Lua Amor
Elegante, mesmo numa versão mais discreta, lua minguante destacando-se numa arte celeste, pintada divinamente com cores calorosas, anunciando a aproximação da noite, um encanto genuíno, amor incessante em um clima apaixonante de romantismo.
Lua de sonhos
Quando você fala o tempo se cala;
Eu não sei senão amar até o fim.
Quero um carinho sem fim, que dure a vida inteira, que tenha o sabor do mais doce dos beijos.
A luz da lâmpada sombria, sobre o leito de flores, a lua por noite, entre as nuvens nós dormimos!
Manias de sonhador no mundo colorido, onde cada sentido é um ator.
Arde sem perceber que é fogo e também é ferida que dói e não se acha; É uma descontente busca na aventura da paz que desejo e quanto mais procuro, mais sofrimento de não achar tal...
Que importa? Se tu, lua desta noite,
Fosse já a lua dos meus sonhos!
Atingido pelo deslumbramento da noite, vejo a lua encantadora se destacar no céu e aqui na escuridade, um véu se abre e revela um florescer radiante, de pétalas frágeis, essencialidade resiliente, um jeito apaixonante, charme no olhar, amor evidente na sua graciosidade, decerto, uma presença singular, expressividade interessante, inspiração da arte de amar.
Amo você
Amo você no canto da lua...
Em nossas experiências ousadas...
Amo você nos meus sonhos.
Onde você chama por mim!
Amo você nas noites mais frias,
Chegando aos sons de umas melodias
Que já não tem mais fim...
Te amo neste meu avesso
E isso não tem preço,
Ainda que seja extenso,
Te amo com bom senso...
Cleide Regina Scarmelotto
12 06 2024©Todos os Direitos Autorais Reservados
Era uma noite serena, banhada pela luz suave da lua que escorria pelas janelas, envolvendo a sala em um abraço prateado. Ele estava sentado à mesa, seus olhos fixos no papel à sua frente, mas sua mente vagava para longe, onde seus pensamentos sempre a encontravam.
Ela era sua musa, a centelha de inspiração que fazia sua alma dançar em um turbilhão de palavras. "Você sabe que é a minha musa, né?" ele disse, quebrando o silêncio com a suavidade de uma brisa de verão. Em seus olhos, havia um brilho inconfundível, uma admiração que não se podia medir em palavras, mas que ele sempre tentava capturar.
Ela sorriu, um sorriso que continha o universo em toda a sua complexidade e simplicidade. "Em muitos deles, me vejo e nos vejo," ela respondeu, sua voz um suave eco de compreensão. "E vejo uma mistura também, de todas ou de muitas."
Ele não podia deixar de admirar sua percepção. Ela sempre parecia saber, sempre parecia entender. "Você tem o dom das palavras," ela continuou, o que ele recebeu como uma gentil bênção.
Mas ela sabia, sabia que não eram apenas as palavras dele que faziam a magia acontecer. "Contudo, os melhores e mais profundos e mais perfeitos vêm de mim, do que sentimos. Ao menos para isso serviu, te aperfeiçoou em seu dom." Sua declaração era uma dança sutil entre reconhecimento e partilha, um lembrete de que suas almas estavam entrelaçadas em cada frase que ele escrevia.
Ele suspirou, o peso de suas dúvidas transparecendo em seus olhos. "Será que o nosso destino é ficarmos juntos?" As palavras saíram de sua boca como um pedido tímido de resposta, uma esperança guardada cuidadosamente.
"Não sei," ela respondeu, um suspiro suave que se misturou ao ar. "Você já disse que não." Havia um toque de tristeza em sua voz, como uma melodia inacabada que ressoava no coração dele.
Ele hesitou, preso entre a razão e a emoção. "Mas, o que você sente?" Ele precisava saber, precisava entender aquele enigma que ela era.
"Medo," ela respondeu, suas palavras pairando como uma neblina entre eles. "Não sei se te vejo com alguém... Você casou com a solidão."
Aquela declaração era uma verdade que ele não podia negar. A solidão era sua companheira constante, uma presença silenciosa em cada canto de sua vida. "Solitude," ele corrigiu, uma tentativa de suavizar a dor que ela via. Para ele, a solidão era uma escolha, um refúgio onde ele podia se perder em seus pensamentos sem as distrações do mundo exterior.
