Luiz Felipe Pondé

O corpo, já não tão jovem, começa a dar sinais, mostrando que ele é seu dono e não você o dono dele.

O ódio das feias pelas bonitas nada mais é do que a agonia que a abundância gera na precariedade.

O ser humano só revela o que há de melhor nele quando é esmagado.

A vida é perigosa e a verdadeira liberdade cobra preço, financeiro e existencial

Toda mente totalitária parte do pressuposto de que ela é um agente do bem de todos.

Quem crê que a educação cria novos seres humanos o faz para disfarçar seu cotidiano ordinário, é uma mentira contada a si mesmo todo dia.

⁠A mesma sociedade que gerou a longevidade gerou o horror ao envelhecimento.

De alguma forma, a marca definitiva do contemporâneo é o narcisismo estéril e o individualismo histérico.

O egoísmo é a grande revolução moral moderna.

⁠“Em mil anos seremos esquecidos. A Idade Média perderá seu título de era das trevas, e nós receberemos essa maldição. Lembrarão de nós como mimados, ressentidos e covardes.”

Nada mais brega do que fingir amor à “arte” em nome da autoimagem.

Construímos sonhos de autorrealização profissional, afetiva e material. A expectativa com nossa própria grandeza ocupa grande parte de nossos devaneios.

"O mundo contemporâneo inventou o impossível: a multiplicidade de diferenças que não fazem nenhuma diferença. "

Ninguém põe em dúvida a escravidão e o preconceito racial nem o dever de acabar com eles. Mas dizer que, por isso, “tudo que é africano é lindo” ou que “todo negro é maravilhoso”, típico do politicamente correto, é um crime intelectual e afetivo.

A morte do pudor acaba por gerar o desinteresse pelas mulheres.

Só fanático pode imaginar uma sociedade com justiça social, porque produzir riqueza tem a ver com originalidade, inteligência, capacidade de disciplina, e nada disso tem a ver com "igualdade "(Hume).
A natureza não é igualitária em seus dons e suas dádivas, tampouco em suas misérias : poucos são sempre melhores do que a maioria. Isso não significa que devemos cultuar injustiças sociais (...)
Luiz Felipe Ponde

Você nunca vai se amar se nunca teve alguém perto de você que amou você.

Uma das lutas contínuas da civilização é contra a indiferença porque homens e mulheres não são especiais e existem às dúzias por aí, a gargalhadas, como bonecos de cera sem graça.

O ressentimento é nossa fúria para com a mortalidade que nos define e torna quase todas as nossas qualidades irrelevantes.

O homem é um tipo de animal que carrega o cadáver nas costas a vida inteira, porque sabe mais do que deve e menos do que precisa.