Lobo
Exagerado ou Comedido, Verdadeiro ou Falso? Prefiro Borboletas
Parafraseando Mariana Lobo, em Prefira Borboletas, “Eu sou uma menino. Eu exagero. Eu brigo. Eu subestimo. Eu penso sobre tudo. Eu sonho alto. E quando eu digo que (...) amo, eu não estou mentindo.”
Enquanto todo mundo prefere o equilíbrio, eu prefiro encarecer, ampliar, ultrapassar o socialmente necessário.
Nunca fui como todo mundo. Nem melhor, nem pior, apenas diferente.
Prudente, moderado, sóbrio, discreto, controlado, contido, ponderado, reservado; nenhuma dessas palavras combina com meu Eu. Admiro quem seja assim, mas lamento quem esteja assim.
Pode parecer um paradoxo, que se desfaz quando se aprende a diferença entre o ser e o estar, entende que suas palavras, suas ações podem indicar um estado transitório, passageiro, apenas depende dele a escolha, a busca pelo melhor caminho a seguir.
Ser remete a um estado intrínseco do indivíduo. Estar, ao padecimento de alteração, onde as convenções sociais alteram sua psique, sua individualidade e suas relações sociais.
O Colorido pode ser um exagero para quem aceita um mundo preto e branco; a adrenalina, para quem prefere a calmaria; o sonho, para quem tem sempre o pé no chão.
Prefiro ser como Dumont, quando sonhou com o avião. Como Thomas Edison, que não se conformou com a escuridão. Como Shakespeare, que não se conformou em conter a paixão.
O equilíbrio é essencial, mas não me satisfaz.
Prefiro ser essa metamorfose ambulante, a ser uma alma contida pelos preceitos sociais.
Posso me arrepender no segundo seguinte de berrar. Mas não carrego comigo o peso de me calar, de me conter, pelo que vão dizer.
Se eu nunca mais vou respirar, se eu posso até morrer de fome, ser tudo ou nunca mais, isso só eu posso sentir e dizer.
Choro Rios de lágrimas, Ligo Um milhão de vezes, Morro de Rir, Espero a Séculos.
Sim, um “hiperbolado”. Antes um exagerado verdadeiro do que um comedido frustrado.
Eu prefiro borboletas!
Por Dentro Dessa Pele De Lobo Existe Um Cordeiro
Cabelos rebeldes
Aparência surja,
Bagunçadas vestes.
Atitudes roqueiras
Brava figura ,
Quem olha o juga.
Não demonstra ser pacato
Aos olhares alheios,
Felino ,gato.
Não se preocupa nenhum pouco
O que pensam dele,
Que chamem de louco.
Não anda na moda
Faz o que der na telha,
Não importa o que tem por fora.
Por dentro um poço de bondade
Um anjo,
Valoriza uma amizade.
Alguns robes ele tem
Compor ,escrever,
Um dom ,Ele é do bem!
Não é meigo!
É sincero e verdadeiro
Fala mesmo,
AMIGO do peito!
Uiva o lobo à noite no silêncio talvez em suplício
Entrega ao vento todas as lágrimas já choradas.
- Adormecidas à tua espera.
O lobo se disfarça muito bem, dando a si mesmo muitos títulos de efeito; arrasta muitas ovelhas após si. Quando ele, o lobo, é atacado as ovelhas acreditam que estão sendo perseguidas, Não percebendo o risco que estão correndo...
Dentro de cada um, há dois mundos, o do bem e do mal, em cada um lobo, ambos brigam entre si a todo instante, o espelho da alma é o único que pode acalmar qualquer um que seja, o bom ou o ruim, porém é preciso que seja puramente verdadeiro consigo mesmo, do contrario poderá você, perder o lobo do bem e ser consumido pelo lobo do mal, a escolha é sua e de mais ninguém.
Flor da lobeira, fruta-de-lobo ou guarambá,
São majestosas e cercadas de mistérios,
Onde o fruto da lobeira está tem lobo-guará
Ao tenta matar o lobo o fruto o matará;
A Flor esconde o milagre do fruto da lobeira,
Que representa a metade da dieta do lobo
Que alcunha para aquele que não faz mal!
Impressão equivocada seguida de asneira;
Assim é a Flor da lobeira e o lobo-guará
Imponentes na sua inofensiva solidão
Distante do homem preferem ficar,
Sem perder a elegância que paira no ar.
Querer ser o que não se é, é uma das facetas do lobo que se faz de ovelha. E esse tipo de gente me causa pena.