Mas, por mais que ele tentasse se convencer, a verdade era clara. Ela era o que faltava, o elemento que tornava sua vida completa. E enquanto eles navegavam nesse mar de palavras, suas almas continuavam a dançar, sempre unidas, mesmo quando a dúvida e o medo ameaçavam separá-los.
E ali, sob a luz da lua, com o murmúrio das estrelas como testemunha, eles permaneceram, dois corações entrelaçados em um diálogo eterno de amor e incerteza, buscando respostas nas profundezas de suas almas, enquanto o tempo passava suavemente ao seu redor.
Nos braços do silêncio, onde a lua chora,
E o vento sussurra, histórias de outrora,
Sinto a saudade, que a noite devora,
Do doce amor, que a distância implora.
Teu sorriso, memória que o tempo consome,
Brilha em meu peito, um vazio sem nome,
E cada estrela, no céu sem renome,
Reflete o desejo, que a ausência promove.
Isabelle, é seu nome.
Em sonhos te vejo, num abraço de luz,
E na escuridão, o coração se conduz,
Para os momentos, onde o amor reluz,
No toque suave, que a distância traduz.
A tristeza é o eco, de um beijo esquecido,
Nos lábios do tempo, que segue rendido,
À espera do dia, em que seremos unidos,
Num eterno abraço, de amores vividos.
E assim sigo, na esperança velada,
De que um dia, em tua alma ancorada,
A tristeza se faça, de alegria dourada,
E a saudade se torne, presença encantada.
A lua não sabia…
O SOL E A LUA
O sol e a lua tinham algo que nutriam juntas. Algo que as relacionavam, que as conectam. Ambas chamavam esse ELO de planeta Terra.
O sol não podia estar com a lua sempre que queria, pois a distância as impediam de se encontrarem. A lua, mesmo que quisesse muito, também não podia estar com o sol, mas seu desejo era mútuo.
O SOL
O sol nutria seu elo (planeta) das 06:00 am às 18:00 pm. Com todo seu encanto, o encanto de seus raios fortes e esplendorosos, iluminavam cada canto da Terra que virava seu rosto a ela.
O sol era a alegria de todos os habitantes de seu Elo. Os habitantes, quando olhavam para o horizonte e avistavam aquela grande bola de fogo no céu, logo pensavam: Já posso começar a viver todos meus lindos planos e metas! Uns colocavam suas roupas de banho e iam “curtir o mar”. Outros, iam para seus trabalhos, festas, viagens. As possibilidades eram infinitas.
O sol não sabia que essa vivência era única. E que diferente da lua, seu trabalho era puramente prazeroso.
A LUA
A Lua nutria seu elo (planeta) das 18:00 pm às 05:00 am. Com todo seu encanto, o encanto de seus raios fortes e esplendorosos, iluminava cada canto da Terra que virava seu rosto a ela.
A Lua não era a alegria de todos os habitantes de seu Elo. Na verdade, os habitantes passavam grande parte do horário em que a lua aparece, cansados e desligados.
A Lua acreditava que essa vivência era a mesma experimentada pelo sol, pois afinal de contas, o trabalho era o mesmo, clarear a Terra.
A Lua quando esteve com o sol e ficou sabendo de sua fama, ficou triste, pois o trabalho que ela fazia era o mesmo, como pode ter tanta diferença no tratamento?
Foi então que a Lua começou uma busca incessante por reconhecimento. O Elo importava muito pouco, o que ela queria realmente era ser notada, admirada e vista.
A Lua tentou clarear a noite, tantas, tantas e tantas vezes e mesmo assim, ninguém notava seu esforço. Todos ainda continuavam adormecidos.
A Lua ficou tão triste que resolveu não se deixar visível, escondeu-se em uma grande nuvem carregada de água e sua claridade, não se sobressaiu mais………
- Não entendemos esse fenômeno, mas não se tem claridade alguma nos países, tal..tal e tal…. Disse o Jornalista de uma TV local da cidade de Tal e Tal.
- Como vamos dirigir, sair ou mesmo socializar com os amigos na noite de domingo? Disse uma jovem de 29 anos.
Neste momento, sentindo que o Elo estava com problemas, O Sol foi ter com a Lua, formando assim um fenômeno chamado Eclipse.
