Loucos
Vou dizendo leve, (...) vou dizendo louco (...) e vou dizendo longo sem pausa — gosto muito de você gosto muito de você gosto muito de você.
...Sou louco para descobrir a chave com que posso abrir a porta do seu coração e nele colocar todo o amor que lhe tenho...
É uma loucura!
É louco ter que agradar as outras pessoas,
Se sentir mal por não se encaixar.
Esconder quem é, ou nem mesmo saber,
Pois se esconde na mentira que criou para estar no padrão.
E que padão é esse?
É loucura querer ser diferente?
Nosso amor foi louco como uma tatuagem;
um grafite em cores quentes escorrendo pelos muros da cidade.
Volto a repetir: ame-a como um louco, mas não como um tolo.
Que o meu desejo louco deixe um rastro de luxúria em tua memória, para que teu corpo jamais me esqueça.
LOUCURA
Como definir-te
Quem sabe?
Será que sou um
Se fosse tão lucido,
entenderia um louco
Mundo sem fronteira
livre como o ar
liberdade pura,
mas aprisionado pelo preconceito.
De soar tudo simples
de tocar tudo como a primeira vez
de ser doce como uma flor
e misteriosa como a noite.
Será que é loucura poder ser louco?
Dizem que sou louca
Por pensar assim
Se sou muito louca
Por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz!
E não é feliz!
Não é feliz...
" Quando Alice estava tomando chá com o Chapeleiro Louco, ela notou que não havia geléia. Pediu, então geléia, e ele disse:”A geléia é servida dia sim, dia não. ”Alice reclamou: ”Mas ontem também não havia geléia!” ‘Isso mesmo’ respondeu o Chapeleiro Louco. ’A regra é esta: geléia sempre ontem e geléia amanhã, nunca geléia hoje…porque hoje não é ontem nem amanhã.
E é assim que você está vivendo: geléia ontem, geléia amanhã, nunca geléia hoje. E é aí que está a geléia! Assim você imagina; você vive em um estado dopado, sonolento. Você esqueceu completamente que este momento é o único momento real. E, se quiser algum contato com a realidade, acorde aqui e agora! "
(Livro “O homem que amava as gaivotas – Osho)
O LOUCO
Se discutires com um louco, é extremamente provável que leves a pior; pois sob muitos aspectos a mente dele se move muito mais rápido por não se atrapalhar com coisas que costumam acompanhar o bom juízo. Ele não é embaraçado pelo senso de humor ou pela caridade, ou pelas tolas certezas da experiência. Ele é muito mais lógico por perder certos afectos da sanidade. De facto, a explicação comum para a insanidade nesse respeito é enganadora. O louco não é um homem que perdeu a razão. O louco é um homem que perdeu tudo excepto a razão.
A explicação oferecida por um louco é sempre exaustiva e muitas vezes, num sentido puramente racional, é satisfatória. Ou, para falar com mais rigor, a explicação insana, se não for conclusiva, é pelo menos incontestável. E o que se pode observar especialmente nos dois ou três tipos mais comuns de loucura. Se um homem disser, por exemplo, que os homens estão a conspirar contra ele, não podes discutir esse ponto, a não ser dizendo que todos os homens negam que são conspiradores; o que é exactamente o que os conspiradores fariam.
A explicação dele dá conta dos factos tanto quanto a tua. Ou se um homem disser que ele é, de direito, o rei da Inglaterra, não é uma resposta completa dizer que as autoridades existentes o chamam de louco; pois, se ele fosse o rei da Inglaterra, essa poderia ser a maneira mais sábia de agir para as autoridades existentes. Ou, se um homem disser que ele é Jesus Cristo, não é uma resposta dizer-lhe que o mundo nega a sua divindade; pois o mundo negou a de Cristo.
Apesar de tudo, ele está errado. Mas se tentarmos descrever o seu erro em termos exactos, não acharemos a tarefa tão fácil como havíamos imaginado. Talvez a maneira de nos aproximarmos ao máximo dessa descrição é dizer o seguinte: que a mente dele se move num círculo perfeito, porém reduzido. Um círculo pequeno é exactamente tão infinito quanto um círculo grande; mas, embora seja exatamente tão infinito, não é tão grande. Da mesma forma a explicação insana é exactamente tão completa como a do sensato, mas não tão abrangente. Uma bala é exactamente tão redonda como o mundo, mas não é o mundo.
Eu gosto de viver a liberdade!
Louco é quem não vive e fica a mercê do que os outros pensam.
Meu livre arbítrio ninguém me toma
e nem me sufoca por dentro.
Sou um louco, um anarquista que caminha pela estrada das regras apenas para aprender com elas e depois dar-lhes novo sentido. Sentido esse que muita gente não compartilha. Contudo, penso que são os loucos que dão sempre um novo sentido a vida.