desenlace espiritual me gerasse uma sensação física de perda, mas que o desconforto estivesse apenas no fato de não me ver vivendo nele. Quando ele dizia o quanto me amava, o quanto me respeitava, é como se eu vivesse nele também e isso me preenchia de alguma forma. A tal da referência sustentada pela reciprocidade incondicional.
Quando lembro, penso, converso com ele; sinto ele perto, como se ainda estivesse na mesma dimensão que eu. As passagens, as memórias se renovam. É como se o ontem virasse o hoje. Aí paro, reflito, e intuitivamente espero o mesmo. É quando me falta a fala, o abraço, o beijo. Ações que se foram com ele.
O que mais sinto falta? Da minha incapacidade de estabelecer um diálogo que me permita dar e receber. Eu falo, mas não ouço mais. Eu abraço, mas não sou mais abraçado. Eu beijo, mas não sou mais beijado. Ele vive em mim, mas não me vejo vivendo nele. É disso que tenho mais falta.
Saudades, meu irmão.
Eu só conseguia ficar triste
Parei para pensar o que realmente importava na vida depois da morte de um ente querido, o que mais sinto falta é a sua amizade, seu afago, suas broncas e até nossas ofensas recíprocas.
Por dias fiquei aboletada no sofá pensando no nada, eu não me saía bem no quesito sofrer, mas a dor não saía do meu peito. Todo mundo passou a ter compaixão de mim, nada me dava alegria.
Passei a ser insegura, fiquei com medo de perder os outros que amo, tinha uma mania de pedir para Deus que tudo de ruim que pudesse acontecer com os meus que fossem transferidos para mim.
Eu não queria estar, nem existir, deixei de ter um lugar favorito no mundo, passei pela experiência da negação, coloquei na minha cabeça que ele iria voltar. Eu me fechei e fiquei em recesso.
Fiquei escandalizada com a dor que tive que suportar, perder quem se ama é como perder seu tesouro mais valioso. Às vezes me pego pensando nele sorrindo ou dizendo "eu te avisei", ou explicando para eu não abandonar o barco.
Por um período fiquei inconsciente, como se nada fosse me libertar daquele pedaço de mim que tinha se perdido, precisei fomentar minhas bases religiosas para não pirar, acabei me ocupando e deixei a preguiça de lado, era preciso energia e uma vida mais feliz.
A cada dia tenho a certeza que temos mais do que precisamos, economizamos nos afetos, nos gestos de carinho, não contemplamos o por do sol, a gente se desgasta com excesso, tem necessidade de virar a noite.
Por vezes meus amigos me colocaram no colo, por dias e anos revivi a dor, eu me senti fora do mundo, estava cheia de traumas, distanciada da felicidade, traída por sentimentos contraditórios.
Tudo era tedioso, a mesmice do dia-a-dia, a falta de coragem para acordar, as conexões desconectadas de não ter cabeça nem para escolher as próprias roupas. A minha vida estava com olhar no passado.
Fui conduzida a certeza da infelicidade eterna, fiquei em estado de hibernação, nem por um minuto achei que conseguiria ser feliz novamente, tive que agilizar minha rotina para não enlouquecer, tive que me impor para continuar sobrevivendo e assim as pequenas felicidades começaram a aparecer.
A vida é uma grande escadaria, onde se pode subir e descer a qualquer momento e a morte é o final desta escada, onde esta poderá lhe levar para o próximo "andar", onde você terá um novo começo ou um fim definitivo.
E o que sentir apos a morte do amor da minha vida, o amor necessita do físico? O amor continua pelas lembranças? Sempre me perguntei, se eu iria esquecer seu rosto, suas palavras e como eu me sentia quando estava perto de ti...Descobri que o amor continua pois a forma que meu coração foi tocado, não tem reversão, esta lá e pronto. Esqueci sua voz é´verdade, mais não esqueci seu rosto, seu abraço. Ainda esta aqui, e é desesperador e frustante saber que nunca mais irei sentirei seu abraço, mais é reconfortante saber que o que aquele sorriso de canto de boca quando eu lembro de você ai esta aqui...foi assim que me senti quando lhe vi pela primeira vez e assim que me sinto quando penso em você!!
Morte e o Tempo.
Perantes todas as grandezas da vida, a mais dolorida é a morte, morte esta que vem sem avisar e leva de nós pessoas que amamos, pessoas que conhecemos, amigos e familiares, pessoas estas que às vezes nem conhecemos ou até fazemos pouco caso delas, mas como a morte é engraçada e perspicaz chega sem bater, entra sem avisar,tira sem pedir e ainda nos deixa um vazio infinito que mesmo que quiséssemos preenchê-la com qualquer coisa, que o mundo possa nos oferecer não teria nada que pudesse preenchê-la, então o pedido e o apelo que nos resta é aquele que emana do coração já que o passado não volta, futuro não temos e o hoje ainda não acabou, ...por isso ame mais, abrace mais, ouça mais, fale mais pois não sabemos quanto tempo temos para respirar, vale a pena lembrar que a vida é curta demais…
Nossos risonhos lindos campos tem menos flores, nossos bosques, menos vida, porém nosso céu tem mais estrelas e nosso peito bem mais amores.
E hoje o verde louro de nossa flâmula se mistura a cor desse time, enchedo nossos corações de esperança!