Ao se aproximar, o Sol que tinha pouquíssimos minutos com a sua amada, para tentar entender o que aconteceu.
- Amor, disse o sol, o que está acontecendo que não encontramos mais seu brilho?
- Não vejo razão para brilhar, não há nada que eu faça que tenha reconhecimento (Lua)
- Brilho, Brilho, Brilho, mas ninguém se importa, dizem que a noite é sem graça, só servem para dormir (Lua);
- Amor, isso não é um fato geral. É certo que boa parte da população iluminada por você no período noturno, dorme. Mas boa parte se alegra ao ver você brilhar nas suas diversas versões, sabia? (Sol)
- Como assim? (Lua)
- Sabia que tem um pessoal do Elo que acredita que quando você está cheia, significa que é uma fase que traz poder em Abundância, deixando o amor a todo vapor? (Sol);
- Não sabia! - Disse a Lua, surpresa e sorrindo.
- Digo mais, quando você está minguante, as pessoas desaceleram e repensam escolhas feitas. (sol)
- Todas as suas fases, têm diferentes significados para pessoas e suas crenças, estudos e metodologias. Todos precisam de você, sejam para estudar, descansar ou admirar.(Sol).
- Eu preciso de você? (Sol)
- Você, não! Você é perfeito! Não há ninguém que não seja feliz com você. Você ilumina, traz vitamina, ativa a melanina, etc… Disse a Lua.
- Eu sim! Nós dois formamos um ciclo. A terra precisa de nós. (Sol)
- Olha para baixo! Está vendo todo esse povo lá embaixo tirando foto? Sabe o que eles estão admirando? (sol).
- Você e eu juntos. Juntos, somos a coisa mais linda da galáxia. Somos o que eles chamam de Fenômeno Lunar!!! (Sol)
- Eu não sabia que tinha tanta importância, para nosso Elo e para você. (Lua)
O sol se despediu da Lua e disse: Brilhe, brilhe, seja a luz na escuridão.
A Lua se encheu de ânimo, brilhou tão forte, que todos só falavam de como a Lua brilhou após o eclipse.
Foi naquele momento que a lua entendeu, que ambas têm o seu valor e que juntas são pura potência e beleza espacial.
O Elo do Sol e Lua ficou cada vez mais forte e nunca mais se apagou.
Grandioso fascínio de uma noite simples e elegante, o céu abrilhantado pela lua e ornado pelas estrelas, enquanto que uma boca de curvas sublimes, lábios envolvidos por um vermelho sedutor, olhar lindamente sereno, transmite uma certa vividade, uma arte majestosa de cabelos cacheados, detalhes de amor e desejo, farta sedução, naturalidade abundante, flamejantes sentimentos, verdade cativante, fonte de inspiração, o destaque de um momento deleitante, daqueles que geram saudades, pois todo o tempo usado não foi o bastante.
"Quando soltei suas mãos você voou ao céu
Reinando a noite, radiante és tu Lua Brilhante.
Se eu pudesse segurar até o fim, talvez eu seria o sol.
E um dia um eclipse nos uniria novamente"
A lua me guia
Andando pela rua escura
A lua ilumina o meu caminhar
Meu caminho até você
Apenas a lua entende meus sentimentos
Me de a Lua
Meu maior presente (Para você)
Me de a Lua
Meu maior presente (Para você)
Vou seguindo e contando os passos
Até chegar a você
Meus sentidos já não fazem mais sentido
Palavras já não ecoa pelo ar
Apenas me de a Lua
Meu presente maior para você
Meu desejo único para você
Meu maior Presente (Para você)
Me de a Lua
Meu maior presente (Para você)
Me de a Lua
Meu maior presente (Para você)
Frio, gêmeo do sol, todavia, quente, provindo da lua.
Ó, areia torturante, cujos mares me são sufocantes, de mim tenha piedade.
Ó, céus anuviados, encoberta minha face, tampa meus olhos, beija-me de sombras e ventos ruidosos.
Tu me vens, e logo vais-te.
Tu enches-me, e logo esvazias-me.
Aqui te encontrei, e aqui meus olhos não a ti enxergam.
Ó! Por qual terra andaria tal perna? Acaso o vento esfria seu corpo? O sol esquentá-lo-ias sua face?
