Loucura
A loucura me abraça, me aperta com jeitinho...me entrego, me dou !
Me viro de todos os lados, me deixo fazer chamego, dengo...
a loucura é cúmplice de mim e aliada do meu jeito.
Os anjos devem ter achado que Deus perdera o juízo. Não é à toa que Paulo se refere à loucura de Deus, associando-a a Sua inebriante fraqueza.[7] Quão subversivo é o Deus revelado em Jesus! Ele Se esvazia para poder encher todas as coisas. Sua majestade resplandece na Sua humildade que beira à descompostura. Seu poder se revela na fraqueza, Sua presença na ausência provocada por Sua retração, Sua sabedoria em Seu desvario. Sua vida pulsa vibrantemente através de Sua morte. Sua soberania se sobressai ao conferir liberdade aos seres dotados de consciência. Sua justiça se impõe na exposição de Seu amor.
QUERENÇA
Vestígios
de loucura
há
neste
querer-te,
pungindo,
ferindo
a alma
(que desmaia)!
Mares
revoltos
de anseio
navego
e, entre
ondas
pululantes
e espumas,
não
vislumbro
tua
praia!...
Sorria da minha loucura
vire para trás
olhe mais uma vez,
quanto a mim
estarei sorrindo em dobro,
da tua lucidez !
Eu voaria de prazer...
Eu dançaria de loucura...
Sem se importar com que iam dizer;
Eu seria mais malicia,menos cordura.
Se o que a sociedade chama de loucura for a causa de nossa morte, pelo menos partiremos com dignidade.
São três os dias de loucura:
Quando a paixão floresce
Quando o coração se aquece
Quando alguém te esquece
São três os tempos da vida:
Quando a semente germina
Quando a flor se anima
Quando a morte elimina
São casos difíceis os três:
Quando a fome atormenta
Quando o ódio alimenta
Quando a vida se ausenta...
Dispo-me de qualquer armadura.
abro o coração,
Vivo intensamente,
Entrego-me:
paixão,
loucura,
sedução.
Firo-me,
choro e
Sangro,
Adormeço pensando:
nunca mais...
O tempo passa,
esqueço minhas juras,
Renasço
mais uma vez
da dor...
Pra fazer tudo de novo,
viver um novo amor.
Escrever é meu vicio, meu remédio, minha loucura minha lucidez, escrever é sair do mundo real e viajar para um universo, sem limites, onde guerras são só para apontar um lápis.
na perdição dos pensamentos confusos, na loucura da imaginação demente, meio e lá sem saber onde chegar, caindo aqui e ali sem saber onde ir, inebriado de horror, fez-se o louvor, quando esqueci de mim.
Você está vindo em minha direção, parece loucura, mas você realmente veio. Estava linda, não acreditei no exato momento em que minha mão percorria suavemente o seu rosto, traços finos e tão celestiais, seus lábios de encontro aos meus. Teu corpo, posso sentir, teu calor que emana em minha direção, como um vulcão expelindo fogo em direção ao céu, suas curvas, tão suaves e belas, se encaixam perfeitamente em mim. Meu coração dispara, e posso ouvir o seu batendo em sintonia com o meu, seus sussurros ao pé do meus ouvidos me deixa louco, sua voz tão doce e bela como a brisa suave da manhã, parece até alucinação, será que é mais um sonho, um sonho de um dia exausto que se vai... Mas de manhã acordo, e olho para o lado... Meu corpo, minha mente são tomados por sensações vívidas, por sensações radiantes. E por instantes vem a certeza que não foi um sonho, não foi alucinação ou miragem, pois fecho meus olhos e me concentro ao máximo que eu consigo, e posso sentir seu cheiro em mim, posso sentir você em mim, posso Encontrar Você...
Desisti de chorar torto
por um amor louco, pirado
desisti de dá abrigo a minha loucura
que se dane,
que se molhe na chuva
que queime no sol,
que grite aos ventos...
desisti de me machucar
de mendigar risos,
palavras.
Se é para doer que doa
se é para engasgar
engasgue,
não vou dá mais guarida
não vou mais alimentar,
dá agua, comida...
que morra esse amor doente.
Leônia Teixeira