Luta e agradecimento
Nunca deixe alguém apagar a sua luz, o seu poder está dentro de você, as vezes é preciso perder para ganhar, ninguém alcança o sucesso sozinho, em uma batalha nem sempre o exército que tem mais homens vence a batalha, quantidade não é sinônimo de qualidade, lute, as vezes perdemos uma luta, mais no final ganhamos muito conhecimento e sabedoria para fortalecer a nossa mente e consequentemente alcançar o nosso objetivo.
Olhei pro céu, implorei
Ô, Senhor, me dá força pra seguir
Porque, sinceramente, eu não sei onde eu tô
Só você sabe o quanto eu lutei
Me dá um caminho, por favor
Termos coerência nas escolhas e atitudes de nossas vidas, por vezes nos cobra o preço do sacrifício de nosso conforto, mas jamais de nossa paz. Assim como as oliveiras, seu cultivar é longo e exige muito esforço, porém seus frutos são tão fartos e perenes, que transcendem a nossa própria geração, por assim dizer, fazem parte de nosso único e verdadeiro legado, a imagem de dignidade, luta e coragem que plantarmos no coração das pessoas.
“Vivemos uma grande falta social, esse lugar inalcançável de uma felicidade que ninguém está encontrando”.
"Vejo o termo saúde mental sendo utilizado como sinônimo de falta de sofrimento. Temos que pensar o quanto dessas questões relacionadas à condição de uma experiência de vida que não seja de sofrimento, estão associadas, também, a outras condições sociais, culturais e de vida".
A essência da humanidade pode ser descrita como resiliente, adaptável e frequentemente conflituosa, refletindo uma combinação de esperança, luta e aspiração por um futuro melhor.
Nada na vida é fácil ou simplesmente apareceu, cuidado para não olhar somente o resultado e achar que foi fácil... o teto, a comida, o vestir, o estudo, o transporte , tudo isto é fruto de muito suor e dificuldade. Por trás de um resultado tem toda uma estória que por vezes é renegada por quem somente vê o resultado demonstrando uma miopia escolhida.
Vencer sem esforço é vitória vazia,
Triunfo desprovido de substância,
Porque o que dá valor ao sucesso
É o caminho árduo, os obstáculos superados,
O suor e a dedicação de cada passo.
Ah, como é vão o triunfo sem luta,
O brilho sem a sombra do esforço!
Pois é no empenho, na jornada incerta,
Que se forja o verdadeiro mérito do ser.
Fracassar não é derrota, se a alma deu o melhor,
Se o esforço foi genuíno e sincero,
Pois o fracasso é mestre, não carrasco,
E nas suas lições se oculta o crescimento.
Ó vida, estrada cheia de vicissitudes,
Onde a vitória e o fracasso se entrelaçam,
O verdadeiro mérito está em caminhar,
Com o coração pleno de dedicação.
Se a vitória é doce, que seja merecida,
Se o fracasso amarga, que seja construtivo,
Pois o valor maior reside no esforço,
No árduo caminho que trilhamos,
Na luta, no empenho, no viver.
No sonho nasce a obra que há-de ser,
Por génios concebida, além do ver,
Visão sublime, além do nosso ser,
Imaginada antes do amanhecer.
Mas vem o lutador, sem hesitar,
Com força, a persistir, a trabalhar,
Nos braços leva o sonho a edificar,
Vence os desafios, faz o ideal brilhar.
E eis que o fruto, então, se faz luzir,
Os felizes desfrutam, vão sorrir,
Na obra pronta, vão-se deliciar,
No prazer de quem viu o sonho abrir.
Mas sempre há-de vir a crítica vil,
Dos velhos do Restelo, senil,
Que nada cria, só sabe obstruir,
Em sua sombra, o novo a reprimir.
Assim se faz a história, em ciclo eterno,
Do génio ao lutador, prazer fraterno,
Passando pelo crivo deste inferno,
Dos inúteis crónicos, sem inverno.
Num espaço dedicado ao cultivo do corpo e do espírito, surge um homem cuja alma anseia desvendar os mistérios do Karaté. Vestindo o cinto branco, emblema de pureza e iniciação, ele comparece aos treinos, embora o seu esforço seja tão efémero quanto a brisa fugaz.
Encantado não tanto pelo rigor do treino, mas pela camaradagem e pelas conversas pós-luta, regadas a cerveja, ele busca mais do que a maestria técnica: procura a camaradagem que tanto anseia, numa jornada onde o esforço parece ser um mero detalhe.
Entretanto, à medida que o tempo avança, ele percebe que o reconhecimento do mestre não lhe é concedido, não obstante a sua presença constante. Tal constatação desperta nele uma chama de insatisfação, alimentando a decisão de se desviar do caminho estabelecido.
Assim, unindo-se a outros de espírito semelhante, ele empreende a criação de um novo dojo, onde as promessas de ascensão rápida e a promiscuidade social são as novas moedas de troca. Adquirindo o cinto negro não pela via da dedicação, mas pelo poder monetário, ele ergue-se como o grande Sifu, iludindo-se com a miragem da autoridade.
Neste ambiente que ele próprio forjou, rodeado por almas cúmplices na sua ilusão, o fracasso torna-se motivo de celebração, enquanto a excelência real é eclipsada pela máscara do sucesso fabricado. Na encenação do poder e prestígio, refugiam-se, ávidos por uma validação que não encontram nas suas vidas para lá das paredes do dojo.
Os verdadeiros buscadores da arte, ao vislumbrarem a futilidade deste teatro de vaidades, logo se retiram, deixando para trás aqueles que preferem o simulacro do conhecimento à árdua jornada da aprendizagem genuína. E assim, o dojo prospera, não pela luz da verdade, mas pela sombra da ilusão, onde o ser e o parecer se entrelaçam numa dança sedutora.