Lua e Estrelas
E se não houvesse noite?
Os amores noturnos não haveriam
As estrelas no céu não brilharam
As paixões proibidas não existiriam
Se não houvesse noite, o Sol não descansaria.
A Lua, para brilhar, não teria o seu espaço
O Sol não seria um cavalheiro
E no seu compasso
Brilharia sozinho o dia inteiro.
Romeu, por Julieta, não teria se apaixonado
Em seus encontros às escondidas
Arriscava a sua vida
Para amar e ser amado.
#Foi #numa #noite #bela...
Foi numa estrada sem fim...
Foi sob as estrelas...
Que aquele homem veio até mim...
Quando eu chegava ao fim...
Quando eu não tinha mais nada...
Em madrugada solitário...
Aquele homem veio até mim...
Não sei de onde surgiu...
Qual vento o fez vir...
Sorrindo...
Aquele homem veio até mim...
Em seus olhos eu pude me ver...
Sua força pude sentir...
Sua voz grave e rouca...
Falou assim para mim...
"Não há estrada real...
Para a felicidade se encontrar...
Há quem seja feliz...
Sem nada ter...
Há quem seja triste...
Sem fazer por merecer...
Ninguém se perde em estrada reta...
Nem mesmo em noites sem luar...
Verdade não é caminho para riqueza...
Sabedoria é que deve procurar..."
O cavalheiro da noite então perguntou:
"- Qual a sua estrada homem?
- O que quer tu encontrar?
Cada um faz seu destino...
Cada um paga o que deve pelos desatinos...
Viver é um desafio..."
A lua se escondeu...
E um forte vento soprou...
E na poeira que levantou...
Aquele homem que veio até mim...
Desapareceu...
Continuei a caminhar...
Tendo as estrelas como companhia...
A noite eu já não mais temia...
Sabia que ali estava...
Em oculta companhia...
Aquele homem que veio até mim...
Antes da tempestade
Chuva amanhã, mas hoje à noite o céu está claro, as estrelas brilham.
Ainda assim, a chuva está chegando,
talvez o bastante para submergir as sementes.
Tem um vento do mar empurrando as nuvens;
antes que você as veja, você sente o vento.
Melhor dar uma olhada nos campos,
ver como eles são antes que alaguem.
Uma lua cheia. Ontem, uma ovelha fugiu para a floresta,
e não uma ovelha qualquer – o reprodutor, todo o futuro.
Se nós voltarmos a vê-lo, veremos seus ossos.
O capim se agita de leve; talvez o vento tenha passado por ele.
E as novas folhas das oliveiras se agitam da mesma maneira.
Camundongos nos campos. Onde as raposas caçam,
amanhã haverá sangue no capim.
Mas a tempestade – a tempestade lavará tudo.
Em uma das janelas está um menino, sentado.
Mandaram-no para a cama – cedo demais,
em sua opinião. Então ele se senta na janela –
Está tudo em ordem agora.
Onde você está agora é onde você irá dormir, onde acordará de manhã.
As montanhas firmes como um farol, para lembrar a noite de que a Terra existe,
que ela não deve ser esquecida.
Sobre o mar, as nuvens se formam conforme o vento aperta,
dispersando-as, dando a elas um propósito.
Amanhã a aurora não virá.
O céu não voltará a ser o céu de hoje; ele prosseguirá como a noite,
exceto pelas estrelas que vão se dissolver e sumir quando a tempestade chegar,
durando quem sabe umas dez horas.
Mas o mundo como ele era não vai voltar.
Uma a uma, as luzes das casas da cidade se apagam
e as montanhas brilham na escuridão refletindo luz. Nenhum som. Apenas gatos se enroscando na entrada.
Nenhum som. Apenas gatos se enroscando na entrada.
Eles farejam o vento: tempo de fazer mais gatos.
Mais tarde, eles vagarão pelas ruas, mas o cheiro do vento os espreita.
É o mesmo nos campos, atrapalhados pelo cheiro de sangue,
ainda que por ora apenas o vento desperte; estrelas deixam o campo prateado.
Estamos longe do mar e mesmo assim reconhecemos os sinais.
A noite é um livro aberto.
Mas o mundo para além da noite permanece um mistério.
