Luta e agradecimento
Se você perdeu a luta, não desista, porque vencedor é aquele que batalha até o fim da guerra. De que adianta desistir e viver acuado sabendo que podemos sempre elaborar uma nova guerra de forma mais perfeita, com maior margem de vitória?
Não desista da sua batalha e não se iluda aos olhos do poder. Sabemos bem que nossa força de vontade, nossa mente trabalhando de forma, sincronizada, podemos, sim, sair vitoriosos de nova batalha que está por vir.
Cada um de nós trava diariamente uma batalha particular entre as grandiosas fantasias que tem para si e o que realmente acontece. Aí, neste caminho ilusório, vamos seguindo tentando descobrir se nossa vitória será quando derrotarmos alguém ou quando conseguirmos sair desta batalha mental.
Prefiro morrer na frente de batalha a usar as costas de meus semelhantes como escudo. Muitos e muitos anos atrás as guerras eram travadas da seguinte forma. Você fazia de tudo para não perder a sua vida até mesmo dar a vida de um semelhante, já hoje é um caso meio que diferenciado. O semelhante age primeiro e dá a sua vida para não perder a dele.
Mundo embaralhado este em que vivemos, é uma luta frequente em busca de uma vitória, que muitas das vez já foi ganha há tempos, mas o sangue de luta faz com que vc viva sempre à procura de novas batalhas, até mesmo dentro de vc mesmo.
A vida é uma batalha constante, onde quem é guerreiro vai à luta todos os dias, mesmo sabendo que voltará ferido. Batalhas são travadas com pequenos e grandes motivos, apenas um homem de cada lado decide pela vida de milhares, até mesmo quando não se tem um motivo, o homem arruma, pois, para ele, o que vale mesmo é estar em guerra.
Pois a vida que será perdida não será a dele, não serão os filhos deles que ficarão órfãos, não será a mulher deles que ficara viúva, e não será a mãe dele que irá todos os anos em seu túmulo.
As lembranças que se resta de uma guerra jamais serão as melhores. Nem todos gostam de relembrar, até mesmo quando não estão envolvidos, dias, anos, décadas depois de uma guerra marcante, pessoas olham as fotos, vídeos, as lembranças e choram, porque, nestes relatos, o que sempre fica em destaque são os que era contrários a guerra, e os que não tinham como se defender, isto é o que as guerras trazem.
Ser livre agora não garante, pois, que sejamos amanhã. Ser livre é um processo contínuo de ir a luta para garantir as conquistas já feitas e ampliá-las. É isso mesmo o que parece ser nossa liberdade: uma conquista, nunca um direito assegurado.
Escondido em cada etapa vencida, encontramos uma história de luta e determinação oculta na mera e simples aparência da felicidade.
Lute, mesmo que a luta seja árdua, sonhe, mesmo que os sonhos sejam impossíveis, acredite, mesmo que você seja cético ao ponto de não ver que a vida é única e não cabe ensaio.
Do cansaço aprendi a seguir em frente,
da luta da batalha, me apeguei à perseverança,
Quando o corpo fraqueja, uso de bengala a mente,
e me utilizo do meu espírito de criança,
sutil, sonhador, sagaz, dono do futuro,
mesmo sabendo que não tão fácil se faz,
porém é necessário ir para a frente,
apesar do chão pedregulhoso, duro,
tem muitos que me amam e é preciso ser valente;
contudo quando medito, lembro que existe muita gente,
que não se pode confiar, nos tiram a paz,
mas esquecer e ir adiante, é esperança, confiança que se faz.
Ir em frente pelos que nos amam e também pela gente,
apesar, do cansaço, fraquejar jamais!
Do cansaço aprendi a seguir em frente.
- Quem me chama pra batalha se prepara não costumo entrar pra Perde...pois na frente de toda luta tem alguém mais poderoso e justo que qualquer homem um nome acima de todos os outros ...
JESUS CRISTO
Toda a vida exige luta. Aqueles a quem tudo lhes é dado se tornam preguiçosos, egoístas e insensíveis aos valores reais da vida. O esforço contínuo e trabalho duro que constantemente tentamos evitar é o principal bloco de construção da pessoa que somos hoje.
Este aqui é um desabafo. Mais um entre tantos outros. Um desabafo de uma jovem que luta contra a depressão, que luta pra não perder as esperanças nesse mundo ensandecido.
Faço parte de uma geração cada vez mais doente e perdida (ou que está encontrando o verdadeiro caminho, e, por isso mesmo, sofre), frustrada com o padrão de ensino desumanizador das universidades e a massiva produção científica ilógica, massacrada pelas exigências de enquadramento nos moldes capitalistas de um planeta enfermo. Encontro nas palavras e nas páginas em branco minha válvula de escape. Então, vamos lá.
Infelizmente estou inserida em um sistema que não me contempla e que não deveria contemplar ninguém, pelo simples fato de ser destruidor. Uma organização burocrática, hierárquica, opressora, exploradora, indiferente. Nessa lógica, seres vivos sem cifrão não são seres vivos, são lixo, pobres almas que só dão despesa.
