Lobo
CORAÇÃO
Trago o coração dormente
Das saudades que tenho de ti
Eu sei que ainda há uma réstia
De ti no verão passado ✈
❥♡ Sei que tu ainda choras
E ainda gritas, ainda me amas
Afinal ainda és primavera
Onde eu descansei todos
Os apertos do meu dia em ti
Entregando-me às tuas carícias
Olho-te com os olhos da alma
Vejo o que mais ninguém vê.
✈ ❥♡ •*¨*•✈ ❥♡
DE QUE ME SERVE
De que me serve a revolta
De que me serve os silêncios
De que me serve as palavras
De que me serve os dias ✈
De que me serve as memórias
De que me serve a cruz que carrego
De que me serve as estradas
De que me serve as armas
De que me serve as ondas do mar
De que me serve os poemas
De que me serve as noites ✈
De que me serve as dores dos outros
De que me serve a humanidade duvidosa
De que me serve os pensamentos profundos
De que me serve as lágrimas perdidas
De que serve as orlas incessantes do vento
De que me serve abafar a dor que sinto.
✈ ♡ •*¨*•✈ ♡
LETRA
São as palavras ✈ •*
Serão sempre as palavras
Mas apenas as palavras
Um turbilhão de tantos
Sentimentos em simultâneo
Areia, mar, solidão, noite, dia
Mas nunca o teu corpo •*¨*•✈
Na explosão dos nossos corpos
De tantos beijos dados em silêncio
E o não saber dizer-te porque és agora letra.
♡ ✈ •*¨*•✈ ♡ ✈ ♡ •*¨*•✈ ♡
DESPEDIDA
Em cada despedida há um adeus
Na incerteza de um novo encontro
Da ansiedade que suspende-se na alma
Morremos, rezamos, rogamos, suplicamos
Amamos a esperança que é eterna
Imploramos ao tempo que a saudade
Nos cure deste maldito tormento
Imploro-lhe a paz que as ausências
Sequestram os nossos desencontros
Que da vida afasta-nos por mera abstração
Da mente doente que envolve as emoções
Talvez com o vinho entre as ruínas
Que habitam estas quatro paredes
Embalsamemos com as pinceladas de cores
Num duelo na sombra explorando a noite
Em cada despedida em cada adeus.
❤╰⊱♥⊱╮❤
SONHO ACORDADO
Quero morrer num
Sonho acordado
Esquecer o sangue
A cedência do toque
Do rumor da carne
E das vozes
Diluir-me no ar
Em múltiplas estrelas
Do céu dessa noite
Deixar de ser
O que nunca ❤╰⊱♥⊱╮❤
Seria novamente
De sentir o crepúsculo
Alongado das sombras
Que são iguais
A tantos rostos
A tantas vozes ❤╰⊱♥⊱╮❤
Por isso não digas a ninguém
Que partir numa longa
Viagem sem regresso
Não chores
Partilha só mais esta noite
Comigo neste sonho acordado.
❤╰⊱♥⊱╮❤
NÃO SEI OU SEI
╰⊱♥⊱╮
Estou despida das palavras
Não sei amar pela metade
Não sei viver de mentira
Por entre os olhares risonhos
Que vou descobrindo na alma
As letras escritas em palavras
De uma poesia feita em sonhos
Partilhada pelos abraços dos amantes
Apaixonados entre a forca dos atalhos
Somos livres de escolha, dos ecos
De um belo poema refeito de retalhos
Deixado nas portas entreabertas
Das angústias dos pobres solitários
Que gritam nos sonhos esquecidos
Escrever é a maneira de preencher
O meu vazio, não sou poeta, sou a solidão
Canto diário de amor numa sinfonia de dor
Dos versos de quentes beijos de glória e louvor.
