Longe
Nada me distrai, até o momento em que você aparece. Nada pode ser mais trágico do que você longe de mim, sem exageros, essa é a verdade.
A Lua e O Beijo
Hoje admiro o brilhar da Lua ao longe...
Este poeta... Nem se atreve a se aproximar da Lua zangada...
Hoje procuro a minha paz...
A minha liberdade perdida...
A liberdade de poder voltar a ser o que eu era...
Deixa de lado a hipocrisia...
Hoje sinto saudades da minha verdade...
Aquela que deixei guardada dentro do meu coração...
Não estou conseguindo mais viver sem esta verdade...
Meu corpo padece por isso...
Não sei ser... O que não sou...
Tenho inúmeros defeitos... Como todo mortal sensato também os tem...
Construi a minha vida poética e pessoal em cima de minhas verdades...
Mesmo que para muitos... Elas sejam falhas...
Mas... São minhas e não aceito sugestão e palpites sobre elas...
Hoje sinto a falta de poder olhar o mundo sem barreiras e censuras medíocres...
Hoje sinto a falta de tua boca colada na minha...
Em um beijo demorado e saboroso...
Onde minhas mãos se enroscam em seus cabelos negros...
Onde meus olhos encaram os teus olhos negros com doçura...
Hoje sinto esta falta...
Da minha liberdade...
Do meu sorriso no rosto...
Da leveza dos meus versos soltos...
Da verdade da minha alma...
E do teu beijo gostoso...
No final de noite...
Para acalmar o meu coração...
E minha alma poética...
Longe de você nada fica bem,
nenhuma roupa dá certo, os livros
pedem o encanto quando as únicas
palavras que desejo ler são as tuas, em
meio de muitas pessoas o sentimento
é de solidão, o que me falta é você.
A televisão torna-se barulho de fundo
enquanto as lembranças me levam a
você, vou roendo meu esmalte, em
soluços vou colorindo aos poucos os
meus
dentes. Como se isso fosse me levar
até você ou trazê-lo até mim. Tudo em
vão, só me resta desejar que você
esteja por perto logo, porque eu não
aguento mais ficar assim.
Vento gelado, madrugada silenciosa, pensamento longe, desejo ardendo, saudade batendo, tristeza soando; quem nunca ?
“Ana” significa cheia de graça. E agora, olhando diretamente para ela de longe, não me parecia a mais nova das moças, mas certamente era uma das mais delicadas e graciosas. Uma princesa, diria Eduardo. O gentil homem que há anos atrás foi roubado o coração. E que aguardava a minha visita, com o mesmo partido, do lado de fora. Uns passos a mais e dava para olhar mais detalhadamente. A moça estava sem cor, coberta de tubos de variados tamanhos e com pequenos ferimentos no lábio inferior, o que de fato fez o meu coração apertar. Com as pernas bambas, custei-me para me aproximar, mas sem pensar duas vezes dei mais alguns passos tortos em direção a ela. Ao chegar à beira da cama, alisei-lhe o rosto e enfermeiras me fuzilaram com olhares furiosos. “As pessoas não entendem que aqui não se pode tocar nos pacientes…” escutei a de cabelo mais escuro dizer. Ao mesmo tempo em que olhei para trás, a mesma de cabelos escuros balançava a cabeça negativamente. Ignorei. Minha atenção era da moça, aquela doce moça deitada a minha frente. Não podiam me impedir de tocar-la, e então continuei a alisar-lhe o rosto e em seguida os cabelos, que frágeis se soltaram em pequenos tufos sobre a minha mão. Ela estava ali sozinha, tão debilitada, e precisando dos meus cuidados. Sussurrei, mas percebi que ela não podia me ouvir. Os remédios a deixavam fraca e ela não tinha forças para me olhar. Por um momento fechei meus olhos e pedi para que de alguma forma ela sentisse minha presença. Esperei. E esperei, e sem sucesso não houve nenhum movimento, nem mesmo um pequeno sinal que me fizesse acreditar. Por mais que a tocasse era inútil imaginar que poderia estar me sentindo. Às lágrimas escorriam pelo meu rosto e como tive vontade de pega-la no colo. Ninar, cantar… E cantei. Cantei no intuito de que pelo menos pudesse me ouvir. A música eu não poderei lhe confessar o nome, pois esse passou a ser o meu segredo e da doce moça deitada sobre minha proteção. Continuei a cantar por alguns breves e eternos segundos. Até minha voz falhar e meus soluços tomarem o seu lugar. Pus minha cabeça sobre a moça, e ali eu fiz meu pranto. E chorei, chorei, chorei.
Tentei me recuperar. Mas as lágrimas eu não podia conter. Percebi então que já não possuía controle algum sobre elas, nem sobre o meu coração, nem sobre a moça. Pudera minhas lágrimas fazer milagres, caírem sob sua face e a despertasse como nos contos de fadas. “Lágrimas de um amor verdadeiro” pensei. Mas a vida não era justa, sabíamos bem, e por mais que Ana em meu coração se igualasse a mais bela das princesas, também não era um conto de fadas. Olhei para o relógio e meus preciosos minutos tinham se passado, talvez os primeiros de muitos ainda, talvez os últimos, talvez lembrados para sempre, talvez esquecidos quando pela manhã ela voltasse para casa. Quem poderia saber ou me provar o contrário? Não havia explicação, apenas esperança. Sim, esperança era a minha palavra, e eu tinha a total esperança na minha doce moça. Preciso confessar lhe que jamais conheci alguém tão única como ela. Tão forte, tão minha. E naquele momento — naquele precioso momento —sem me sentir, sem talvez nem me ouvir lhe disse: “Eu sempre te amei e sempre irei amar” e com um beijo na testa me despedi da minha graciosa Ana.