"A lei pode acorrentar o lobo, mas é o Evangelho que muda a natureza selvagem; um cessa a corrente, o outro sara a fonte."
Portanto, com a mesma certeza pela qual a pedra cai para a terra, o lobo faminto enterra suas presas na carne de sua vítima, alheio ao fato de que ele próprio é tanto o destruidor como o destruído.
Teoria das pessoas complexas
Haddock Lobo, 1164, apartamento 53, ano de 2015, quinta-feira, 10h30 da noite. Luz fraquinha do abajur iluminando a sala grande e "desmobiliada". Perto da janela, a congregação das teorias de mesa de bar confabulando sobre a vida de forma geral e sobre os relacionamentos.
M. diz que gosta de seu emprego em SP, que ama a cidade e suas possibilidades. Mas diz que também gostaria de viver em outro lugar, de outra forma, fazer outras coisas. Não sabe o que quer, mas acha que sabe o que não quer. Acredita que o amor existe, mas não tem nada a ver com essa coisa de novela ou de cinema. E fica triste quando nota que a maior parte dos casais que a rodeiam são infelizes e só estão juntos por comodidade.
A. está em crise, pois mudou de profissão. Por que mudou? Também não sabe, só sabe que sentia que não era aquilo que deveria fazer para o resto da vida. A. acredita que ninguém nasceu para ser uma coisa só. Acha triste que tenhamos de nos resumir dessa maneira ao escolhermos uma profissão. A. pensa que as relações amorosas foram feitas para dar errado, mas que, como existe a teoria do caos, também existe as relações duradouras e felizes. Fica triste quando nota nos bares e restaurantes casais sentados sem conversar.
D. ouve apenas. Profissionalmente e em relação a cidade sente-se bem. O que a pega um pouco nos últimos tempos é o fim de sua relação com F. Ela rompeu. Estavam morando juntos, mas ela não estava segura se era aquele o tipo de relação que queria, se ele era o homem para ela. Tinha medo que passasse a vida a conformar-se e não a apaixonar-se. Pensa na música de Chico: Lilly Brown. "Nunca mais romance, nunca, nunca mais feliz". Casar seria matar a paixão?
M., D., A. Pessoas complexas. Enquanto falavam de suas crises, teorias, possibilidades foram percebendo com felicidade e espanto o quanto eram parecidas em suas frustrações e em suas expectativas. Em seus sonhos e em seus medos. Em seus anseios e inseguranças.
As pessoas complexas raramente sabem o que querem, mas frequentemente sabem o que não querem. É um tipo de gente que não sabe comer a vida pelas bordas e já enfia a colher, com tudo, no meio da sopa. Arriscam queimar a língua, porque sabem que se queimar, passa. Ninguém morre de queimadura na língua, como ninguém morre de coração partido, de dor de cotovelo ou frustração.
As pessoas complexas não conseguem olhar para o mundo e aceitar simplesmente. Elas se questionam o tempo todo tudo. Chatas? Talvez, mas é que não conseguem existir de outro modo.
M., D. e A. estão cansadas do mundinho previsível, das pessoas tão quadradas, das possibilidades pequenas que o mundo lhes oferece. Está certo que a vida nos atende escassamente, disso já sabemos. Mas para uma pessoa complexa é a morte levar a vida a acomodar-se. Fazer as coisas porque vai ser mais confortável ou socialmente aprovado. Não se trata de rebeldia, nem de originalidade. É apenas que um coração complexo pulsa em arritmia, tem um compasso diferente, que se mistura frequentemente ao passo descompassado do mundo e da vida.
As pessoas complexas não acreditam que felicidade seja um carro do ano, um apê "um por andar" ou uma cobertura. Não acham que roupas caras te fazem mais bonita. Não acham bacana ir à balada da moda e nem fazer o que todo mundo faz.
Elas se questionam sobre os relacionamentos, sobre os casamentos. Elas querem se casar, querem se relacionar, mas tem que ser de verdade. Tem que ser com aquele alguém que as veja por dentro, que esteja ali todo corpo, todo presente, pronto para debruçar-se sobre o outro. Pronto para fazer da vida uma descoberta, uma aventura, um lugar sem ontem e sem amanhã. Não precisam de status. Não sabem se a fidelidade é a parte mais importante. Acreditam na lealdade, sobretudo.
Essa gente complexa detesta assuntos burocráticos, relações burocráticas, protocolos, regras sociais, dizer o que convém. São sinceras do fio do cabelo a ponta do dedão do pé. Não dissimulam e detestam mesquinharia.