#PALCO
As estrelas pintadas pelo poeta...
E o beijo do vento que de longe vem...
Aplaca a saudade que atormenta...
Daqueles que um dia o quiseram bem...
Quisera o poeta...
Sempre e mais sonhar...
Voltar outrora...
Inútil...Sabe ele...
O passado não está mais lá...
Em sua vida não há pressa...
Não há para onde correr...
Apenas deseja o bem...
E ser feliz em bem viver...
O poeta um dia amou...
Mas foi um amor transloucado...
Não foi seguro e confortante...
Efêmero também acabou...
Hoje apenas um vago ruído...
Do que foi e passou...
Guarda no fundo da alma...
Uma vibrante música...
Quando os deuses partiram...
Passeia sobre as estrelas...
Modo de alcançar o céu...
Onde cairás morta a flor de sua infância?
Inocência que foi ao léu...
E agora...
Na pura ausência das coisas...
Na madrugada um palco por abrir...
Segue desejando a lua...
Nas estradas da vida por aí...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Sei que sou bem sonhadora
Às estrelas quero ir
Ver quasares e cometas
Sair um pouco daqui
Mas da Terra não me afasto
Porque ela é meu astro
Que pra amar eu escolhi
(Lua)
Um Soneto de Amor
Para você, Jaci, um soneto de estrelas e mar,
Nas linhas da poesia, seu encanto a declarar.
Seu nome que dança no vento,
Em cada letra, um toque de encantamento.
Sua presença, um farol na imensidão,
Em seu sorriso, a pura expressão da emoção.
Nos olhos de Jaci, brilha a luz da sabedoria,
Como estrelas que guiam na noite fria.
Sua voz, melodia que serena o coração,
Em cada palavra, uma doce canção.
Passos que desenham caminhos de luz,
Em quem a esperança traduz.
Com a força suave de um amor sincero,
Transforma o cotidiano em um céu aberto.
Em teu ser, um universo a explorar,
No teu amor, um constante aprender e ensinar.
Em cada verso, tua essência tento capturar,
Jaci, eterna musa a inspirar.
Filha da Natureza
Sou filha do Vento, do Mar, das Estrelas, da Lua…
Sou filha da Natureza, amante do Sol…
Levando a Luz no âmago de minha alma…
Sou filha da Deusa…
Levando todas as suas faces em mim…
Sou mística…
Sou mulher…
Sou bruxa…
Eu faço a vida se tornar mágica…
Sou filha da Terra, da Água, do Fogo, do Ar…
Sinto a energia da Vida fazendo parte da minha essência…
E assim…
Sou eu…
Somos nós…
Não havia sonhos. Não havia amores. Já não havia belos anjos e muito menos flores. - Somente havia espinhos...e não havia mais ninguém naquele caminho. Já não se ouvia música. E no céu não havia estrelas ou lua. Um estranho nevoeiro denso cobria as ruas. E de repente um forte vento...um estridente grito de dor ... Tudo ruiu em um só momento. (O meu rosto estava coberto de palor !). Não havia cura. Não havia nada. Somente uma sepultura a beira da estrada...e ao lado, uma pequena navalha que fez o corte no pescoço santo que conheceu a morte sem ter um véu, uma mortalha,um sagrado manto... De repente eu via a imagem de uma donzela, radiante e bela que languida adormecia em meio a devastada natureza... Sua face parecia cheia de dor e agonia, medo e tristeza. Vi que em sua testa estava escrito em brasa a palavra POESIA. Tudo alí era incerteza ! Em nada mais havia encanto. E se ouvia os prantos de algumas almas suicidas, estranhas,amargas,frias... Já não havia mais almas puras. Era então a hora mais sombria quando anjos pálidos da morte surgiram por repentinas nuvens escuras. Eles tinham negros olhos e um terrível sorriso mudo. O tudo transformou-se em nada e o nada em tudo. Ali, naquele hora, morreu-se toda forma de sentimento. Já não soprou mais o vento... sangue, água,e lágrimas secaram... E os anjos pálidos da morte em meio aos vinhos,gritos e risadas levantaram a falecida donzela alada e fizeram uma profanada o*gi*. E então depois disso até mesmo os versos e as prosas se calaram ...
- E tudo virou morte sem POESIA!