Longe
Ainda ouço longe o toque do amor. Os acordes harmoniosos da sua presença se contradizem com a estupidez da sua ausência. Toda ausência é burra, quando as atitudes não combinam com a vontade. Mas a gente continua buscando o tempo, falando com a solidão, maltratando o coração. E o violão quebra a corda, o piano desafina, a sinfonia perde o ritmo e o maestro se despede; fecham-se as cortinas. O som se cala e o amor chora. Nada mais ouço além do som da partida. Nada mais vejo além de palco vazio, de uma vida sem música.
O luar bem longe
Ilumina a minha face tristonha
E o mar beijando
Carinhosamente a areia
Insiste em me magoar
Janaína... Janaína...
Venha comigo se encontrar
Para o mar levar.
As pessoas ficam horrorizadas com o que está longe para que não precisem verdadeiramente se preocupar com os absurdos que acontecem embaixo do próprio nariz.
É uma forma covarde de hipocrisia.
Sentimos saudades do que foi bom, de quem nos obrigou a ser melhor, incentivou a ir mais longe...De quem, só a mera lembrança, faz o coração saltar no peito...E mesmo distante por longo tempo, faz brotar sorrisos, inocentemente incoerente e insensato, mas, repleto de tanta delicadeza e carinho, que ilumina até a alma dele, pessoa mais que especial...Foi bom, fez bem, se não houvessem memórias, seria tudo um grande vazio e esquecimento.
Precisamos fazer tudo errado, para afastar, para manter longe, quem amamos. Há momentos que é necessário virar o coração do avesso, e deixar ir, e sentir todas as saudades desse mundo. E quando amamos optamos em ser verdadeiros e justos, não usar de artifícios para enredar, seduzir, basta criar lembranças, momentos tão bons que basta acessar para dar um pouco de luz ao dia. Ama-se...não se prende, não se violenta, não impõe o ficar, deixa-se a porta aberta, quando chegar pode entrar, mas chegue inteiro, disposto a ficar, por liberdade de querer ser amado e permita-se me amar.
E de longe avisto meus medos e inseguranças, bem ali, fácil de ser "reencontrado" esperando uma falha pra surgir no "antes" de mim, aguardando aquele pequeno deslize para entrar e fazer morada , até que um dia despertei e finalmente decidi: não quero fazer-me de pousada para o meu passado, os erros, as angústias, as culpas, tem que permanecer onde estão, ou fazer morada em outro lugar. E lhe questiono: o que você tem permitido na sua pousada?
__Elisabeth Kim ♥
Não vá a igreja, Vá a floresta.
Você não vai encontrar a sua essência longe da natureza.
Nós somos parte indivisível da natureza.
É por isso que o ser humano sofre e se sente vazio desde que foi separado do universo.
A meninice ficou longe,
mas não esquecida!
A rosa, as nuvens, o canto;
os campos, o riacho, as amoras.
Os sons, os aromas, os perfumes, o pranto...
Tudo o que vi e vivi, naquele tempo,
habita a memória
e ainda preserva em mim
o doce sabor das manhãs de sol
da minha aurora.
Canção de amor.
Separados pela distância
Unidos pelo amor
Um pássaro voando longe em contato com sua conciência, voa em direção ao vento pousa em uma árvore, espera o vento mudar e a tempestade passar e acontece o milagre com o pássaro, que flutuando pela existência escuta uma canção ritmada pela cadência dos batimentos do coração
Separados pela distância unidos pelo amor
Ausente do olhar mas presente no amar.
A melhor coisa e quando temos as referências dentro de casa. Estamos bem longe de ser perfeitos e paciente um com o outro, mas somos maravilhosos quando estamos juntos.
Não busque a felicidade ao longe
Acredite! Ela está tão perto;
Dentro de você!
É que infelizmente os infelizes,
Não conseguem ver.
Aprenda a crescer quando for diminuído, a ter força quando disserem que és fraco, a ir longe quando falarem que não vais a lugar algum. A vida não gira em torno dos outros, mas em volta de nossas atitudes. Seguir em frente ou não é decisão sua.
Será que o brilho de uma estrela que vemos agora, mas que esta a 100.000 anos luz longe daqui, é o mesmo brilho que ela expele agora ou seria o brilho que ela expeliu a 1000.000 anos luz atrás?
O poema que ainda não fiz é perto, é longe, é dentro, é fora. É aquilo de oiro do sol, aquilo de sonâmbulo luar. É pertencimento de regaço a conflitar suas águias de alados. O poema que ainda não fiz esbarra em sombras para rasgar fulgências. É ilha e deserto a dizer desse jeito assim visceral e fatal sobre aprender e sentir VIVER.
Na pretensão de fazer-se verbo, o poema que ainda não fiz, convulsiona verdades doutros para fazê -las, por fim e por começo, minhas. Quiçá, possa eu tê-las, quiçá assim possa eu, sê- las. O poema que ainda não fiz, desarruma certezas, desajeita quietudes, desassossega silêncios, realinha olhares. Maldição consentida que conversa comigo num diálogo estranho, descalço, portanto, íntimo. Desses estranhos que salgueiam, que braseiam, ternuram, adoçam os tudos e os nada em nós. O único acontecer capaz de fazer conhecida, fazer liberta uma mesma alma para muitas vidas. O poema que ainda não fiz, é tecitura das vontades e dos quereres pagãos. É confluir sagrado e profano no inalienável e incorruptível dever SER. Vê como monge em clausura o já tido, sente como entranha cigana o ainda não sido. A licença é para partir. Partir sob ânsia selvagem, alheia ao morno, alheia ao raso, alheia ao atalho, alheia à metades. O poema que ainda não fiz rabisca versões outras de mim, a mãos leves ou carrascas que sejam, sem interrogar porquês, sem censurar soturnos, sem pretender conclusões, sem avultar finitudes. O poema que ainda não fiz, arrasta madrugadas para amanhecer encontros a baloiçar inícios. E quão híbrido de sentires é esse encontro. O poema que ainda não fiz, gargalha gostoso pedaços sonetos da vida. Descansa no papel todos os êxtases de sentir. O poema que ainda não fiz, confia ao mar um girassol de tarde outonal forjado entre sede e fonte como lenda e feitiço de amar a pretender fazer daquele mar, habitar querente de seus tão íntimos e imortais badulaques de amor. No poema que ainda não fiz, existo e subsisto num alto e largo apelo por SER. Tudo o que fascina e por algum descuido acumina, habita teus verbos. Por crença, por rendição por confessa paixão, dou- te em poesia telúrica, vida. Vida já desde o útero, prometida ao divino e inexorável impudor do INTENSO.