As pessoas complexas acreditam na vida. Tem fé no amor e nas relações humanas. Elas olham o mundo e enxergam suas limitações, mas também, os seus encantos.
Não têm preconceito. São abertas ao novo. Gostam de experimentar sabores, cores, amores, formas, conteúdos, jeitos, gentes, teorias. São orgânicas. São recicláveis. São sustentáveis.
As pessoas complexas acreditam que as pessoas são o que dizem, o que pensam, o que sentem. Ninguém é o que tem. Aliás, pessoas complexas detestam assuntos como: a casa que eu comprei na praia, o meu salário de R$ 15 mil, o meu carro novo, etc.
Gostam de arte, de gente, de música, de viagens. Amam a liberdade e não sabem viver sem ela.
Respeitam o espaço do outro. Preservam a liberdade do outro. Amam as possibilidades do outro.
Não querem que as pessoas sejam como elas. São traumatizadas por uma sociedade que não as compreende e por isso não exigem do outro nada além do que ele tenha para oferecer.
Gostam de se emocionar com a vida e com o mundo. Nunca se acostumam a ver pessoas morando na rua, crianças pedindo dinheiro no semáforo. Choram com certas cenas da vida e lutam para que o mundo seja um lugar mais justo, mais acolhedor, com mais oportunidades para todos.
Fazem, todos os dias, pequenas revoluções.
Adoram conhecer lugares novos para formarem novas memórias. Conhecer gente nova, para construírem novas histórias. Contudo, carregam o passado, com seus ensinamentos e seus momentos inesquecíveis, sempre bem junto.
Se reconhecem nos lugares e adoram andar em bando. Ficam juntos falando de assuntos complexos ou de bobagens. Mas bobagens sinceras, coisas do bem. Se falam mal de algo é só da rede globo, do big brother, de certos políticos, enfim, de quem merece.
Pensam que a vida é uma só, sem ensaio e sem after. Assim, vivem cada dia como se fosse o único, como se fosse o último.
São pessoas sensíveis, que buscam extrair da vida sua essência e que querem traçar seu próprio destino. Acreditam na construção da felicidade e acreditam que essa não está na conta bancária, nem em um marido ou mulher que os espera em casa, nem em um filho, mas em cada um de nós.
Gente complexa tem alma de poeta mesmo quando nunca escreveu sequer um verso.
http://www.brasilpost.com.br/aina-cruz/teoria-das-pessoas-comple_b_7489582.html?ncid=fcbklnkbrhpmg00000004
NA TELHA
Lua cheia
lobo na telha
urro no mundo...
O medo em cima do muro
vento na areia.
Maré com sereia...
Farol encandeia,
sombras no escuro...
O fim, não faz corpo duro
e a peia, rodeia.
Antonio Montes
A confiança de alguém você nunca irá conquistar,pois o mundo é como uma floresta , o lobo sempre irá ficar te esperando,até se descuidar e cair na armadilha.
O lobo
Uiva o lobo
Entre as árvores ele percorre,
Seu grande caminho,
Enfrentando seus inimigos,
Com força e energia da natureza,
O lobo uiva eternamente,
Paira no ar a névoa,
Em que espíritos guerreiros ,
Volta a batalha de suas vidas,
Aniquilando seus inimigos,
A eterna batalha do lobo,
Para sua grande glória,
Eterna vitória, o uivo...
... uivo da vitória.
Nenhuma dor é maior que outra dor
Pois ñ somos pele de nenhum outro lobo
Pra percorrer pelos seus vales de sombra, ossos e de morte
Ñ somos capazes de calçar os sapatos da história de alguém
Cada cicatriz em nós nos escalpela a alma
A dor transforma o humano numa ferida aberta
Caminhante e solitária.
Transforma num homem nu com vergonha da nudez de sua alma.
E a dor leva-o a um deserto, onde se caminha sozinho
Onde se ouve os uivos dos lobos
Onde se acende uma fogueira pra aquecer e afastar ataques noturnos
A mulher com sua dor é uma peregrina numa jornada de auto cura
Caminhar no deserto de ossos, saber que é só mais um no caminho da dor
Que esse vale de sombras é só seu
Que as vozes são suas,
Que as sombras são suas criações
Que você deu vida a tudo isso e agora é mais um caminhante tentando descobrir como retornar pra casa
Como sair do vale
Como conhecer a si mesmo....
Os Egípcios representavam a prudência através de uma serpente com três cabeças (de leão, de lobo e de cão). No entendimento deles, a pessoa prudente deve ter a astúcia da serpente, a força do leão, a agilidade do lobo e a paciência do cão.
(Observações)