É muito difícil colocar em palavras o tamanho da minha dor. A tragédia anunciada em Minas Gerais acabou de triturar meu coração. 62 bilhões de litros de lama contaminada, eu disse 62 BILHÕES, esmagando o rio, a vegetação, casas, animais, destruindo a principal bacia hidrográfica do Sudeste. E agora o estrago está chegando na mais antiga reserva natural dos mares brasileiros, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no sul do litoral da Bahia. Tudo pela ganância de uma mineradora que ganhou o prêmio de pior empresa do mundo em 2012 pelo Public Eye People´s”, premiação realizada pelo Greenpeace da Suíça e pela ONG Declaração de Berna, que escolhe as empresas com pior atuação em relação aos direitos humanos e ao meio ambiente. Em 2013 a barragem já havia sido condenada em um laudo solicitado pelo ministério público, e nada, NADA foi feito a respeito. A terceira barragem que não se rompeu está com um trinco de 3 metros. Dizem que providências já foram tomadas (agora).
A multa dirigida à Samarco (VALE) pelo Ibama foi de 250 milhões (e pode cair praticamente pela metade caso paguem até a data proposta), isso é preço de bala pra eles. Essa assassina deveria ser FECHADA, o mínimo esperado.
Depois de tudo isso veio o terrorismo em Paris e com ele a polêmica nas redes sociais sobre as tragédias. Vidas são vidas, em qualquer lugar do planeta. Porém, tenho que concordar que o direcionamento da mídia foi discrepante, e foi triste ver brasileiros trocando a foto de perfil pela bandeira francesa. Vamos abrir um pouco a mente e enxergar além do que os grandes meios de comunicação nos propõe. A Europa tem um histórico vasto de destruição do Oriente Médio junto aos EUA. Milhares de pessoas inocentes, crianças de colo, morrem todos os dias nas zonas de conflito. Alguém vai troar a foto de perfil pela bandeira da Síria após as bombas lançadas pela França? Claro que não. Não estou falando que isso justifica. Guerra nenhuma se justifica, massacre nenhum se justifica. Só quero dizer que devemos, sim, nos indignar pelas vidas perdidas (independente do número e da nacionalidade), pela origem das tragédias, mas não sejam solidários ao Estado que, historicamente, principiou esse ciclo violento.
Enfim, meu peito está apertado há muito tempo. E ficou ainda mais depois de todos esses acontecimentos. Pelo menos a minha doença significa que não compactuo com tudo isso, que me revolto, que tenho empatia, que reconheço a dor da minha Mãe Terra, que não sou mais uma pessoa preocupadíssima em trocar o modelo do Iphone porque já está fora de moda, obsoleto.
Eu sangro junto com as florestas e tribos dizimadas, com os rios mortos e pálidos, com as vidas perdidas nas mineradoras, com a lama tóxica que invade os pulmões, brânquias e raízes, eu sangro pelos bombardeios, tiroteios, pelas crianças dizimadas em massa, pela miséria africana e suas guerras civis, sangro pelas mulheres violentadas, estupradas, sangro por toda a exploração repugnante da América Latina. Sangro pelo asco de pertencer a uma espécie que é a peste negra do planeta.
Por enquanto eu estou aqui, buscando o mínimo de esperança pra seguir em frente, procurando ressuscitar meu espírito subversivo. Sei que ele está lá, num sono profundo e conformista, exausto, mas resiste. Resiste por amor. E canta, com as forças que sobraram:
“Tudo bem...até pode ser
que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem...seja o que for...
Seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas...”
(Dom Quixote, Engenheiros do Hawaii)
Se quero, não temo riscos,me atrevo! Vou a luta, pago o preço, a vista, a prestação, mas eu pago. O que é viver se não arriscar?
Assim eu sigo, sem medo, sem traumas, sem tristezas, é Deus que me fortalece, é Ele que me permite a ousadia, a coragem e a vitória.
Luta pra sair desse buraco que você mesmo cavou...Mas se decidir ficar, tenha certeza que cada dia vai se afundar ainda mais, como nas movediças, que a cada movimento, fica mais complicada a situação. E a cada dia vai ser mais dificil pra voltar. E quando conseguir, vera que perdeu tanto tempo da sua vida, em algo que não te acrescentou nada..só te sugou..minguou.
Dias difíceis, dias de luta , dias adiáveis. tudo é possível para quem busca dentro de si uma esperança para dias melhores.
Só te digo vai a luta,
e sê verdadeiro contigo,
eu sei que a vida é dura,
mas qualquer coisa,podes contar comigo amigo.
Alguns arranhões nunca serão sinais que perdemos a luta e sim que o adversário valorizou ainda mais nossa vitória.
Mais um dia...
Um dia mais ou menos...
Mais um dia amanheceu.
Mais um dia de vida, de luta.
Mais um dia, se Deus quiser,
de alegrias, de beijos, de abraços.
Mais um dia de esperanças e fantasias.
Mais um dia pra sonhar um sonho.
E......
Menos um dia na tua companhia.
Mais um dia...em que mais é menos.