╰⊱♥⊱╮╰⊱♥⊱╮╰⊱♥⊱╮╰⊱♥⊱╮╰⊱♥⊱╮
PINGOS DE CHUVA
❤╰⊱♥⊱╮❤
Procura-me na pacatez do pensamento
Procura-me no silêncio do parque
Procura-me na poesia mais simples
Procura-me quando mais te convir
Procura-me no aroma das flores
Procura-me no canto das baleias
Procura-me na liberdade dos golfinhos
Procura-me na chuva de verão
Procura-me nos pingos que molham a terra
Procura-me na verdura do jardim
Procura-me no olfato que piso
Procura-me nas árvores entre as folhas
Procura-me no fundo do pomar
Procura-me no deserto da minha alma
Procura-me na noturna sombra de mim
Procura-me na noite entre as estrelas
Procura-me nas ondas do meu amado mar
Procura-me na nudez da minha alma
Procura-me na pedra do sono
Procura-me no canto da cotovia
Procura-me nas margens do rio Sabor
Procura-me no rosário de um belo cristal
❤╰⊱♥⊱╮❤
PERDOA-ME
╰❁╮
Perdoa-me se te amei e amo com loucura
Perdoa-me se quis ver o brilho do teu olhar
Perdoa-me se amei e amo o teu belo sorriso
Perdoa-me se por ti me encantei ♡
Perdoa-me se deixei que entrasses no meu coração
Perdoa-me se se te deixei entrar no meu mundo
Perdoa-me se te amei por todos os segundos
Perdoa-me se permiti que fosse meu amigo ♡
Perdoa-me se permiti que fosses meu amante
Perdoa-me se permiti que fosses o meu anjo ╰❁╮
Perdoa-me se te expus mais do que querias
Perdoa-me se me declarei mais do que deveria
Perdoa-me se me dei intensamente ♡
Perdoa-me se amei o teu corpo com paixão
Perdoa-me se me entreguei nos teus braços
Perdoa-me se me perdi loucamente por ti ♡
Perdoa-me se me apaixonei por ti perdidamente
Perdoa-me se em todos os momentos fui eu
Perdoa-me se te amei mais do que devia ♡
Perdoa-me se permiti que fosses o meu amor.
(Resposta do amado) ╰❁╮
E TU perdoa-me POR SER LOUCO E AMAR-TE TANTO...!
╰❁╮╰❁╮╰❁╮ ♡ ╰❁╮╰❁╮
MAR TÃO NOSSO
Amo o teu corpo como um oceano infinito
Com os meus linfáticos sentimentos agitados
Pelas ondas deste mar que eu tanto amo
Tu és o meu lobo que tocas no meu coração
E em cada movimento, roubas-me a respiração
Pois a única esperança desta a vida é o teu beijo
O mar são os teus braços que resgatam o meu
Suspiro, talvez o último com o balanço das fortes
Ondas da nossa tempestade, juntos os nossos corpos
Flutuam na paixão do furacão que nos encontramos
Tu fazes parte do meu mar, da minha praia, de mim
Das minhas ondas que vagam entre os cardos que são
Lançados contra as rochedos, são as conchas
Dos nossos murmúrios, gemidos deste amado mar tão nosso
Cada vez que eu perco-me - Tu encontras-me
Cada vez que te perdes - Eu encontro-te
E quando nos encontramos - Nós nos perdemos.
❤╰⊱♥⊱╮❤
FAMINTA LEITURA
Ouve-me entre as sílabas
Escuta-me nos pontos
Só mais esta noite
Tu sabes que as letras
São fragas altas na serra
De palavras que se juntam
Nos meus lábios que nunca
Te pronunciei entre as páginas
Lidas dos meus sentimentos
E aos teus ouvidos sussurradas
Esta noite no verbo amo-te
Ou no desejo-te carnal
Deste silencioso eco de possuir-te
Nas silabas, nos pontos entre as páginas
Do teu corpo tantas vezes desejado.
Amo-te escrevendo em letras
De desenhadas palavras
Com belos sentimentos
Que a boca não traduz
De um desejo faminto
Nesta fome em que só
Os nossos corpos se saciam.
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.`•.¸.•´
(¯`⋎´¯)
.`•.¸AMOR
Ama-me
Faz-me ser tua
Beija-me
Pousa a tua boca na minha
Olha-me
Nos olhos com ternura
Deseja-me
Apertando o teu corpo contra o meu
Sente-me
No som do meu silêncio
Toca-me
Faz-me viajar à lua
Ama-me, beija-me, olha-me
Lê o que escreve o meu corpo
Deseja-me, sente-me, toca-me
Com a ponta da tua língua.
•´
¸.•´¸.•´¨)
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FALSOS ou HIPÓCRITAS
Há hipócritas de restos mortais
Que poluem a mente assolada
Dos que morreram na integridade
Punhais que voam, víboras aladas
Palavras incendiadas, línguas de fogo
Disfarce hipócrita, intenções escondidas
Espanto dos fracos, sangram de fúria
Fome de amor, de paz, vómito desonesto
Resto de num ato fulcral, de ações ébrias
Maldita máscara de anjo, encarcerado devil
Que esconde negras faces, disfarce hipócrita
Noite escura de tanto lamento, longo de insanos
Repletos de intriguistas, maldosos, falsos
De maledicência, de jogo duplo, sem verdade
Quanto a mim prossigo sobrevivo nesta guerra
De hipócritas, de falsos moralistas com decepção.