Será o vazio nascido por teu espírito, frio, imenso, adorador do calor e do conforto?
Acaso dize-me que não há existência do meu ser?
Respondei-me, tu que andas entre o sol e a lua, por que partes em meu lamento? Por que minha voz não a ti clama? Por que minhas pernas não para ti caminham? Por que meus olhos marejam, choram, brilham quando em ti penso? Por que meu vazio chama por ti? Seria eu incompleto, necessitado de ti? Se, porventura, meu amor não vem suficientemente para ti, por qual razão o teu amor me vem suficientemente a mim?
Aqui ficarei, com o vazio gerado.
O barro lamacento em algum canto de horizontes desolados.
Meu corpo sente, meu coração chora, meus pensamentos mentem.
Frio eu sinto, todavia, o calor me aquece; de donde vens, ó calor que me segue?
O tempo escoa, como águas da chuva no solo.
Abençoada terra, a qual cai lágrimas doces, germinando teu solo.
Outra semente, a dita antecessora de brotinhos, distendê-lo-ia.
Refletiu em seus olhos o mar e as estrelas; lua prateada nasce sobre sua cabeça com digníssima beleza.
Seu olhar era o meu céu, o brilho neles provindo dos cosmos; quem entenderá o coração que veem com estranhos olhos?
Águas perturbadas, não cries ondas, sejas calma; meu amor por ti é brilhoso, da magnitude solar, e seu conforto, não que eu esteja errado, é frio e gracioso, ó lua nas espelhadas águas portentoso.
Tal como a água, que varre a terra, forte e impetuosa, me vens e vai-te quando retorna; foi-se também aquele olhar, a beleza que meus olhos desabam em pesar agora.
Ondas turbulentas, doces como és, por que me fazes sentir o salgado das lágrimas? Seca-me os lábios, alegra-me a face.
Noite após noite, seu espelho sereno me revela, brilha as estrelas, a lua, e nas águas, ela me será eterna.
"Lua que brilha
Sol que me aquece
Noite que não se escurece;
Meu diamante, olhar esmeralda. . .
– Minha estrela guia."
Rogério Pacheco
Poema: Amor fero
Livro; Vermelho Navalha - 2023
Teófilo Otoni/MG
Oh lua, tão bela que no céu flutua,
Que a seu tempo cada fase conclua,
Não nasceste para ser supérflua, pois,
Aos pescadores inspira o remar a falua,
Aos apaixonados, permites fazer declarações à super lua,
Para que esse amor nunca se dilua.
A. Cardoso
Para Minha Amada Lua
Sinto sua falta... os dias e as noites ficaram mais tristes... Imaginei você, senhora Lua, chegando com seu brilho radiante e dizendo "princesa da mãe, hoje é seu dia!" Com seu sorriso me alegrava, em seus braços me acolhia e meu rosto sentia o mais sincero beijo.
"Então, a névoa obscura, cuja densidade ofuscava a lua em meio às nuvens, se sobrepôs sobre sua cabeça enquanto contemplava o celestial, e o coração dele não se continha mais em seu peito, aquele sentimento de inquietude que pairava em seu interior como um beija-flor que arduamente sugava seu coração como o pólen de uma flor, exalavam reflexões contínuas sobre sua amada, tornando-o melindroso, e ele, sentindo-se imerso e submerso em sua própria introspecção, enxergava no horizonte o brilho das falsas estrelas da lucidez. E tomado pela tormenta dessa mistura, eis que percebeu que seu interior espelhava seu exterior, pois tudo que ali estava ao seu redor, continha um pedacinho de memória da sua amada, e mal terminou o raciocínio quando, de repente, o céu lhe pareceu melancólico: chorava a chuva, engasgava o trovão, suspirava o vento, e ele percebeu que tempestade ocorria naquele momento, não lá fora, mas ali dentro. E o algoz daquela brisa invasiva chamava-se: Saudade."
Fim de tarde, contemplo um azul intenso na vastidão celeste, contando a presença ilustre da lua, viveza cheia de graciosidade, que resplandece o poder divino como uma arte inexplicável, um amor profusamente expressivo, um refulgir de romantismo lá no alto, sem dúvida, um destaque incrível de um simples cenário, então, os meus olhos ficam sinceramente agradecidos por este breve momento de tanto significado.
