Longa Amizade
Nessa longa noite do esquecimento dickeana, esse sol que me alumia é fora de hora, e é lento e é morno, mas, de qualquer modo, bem que esquenta, se eu quero." (O último verão em Paris, crônicas, 2000)
Volto de uma longa viagem pelas ondas da memória, pelas vagas do tempo. Uma longa viagem, através da qual conheci um pouco mais de mim e dos que me rodeiam. Vi ruínas, aprendi rastros, pontos e estrelas. Jamais viajei sozinha: sempre encontrei heróis e heroínas, aparentemente mumificados, protegidos por ventos de areia. Meu livro é meu souvenir e quero que Corina seja a primeira a lê-lo." (Corina, 2007)
Pessoas chegam em nossas vidas para ficar, outras estão apenas de passagem... A vida é uma longa viagem e como passageiros encontramos pessoas que ficarão pela estrada, outras embarcarão, mas você embarcou no caminho e sentou do meu lado, para me fazer companhia nesta viagem. Não quero que você seja um passageiro que descerá na próxima estação, mas que vai comigo até a última estação. Os propósitos da vida não foram feitas para serem entendidas, apenas vividas. A amizade não existe para ser pronunciada, mas autenticada.
A estrada é muito longa, os espinhos ferem profundamente, mas a esperança te dá um poder místico, a esperança te permite ouvir a verdadeira música, o canto da fênix, esse enche teu espírito com o poder das chamas de um tempo onde o homem não andava nessa terra, de um tempo onde as criaturas da terra eram todas livres da cobiça.
A vida é curta a experiência é longa,
A experiência ensina a oportunidade é fugaz
E o julgamento dificíl.
Nos horizontes da vida, e na minha longa jornada, eu nunca irei esquecer onde é meu verdadeiro por do sol
A noite pode ser longa, mas a manhã vêm, e finalmente as dores chegam ao fim...Essa é a lei da vida!
O caminho mais curto para ter o seu valor reconhecido pelo outro, não existe! Existe sim uma longa estrada pela frente!
''Há uma longa estrada onde se tem um começo, meio e fim...
Demasiadamente onde há recaídas, correrias, pedras, obstáculos,
curvas complexas, buracos constantes, anjos e demônios.
Em longas jornadas de idas e vindas, num consentimento
de livre arbítrio: Insanos, cautela e frustrações de desvios.
Prudência e inteligência são para poucos. Cria-se todo um ciclo de doutrina.
Rotina numa espécie de sociedade supersticiosa e fanática,
onde se escondem no subconsciente que gorjeia à vaidade e à insegurança.
A educação quer exorcizar, mas são tantos demônios e a política elaborar.
Vivo numa estrada longa, porém estreita. Num fundamento blindado e acima da cabeça.''
Caminho não sei pra onde e nem porquê.
A estrada é longa. Sombria e misteriosa, ela se faz parecer diante de meus olhos.
Sombria, de fato ela é.
Horror e desgraças nas duas margens. Realidade e fantasias me assombram.
Misteriosa é ainda mais.
Não sei quem Sou, não sei quem Ele é, não sabemos o que Somos.
Mas a utopia está lá: no final, no horizonte. Mais um mistério que me ilude. A vida não é em vão.
E assim, sigo caminhando nessa estrada sombria e sempre misteriosa.
III {a noite...} [íntegra]
A lua nova fez-me a noite ficar mais longa. Eu encabulado por querer e não ser, por buscar e não achar, desenhei um castelo onde imperava aquela rainha que me faria por toda a vida conhecer a sua paz. Num delicado copo depositei o que eram esperanças, para encontrar no prato não só o deleite do meu apetite, mas a alegria de ficar à mesa, de comungar do que não é simplesmente carnal, humano e limitado, mas totalmente transcendente e vivente, imortal e incontável. Ela como que aos poucos foi se mostrando, enquanto eu ainda acordava meus sonhos por coisas imensas. Sim quão belo foi encontrá-la, assim sorrateiramente, à porta de minha tenda, vê-la estender sobre mim seus braços abertos, e eu querendo a imitar para sermos só um outra vez.
Nas sombras do passado apareciam grandes feras que intentavam contra nossa união, ela ria de mim como que caçoando, porque eu tolo como sempre me arrazoava com aquilo que já não existia a não ser na memória e no tempo sem regresso. Assim ficamos, e ela brincava comigo e me dizia insistentemente que olhasse para ela com paixão de agora, enquanto eu preso com insatisfação do ontem me acusava toda hora de não ser digno dela, de nunca poder conhecê-la.
E nós nos conhecemos, quem diria que não? Quem negaria que ela veio quando tudo se passou contrário ao que lhe traria? Ela veio e me ajudou a amar meu passado sem que me desfizesse dele, ela me encantou tão gravemente que fiquei doente crônico por suas graças. Ela me fez caminhar, não só pelas sombras, mas por tudo o que dava medo até no sol do meio dia. Quão agradável se mostrou me fazendo irromper para além das minhas mazelas, me levando para os campos de trigo maduros que se apoiam na força do vento para bailar sem receios. Me conduziu por estradas de chão, por caminhos tão sinuosos que me fazem ver outras belezas no caminho, que se vão para trás um passo a cada passo que dou para frente. Me fez aperceber que ater-se ao passado é parar durante o percurso para olhar o que se tem deixado sem continuar andando, ao passo que o horizonte me convida a novas razões para ir.
Eu não quero deixa-la jamais, mesmo que me cortem todos os membros, não quero perdê-la, pois sei o que me custou, e não só por isso, porque mesmo que nada custasse somente a queria sem porquês.
O necessário para EU falar de você seria só uma pessoa paciente o suficiente pra escultar uma longa historia de amor. Mais é mais fácil falar sobre ti estando bêbado , por que meus pensamentos e meus desejos vão alem de mim.
Uma das melhores sensação além do beijo, é depois de uma longa caminhada na praia, e tomar um balde de sorvete de milho verde e napolitano.
Aqui estou. Mais uma madrugada longa, que eu não consigo pregar os olhos e dormir. A ponta do meu lápis já está pequena, e minha borracha já não apaga mais. As páginas do meu diário se esgotaram, e a bateria do meu mp4 já acabou, de tanto ouvir a música que me lembra você.