Após nove dias naquele mesmo estado a moça partiu, levando consigo todo o meu coração. Ela se foi deixando uma dor profunda em cada um em que plantou o seu amor. Amor… Como era amada a minha moça, era a mais encantadora que o mundo já teve o prazer de conhecer. E apesar da saudade que deixou com a sua partida, deixou também o que de mais valioso trazia em seu coração: Sua graça e doçura.
(...)
— E esta foi à última vez que eu vi a moça — minha doce, doce vovó — ainda com vida.
Nunca terei força suficiente para viver longe de ti,por isso te digo que nunca vou te deixar,tenho certeza disso.
Nem sempre se torna fácil acreditar que podemos ir mais longe, ver mais, ser mais, encontrar o melhor e viver intensamente.
Eu não ando em busca de um mundo perfeito, ou de um amor perfeito (ou de qualquer amor, para dizer a verdade) e nem mesmo daquele mundo de sonhos que, quem me conhece, sabe qual é.
Na verdade eu sentei-me a ver a vida passar e agora que quero viver não encontro nada de "meu".
Não sei se as palavras são o melhor ou se devia parar de as escrever, não sei se o melhor é acreditar em sonhos ou viver a realidade. Nem sequer sei porquê que a realidade não pode ser sonhada...
Agora que eu sou um nada, pergunto-me o que antes fui! Não sei quem era, não sei quem sou, não sei quem quero ser. A minha única certeza é que quero partir para bem longe e não voltar mais. Quero ser um pássaro, ter asas e voar até ao azul do céu e não ter nada a prender-me.
Talvez seja errado pensar assim, mas é isso que sou, se for o que um dia fui!!
Ausência necessária
Você poderia ter me abraçado e me revelado o rumo
Mas você ficou de longe presenciando o meu pesar
Então eu avancei sozinha com lágrimas nos olhos
E as pedras que eu tive que retirar
do caminho pareciam imensas
E eu presenciei o seu sorriso de longe,
como quem dizendo:
Vá em frente e alcance o que é seu!
E mais uma vez eu fiquei em prantos
E mais uma vez eu senti a sua falta
E mais uma vez eu tive que vencer o meu medo
No meu trajeto eu despenquei num buraco profundo
E eu gritei e você não apareceu
Eu me segurei em galhos, em pedras e sai sozinha
E num pranto desmedido,
eu senti um imenso dilúvio na minha alma
Então veio um vendaval devastador,
eu procurei por proteção
Eu queria me amparar em você,
mas você estava distante
Eu encontrei portas fechadas
Pessoas frias, ambientes tristes
Dia sem sol e noite sem luar!
Eu senti a solidão, eu senti a fome e eu senti o frio!
Eu gritei, eu roguei e na minha ignorância eu até te insultei!
E eu me bastei, eu me superei, eu venci !
Eu experimentei a sede do deserto
Eu me transformei num vulcão capaz de entrar em erupção
E foi na sua ausência que eu reconheci a minha coragem!
E aquela que havia chorado tanto, não chorava mais
E aquela que se achava abandonada
Não se achava mais
Você sempre esteve presente
Você me mostrou que as lágrimas
regam os caminhos áridos
E as flores nascem, e o espírito se fortalece,
foi assim que você me fez vencer!
Correr atrás dos sonhos é preciso.
Quem corre por gosto não cansa , devagar se vai longe e muitas vezes é preciso diminuir a marcha para alcançar o topo.
Queria te fazer entender o quanto dói você estar tão longe de mim, só para te ver vir cuidar dessa dor, pois só a sua presença é o meu remédio!
Te ver de longe é tão estranho, agora sim, tenho certeza que as coisas não mudaram só por fora como por dentro também.
Sinto tanta falta daquelas conversar, de ver o sábado torna-se domingo ao seu lado.
Sinto falta do seu abraço que me cobria e tornava-se meu refúgio, sinto falta de você salvar meus dias.
Sinto até falta das vezes que sempre chovia ao te ver. Talvez porque aquele momento era raro de acontecer.
Sinto falta do que você sempre foi pra mim, e ainda é.
Lembro-me de você sair correndo de casa e tentar chegar a tempo de montar meu coração que estava em milhares de pedaços.
Eu lembro de cada detalhe, de cada sentimento que entreguei a você e que guarde pra você.
Você é meu tesouro.
Por isso sempre me lembro de você, meu querido.
"No amor, o que a realidade não destrói a água se encarrega de levar pra bem longe de nós."
-Aline Lopes
"Pra você que sempre me olhou de longe: chegue mais perto, invada meu mundo! Arrisque, invista! Mas sem me machucar, sem deixar feridas, marcas ou lesões profundas... Acaricie com o olhar... Agora, de perto!"
-Aline Lopes