(¯`:´¯)░░(.•´/|\`•.) ░(¯ `•.\|/.•´¯)░░(.:.).
QUERO DAR-TE
Sou mulher, mãe ou companheira
Quero dar-te o meu amor
Dar-te uma semente de mostarda
Dar-te um pequeno bago de arroz
Dar-te um beijo longo e molhado
Dar-te a sombra do meu nome
Dar-te a pele do meu corpo
Dar-te o ouro do meu coração
Dar-te o mel da minha boca
Dar-te o peso da minha alma em ti
Dar-te apenas todo o meu amor
Sou mulher, tua esposa, tua amante
Tua amiga ou conselheira.
❤*•.¸.•*♡*•.¸.•*❤
TALVEZ
Hoje, estranhamente
Não sei o que escrever
Talvez escreva algo
De dor, talvez de amor
Ou de nada em concreto
Talvez algo já conhecido
Como os versos em cor
Das muitas letras sem dor
Nas palavras de amor
De um sono já acordado
Que repousa num poema
Num verso, numa prosa
Numa saudade ou não.
MATARAM A COTOVIA
Já mataram a cotovia
Porquê? Pergunto eu
Queria ter voado com ela
Livremente pelo céu azul
Sobre o meu amado mar
Sobre as altas montanhas
Poisar nas fragas geladas
Das nossas serras, dos montes
Que saudades me deixaste?
Ó minha querida cotovia
Em que solidão me deixas-te
Fiquei com os dias tristes
Como as fragas frias das serras
Nevoeiro da imagem que eclode
Na mente, quando de noite cobre o sol
Num véu espesso, que cobre a dor
Ela torna-se cada vez mais intensa?
Persigo os sulcos da saudade
Ó minha doce pequena cotovia.
TU ÉS MEU
Tu és o homem que eu quero
Não temos não existe segredos
Acredita nunca me senti assim
Dás-me alegria, amor e paixão
Entre o céu, a lua, as estrelas
Gosto sentir o teu forte corpo
Nos carinhosos abraços que tu
Me dás, sinto todo o teu amor
Amo beijar-te deixando-te louco
Gosto de saborear-te lentamente
De loucuras que assolam a mente
Nos teus gemidos de tanto prazer
E por segundos sinto-te a escorregar
Pelo meu corpo de ternas sensações
Posso saborear-te a qualquer hora
Sem hora marcada de dia, de noite
Tu és só meu, eu sei tenho a certeza
Dás-me amor quando me sinto só
O meu ser procura-te delirantemente
Nas frias noites de inverno, nos dias
Quentes de verão, tardes de primavera
Não vivo sem ti, tu és o meu homem.
Amor
O meu ser procura-te delirantemente
Nas frias noites de inverno, nos dias
Quentes de verão, nas tardes de primavera
Sem ti não vivo, mas isso tu já sabes.
Meu lado leste vazio e transbordando,
Guardarei o tempo que gastaria tentando te explicar o que estou sentindo,
Eu não posso ser apenas um grupo de palavras,
Me sinto tão complexa,
Cheias de experiências,
Sou um lobo fugindo da matilha.
CALÇADA
Aqui estou, aqui me vejo
Num túnel mal iluminado
Esquecida ou encontrada
No meio de tudo, de nada
O corpo flutua e já dorme
Numa vida tão mal contada
Balançando no inexpressivo
Num velho, perdido combate
Sou a bússola na imensidão
Do meu próprio pensamento
Onde os ponteiros do relógio
Não encontram já o caminho
Ao longe o olhar não avista
Num passado num presente
Onde a mente pisa os seixos
Calça já as pedras da calçada.
SOMBRA
Perdida esquecida, sem oxigénio
Num ergástulo escuro, sem dor
Pequena letra, palavra escondida
Insensata atmosfera, talvez hipócrita
De verdades que são muitas vezes
Falsas promessas, ânsia de liberdade
Coabita na contemplação da morte
Apenas pede a Deus a misericórdia
Que a sua alma anseia há tanto tempo
Um premio que ele acha que merece
Cobre o seu frágil corpo, com um velho
Manto preto já roto, ergástulo eterno.