O LOBO E A LUA
.
.
A Lua, de tão bela,
luminosa e clara,
entristece o lobo,
que por isso chora
seus uivos na madrugada.
.
Uiva a melancolia
que emana da consciência
de se saber irremediavelmente distante
do resplandecente objeto amado.
.
Uiva porque sabe que a Lua é inatingível
e que seus clamores por ela
sequer serão ouvidos.
.
Uiva porque é da natureza da Lua
ignorar o Lobo,
que, no entanto, a ama.
(e é precisamente este amor
que lhe arde
como uma chama).
.
Até hoje não se explica
porque o Lobo entoa
tão solitário e doloroso canto...
.
? Mas será mesmo um canto
esse que, vertido em vento,
percorre a madrugada
sem nunca atingir destino,
– sem consumar momento –,
e que, profundamente triste,
não se define, contudo, em pranto?
.
? Será mesmo um canto
esta ponta de sabre branco
que, ao invadi-las por dentro,
corta as almas em dois instantes?
.
Ou quem sabe este uivo, que nos assombra,
será mesmo um grito...
desses que, do alto de uma ponte,
e de dentro de um quadro
(sem precisar de som),
estende-se ao infinito?
.
? Mas como será um grito
esse que todas as noites se repete
insistente como um rito?
.
? Não será então uma senha
oculta em Lobo,
para que todos saibam
do seu devotado amor
por tão irresistível objeto
– por esta eterna fonte
luminosa de desencanto?
.
Canto, grito ou senha
(pranto, rito ou chama),
não é o Lobo que faz o uivo,
mas é o uivo que faz o Lobo;
e quem faz o uivo é a magia
que lhe revolve o oceano
(a mesma que, na maré que dentro mexe,
o coração lhe deixa insano).
.
Mas se o Lobo se transfigura
na dor, que é seu próprio canto,
a Lua permanece a mesma:
branca, perene, eterna
– amada em seu congelado encanto.
.
Há de pairar como um poema
sobre os mares que então remexe,
sobre os amores que não governa
– lado escuro do seu mistério –,
sobre os lobos que lhe pressentem.
.
Enquanto isso os cientistas a observam;
os astronautas pousam nas suas montanhas.
Percorrem as suas crateras
– a Lua se faz notícia –.
Guardam amostras do seu branco:
invadem seu doce ventre,
conquistam-lhe as entranhas.
.
Depois se vão, saciados,
singrando os sete céus,
sem saber que sequer tocaram
sua alma de sete véus.
.
Somente o Lobo talvez entenda
seus mais íntimos segredos
e a natureza do seu branco.
Mas prossegue, noturno e triste,
sem que saibam por quem chama.
.
Aqui, do meu confortável canto,
cresce a vontade de sair à floresta
para me solidarizar com o Lobo:
Amigo, eu o compreendo!
Também eu tenho a minha Lua
por quem sonho e por quem canto...
Também eu sei que nunca atingirei
seu tão precioso encanto.
.
E, no segredo deste instante,
eu e o Lobo somos irmãos
de todos os que amam.
A mesma floresta, o mesmo oceano,
formam este amor que agora arde
e que nos corta como uma chama.
.
Eterna Amada,
de tão bela,
luminosa e clara,
você me entristece...
.
[BARROS, José D'Assunção. Publicado em Letras Raras, vol.11, nª1, 2022]
Tenho fases como a lua.
Às vezes indiferente, às vezes sua.
Às vezes chata, dócil, meiga, gentil.
Misteriosa, excitante, eufórica, sútil.
Às vezes calada, retraída, pensativa
outras dissimulada, furiosa, atrevida.
Adrenalina no coração, morfina na veia.
É assim que sou!
Tenho fases como a lua.
Às vezes radiante, iluminada, divertida.
Outras vezes envolta em uma névoa
enigmática, obscura e sombria.
Sou assim de lua,
cheia de fases,
cheia de amor!
~ SERENA MAGIA ~
Escumas surfam no mar,
Em tons de terna poesia,
No serpentear d’alva lua,
A alma amena da magia!
Era o sonho que aquecia
O belo anjo sem pecado,
Ao fervor das ondas frias
Esse resplendor doirado!
Qu’arrefece as fantasias,
D’ardente e doce poesia,
Neste cortejo encantado!