Loucos e Felizes
Um país governado por tolos e cheios de cobiça pessoal, transformam seus cidadãos em loucos e alienados.
Nem os sábios nem os loucos
pousam na folha que desfolha-se do sol/
o tronco da árvore do céu é dos pássaros!
Coragem
A coragem é a essência dos loucos, os quais são os únicos a chegarem à adrenalina que nenhuma droga é capaz de obter.
Os que podem executar os passos da dança da vida ouvindo sua melodia não podem ser loucos ou insanos, são apenas seres humanos.
Qualquer Ser humano desfruta de liberdade para acreditar no que quer, porém, nem todos os loucos falam a verdade.
Eu acordei um dia
De meus sonhos loucos
E me vi nos braços
Da filha de um caboclo
Foi da filha do coronel
Que ganhei meu anel
E me pus nos pomares
A apreciar seus olhares
Com uma beleza singela
Que se fez como cinderela
A cantar em minha janela
Trazendo alegria a minha vida tumultuada e fria
Onde só existia, bebedeira, caos e uma vida em ruína
Hoje sou feliz porque encontrei a saudade
E com a simplicidade fiz verdadeira amizade
Não caminho mais sozinho, pois descobri que o destino
Deve ter nome estampado no peito
Não dou mais importância ao dinheiro
Porque conquistei o direito ligeiro
De ter a escritura do coração faceiro de alguém
Nesse coração fiz minha morada
E dele não me aparto por nada
Me ofereceram ouro, já me ofereceram prata
Mas decidi que minha poesia é somente de minha amada.
"RAUL SEIXAS: O mais louco dos loucos.
O mais louco dos lúcidos.
O mais lúcido dos loucos.
O mais lúcido dos lúcidos."
Cavalgada para loucos (o que é o mundo)
Nós somos a saudade que fica e aperta o peito; somos os passos desordenados em rumo ao futuro; somos um ser e não ser; somos um dia vazio a chover, ou apenas a fumaça que se vai pelo céu. Sempre somos, pedaços! Pedaços de uma mágica perdida, de um passo descompassado, de uma mentira mal contada. Na vida estamos sujeitos a maré: coisas vão e vem na intensidade que futuro sentir o passado, tocá-lo.
Queremos buscar o infinito. Na verdade só queremos algo para fugir da realidade por poucas razões, as quais nem vemos lógica. Herança de contos e fábulas. Temos o prazer de matar esperanças e trazer o fim, quando estamos a sufocar no que seria de fato glorioso e brilhante! Herança de convívio com o mundo injusto, podre e pobre. Mundo que se corrompe a cada dia mais. Não há como entender esse coração. Imaginar o quão estranho as coisas são e lembrar que nada é verdade (ou real). Deu voz à ciência mas, e as promessas? Não sabemos, ou melhor, estão perdidas em algum lugar inexistente, vazio, sem oxigenar. Não existem mais promessas.
Esquecer é a melhor coisa a dizer. Esquecer o tempo que escorre. As horas nadam contra os segundos e o barco que te espera para levar além do horizonte, simplesmente não está. As flores não nascem para você. Uma tempestade nos invade e se derrama. Suspiramos, gritamos e a amplitude do silêncio nos invade com sons impossíveis. Desde que nascemos estamos em plena cavalgada, apressados para um novo mundo, passamos pesadelos e calmarias, amamos, choramos, sorrimos.
Avistamos novas terras, todos os dias. Ao nascer do sol não cansamos de rememorar a harmonia compreendida e logo, queremos descrevê-la. Sou o passado em pleno presente, buscando o caminho já iluminado. São tantos vazios livres a voar dentro de minha mente, esperando uma razão, encontrá-los e de fato nem sei se existem. Sem razão, nem querer; na solidão de um som; no vago de algumas palavras; no nada e no tudo, isto é o que nos mostram e não percebemos. Sem perdão, nem querer; no suplicar de um olhar; no simples cansaço de um ser; no desespero do esperar. Sem ânimo, nem querer; no início de uma estrela; no fim de uma estrada, somos a borboleta que a natureza coloriu as asas, voando e indo ao longe iluminar.
Mergulho meus pensamentos a fim, de que um dia, possa sentir o que não mais sinto: voando ao inesperado e inexistente; impossível e persistente. Reclamamos de nossas vidas, por uma dor ou outra, mas não sabemos, realmente o que é dor, ou ter motivos para reclamar da vida. Sentamos então, desiludidos, quando teríamos de estar em êxtase pela vida que ganhamos. No ser humano, é compreendido muito amor, porém, mais egoísmo e raiva. Às vezes olhamos a humanidade, por uma porta sem sentimentos, sem amor que lhe preste cuidados.
De fato: existe mundo? Ele me faz, ou eu o faço? Inveja, raiva, egoísmo e muitas coisas que não cabem em meu discurso e são as principais bases deste mundo mundano, não fazem meu mundo, mas por vezes parecem integrar o mundo que está fora deste. Há realidade aí? Não sei se há realidade aqui! O mundo e seus avessos, o mundo e suas razões, mentiras e insensibilidades. Seria melhor esquecê-lo para não enlouquecermos? Ou vivê-lo para não enlouquecermos? O mundo é formado de várias escolhas e você as faz desde quando começou a fazer parte deste lugar de loucos. Você é o início através dos olhos da humanidade e o fim, através dos seus olhos. Cada um tem um mundo e nós os fazemos.
"Vivemos num mundo em que quem perdeu o sentido da vida vive chamando de loucos quem escolheu viver sentindo a vida."