Essa pátria mãe gentil, gentilmente se solidariza com a dor dessas famílias.
#ForçaChape
Nos preparamos para perder tudo nesta vida... bens materiais, amizades, conquistas. Nos adaptamos tão bem a novas condições impostas pela vida, mas nunca estaremos preparados para perder alguém que está ao nosso lado. Não há como se adaptar ao vazio deixado por quem foi tão amado.
Fazer memória a quem Deus recolheu em seus braços é prestar honra à criação divina, a vida que se eterniza nos braços de seu criador... Façamos menção sim, daqueles que deixaram suas marcas de amor. Igor Brito Leão
A vida novamente te trás as lágrimas, te leva num turbilhão de emoções, em instantes tudo muda,
mas temos que entender que nada, nada é imutável, nenhum segundo vai ser vai ser igual a outro.
A vida nos mostra que não temos controle de nada, tudo e a vontade de Deus.
Ele nos dá e ele nos tira, sempre na hora dele, na hora certa e nesse intervalo, entre o começo é o fim da nossa existência, aprendemos com cada pessoa que passa na nossa vida, o que fazemos dessa aprendizagem é o nosso futuro, nesse período onde vivemos para descobrir que o tempo de ser feliz é de fazer os outros felizes é agora, não deixe o tempo passar sem dizer as pessoas o quão importante elas são para você.
E nesse vai e vem o que fica de tudo isso não é o que acumulamos em bens materiais e sim as boas lembrança que deixamos nos corações de quem conhecemos nessa estrada, que pode ser longa ou curta e que se chama Vida.
Lúcia Freire.
🙏No Evangelho, Jesus despede-Se dos seus discípulos e deixa-lhes em testamento o “mandamento novo”: “amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei"🙏
(Jo 13,31-33a.34-35)
ATENÇÃO
Mas quem poderia atender?
Nos cantos da vida não havia chão
Como compreender?
Ela abria seus olhos ao amanhecer
Ela abria os olhos durante o anoitecer
Ela desejava morrer,
Às vezes
Às vezes, ela sentia desejo
E lágrimas
E às vezes ela sorria
E dormia e vivia
E desistia
E às vezes ela abria os olhos
E não entendia
Às vezes ela via o entardecer
Ela desejava morrer
Quando o Sol não bate nas árvores
Porque ela não está embaixo da sombra
Como fazia antes, deitada na grama
Tudo foi aos ares
Quem poderia compreender?
Que às vezes ela abria os olhos
E sentia vontade de morrer
Às vezes.
Por tempos vivemos como se a vida aqui fosse eterna. Quando chega a notícia de que uma jovem, amiga de um conhecido com apenas 22 anos, está com câncer em fase terminal, você para de pensar um pouco na sua vida.
Como você tem sido egoísta pensando só em seus planos, seu futuro. Fazendo planos se esquecendo de que a vida aqui é como um sopro. Não percebemos que isso é passageiro. Quão cegos somos achando que controlamos alguma coisa. Temos opinião para tudo e a informação e tecnologia fazem parte de nossos dias. Estamos vivendo uma era de extraordinárias obras. O conhecimento está acessível a todos que o buscam. Uma geração embasada na mentalidade de que tudo está sobre controle. Mas quando estamos diante do senhor do tempo, quando nos deparamos com o toque da morte tão perto de nós, tudo aquilo por que vivemos parece não ter sentido. Olhe para os anciões. Converse um pouco com os idosos. Eles se lembram dos dias de glória como se fossem ontem. Sua histórias nos fazem viajar no tempo. Com orgulho, contam como enfrentaram a vida difícil e venceram. Seus conselhos são sábios. Porém a vida agora não passa de memórias de um tempo que já se foi e as expectativas para o futuro não existem mais. As forças se esgotaram com o trabalho árduo, o vigor se foi com os problemas de uma vida comum e aí está você, apenas esperando o dia de encerrar a sua história. Pare, olhe para os seus antepassados, olhe em volta de você, todos eles corriam e correm atrás dos mesmos objetivos. Todos estão atrás do mesmo sonho. Todos os dias indo ao poço. Vivendo cada momento como se realmente fosse algo novo, se esquecem de que esse poço está aí há muito tempo. Nós nos vendemos por tão pouco. Deixamos ser levados por nada.
Os frutos de uma vida justa...
...Pra quem se vai: A paz sopra aos ouvidos como uma canção suave e angelical, as dores se findam e o divino amor resplandece.
Pra quem fica: A saudade pulsa no peito e os bons exemplos inspiram a esperança de um reencontro futuro.
Sobre a hora de partir...
...Segundo espíritas, ele cumpriu sua missão nesta vida e conseguiu seu progresso suficiente.
Segundo ateus, era a hora de ele partir.
Segundo cristãos, foi a hora que Deus reservou para Ele partir.
Eu creio que, independente da religião, cada um de nós temos uma missão aqui, que é fazer o melhor pelas pessoas que passam em nossas vidas. E, acima de tudo, preservar o amor ao próximo e a compaixão.
Do pouco que conheci ele, deu pra notar que ele cumpriu bem esta missão chamada vida. Descanse em paz meu amigo e que Deus te receba de braços abertos!
Pelo resto de minha vida, haveria uma farpa no meu ser. Doendo desde o momento da morte de minha mãe até que fosse enterrada comigo.