Os clássicos da literatura infantil têm o poder mágico de atravessar gerações, encantando crianças e adultos. Preparamos uma seleção especial com grandes títulos da literatura infantil brasileira. Um convite para reviver memórias, conhecer novas aventuras e mergulhar em narrativas que emocionam, ensinam e divertem. Escolha seu título favorito (ou vários!) e embarque nessa jornada inesquecível pelo melhor da literatura infantil!
História meio ao contrário, de Ana Maria Machado
História Meio ao Contrário é uma obra encantadora de Ana Maria Machado, que brinca com a estrutura tradicional dos contos de fadas de maneira criativa e inesperada. Publicada originalmente em 2005, é uma leitura deliciosa para crianças e adultos, que celebra a criatividade e a quebra de padrões. Um livro que convida o leitor a pensar além do óbvio, valorizando a originalidade e o poder da imaginação em cada página. Uma verdadeira joia da literatura infantil que encanta e inspira!
A arca de Noé, de Vinícius de Moraes
O “poetinha”, famoso compositor de MPB e Bossa Nova, escreveu um único livro voltado para crianças, em 1970. O resultado foi essa bela obra com 32 poemas que se tornaram clássicos da literatura infantil, incluindo O Pato e A Casa e a Foca.
As composições foram musicadas por Vinicius e Toquinho em dois álbuns dedicados às crianças e passaram a fazer parte da infância de vários brasileiros.
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, de Jorge Amado
Um livro infantil de destaque internacional, o enredo de Jorge Amado foi escrito em 1948, como um presente de aniversário para o filho, mas só foi publicado décadas mais tarde. A obra intemporal conta o amor inusitado de um casal que pertence a duas espécies que geralmente não se entendem: um gato e uma ave.
O relacionamento gera preconceitos e provoca reações de estranheza nos outros. Contudo, esta história é uma lição inspiradora sobre sermos verdadeiros com aquilo que sentimos.
A Bolsa Amarela, de Lygia Bojunga
Esta é, sem dúvida, uma das mais importantes e premiadas obras da literatura infantil nacional. O livro conta a história de Raquel, uma menina que ganha uma bolsa amarela da tia. Nela, coloca os seus três principais desejos: crescer, ter nascido menino e se tornar escritora.
A Bolsa Amarela foi publicado em 1976 e explora temas intemporais como as ambições e a imaginação do público mais novo.
Às vezes a gente quer muito uma coisa e então acha que vai querer a vida toda. Mas aí o tempo passa. E o tempo é o tipo de sujeito que adora mudar tudo. Um dia ele muda você e pronto: você enjoa de ser pequena e vai querer crescer.
Lygia Bojunga (A Bolsa Amarela)
O Menino Maluquinho, de Ziraldo
Quem nunca ouviu falar do menino com uma panela na cabeça e que surgiu na década de 80? As aventuras do garoto esperto e atrapalhado são um clássico da literatura, da TV, do teatro, do cinema…
O Menino Maluquinho segue os passos alegres e energéticos de um protagonista muito criativo, por isso não pode ficar fora dessa lista (e nem da estante de qualquer criança).
Marcelo, marmelo, martelo, de Ruth Rocha
Ruth Rocha transforma qualquer situação banal em uma lição incrível neste livro lançado em 1976. Com personagens que inventam novas palavras, superam diferenças e valorizam a amizade, a obra transmite aprendizagens indispensáveis para viver em sociedade.
Brincando com a própria linguagem, Marcelo, marmelo, martelo se tornou uma leitura fundamental para a educação das mentes mais jovens.
Flicts, de Ziraldo
Todo o humor e genialidade do eterno Ziraldo voltam para essa obra de 1969 que conta a história de Flicts, uma cor rara e triste que não consegue achar o lugar onde pertence.
A história é, ao mesmo tempo, singela e profunda, pensando em temas como compaixão, identidade, preconceito e respeito ao próximo.
Mas existem mil bandeiras
trabalho pra tanta cor
e Flicts correu o mundo
em busca do seu lugar
Ziraldo (Flicts)
O meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos
O Meu Pé de Laranja Lima, lançado em 1968, é um clássico que comove leitores de todas as idades com a história tocante de Zezé, um menino de cinco anos cheio de imaginação e sonhos. Criado em uma família humilde, Zezé encontra consolo e amizade em um pé de laranja lima, que se torna seu confidente e companheiro de aventuras.
Com uma narrativa envolvente e emocional, o livro aborda temas profundos como a pobreza, a solidão e a busca por afeto. Uma história que emociona e permanece viva na memória dos leitores. Um livro para ler, reler e guardar para sempre.
Você precisa saber que o coração da gente tem que ser muito grande e caber tudo que a gente gosta.
José Mauro de Vasconcelos (O meu pé de laranja lima)
Ou isto ou aquilo, de Cecília Meireles
A vida é feita de escolhas difíceis, mesmo quando somos crianças. Neste clássico incrível, Cecília Meireles brinca com a linguagem, o ritmo e a sonoridade, com uma série de poemas que marcou a infância de muitos brasileiros.
Enquanto escritora e educadora, a carioca produziu composições simplesmente indispensáveis que fomentam o amor pela poesia nos leitores mirins.
Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato
Uma obra-prima da literatura infantil brasileira escrita por Monteiro Lobato em 1931, "Reinações de Narizinho" nos transporta para o mágico e encantador mundo do Sítio do Picapau Amarelo. Com um estilo leve, divertido e cheio de imaginação, Lobato mistura fantasia com realismo, criando histórias que exploram valores como amizade, coragem e curiosidade, onde os personagens encontram seres mágicos, viajam por reinos encantados e enfrentam desafios que estimulam a criatividade e o raciocínio dos jovens leitores.
Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque
Sim, Chico Buarque também escreveu para crianças. Lançada em 1979, a obra conta a história de uma garota que é amarela de medo. Através de uma série de aventuras, Chapeuzinho Amarelo precisa superar as suas inseguranças para enfrentar o Lobo e conseguir ser feliz.
Este é um livro recheado de sensibilidade e beleza que vale muito a pena, principalmente acompanhado das ilustrações do eterno Ziraldo. 🙂
Tinha medo de trovão
Minhoca, pra ela, era cobra
E nunca apanhava sol, porque tinha medo da sombra
Chico Buarque (Chapeuzinho Amarelo)
História de dois amores, de Carlos Drummond de Andrade
O maior poeta brasileiro também escreveu para crianças e é genial, como sempre. Osbó, chefe dos elefantes, tem uma amizade improvável com Pul, uma pulga. Os dois vivem aventuras divertidas quando Osbó decide tirar férias das suas obrigações e descansar… É aí que as coisas se complicam.
A obra fala sobre aparências, poder, e principalmente sobre a força do amor, capaz de resolver qualquer problema.
A Vida Íntima de Laura, de Clarice Lispector
Clarice não abandona seu estilo de escrita, mesmo quando está falando de uma galinha comum, que tem uma vida corrida e um pescoço feio. O que parece um roteiro inocente traz à luz questões relacionadas ao medo da morte, a vaidade e outros sentimentos delicados.
Na obra notória de 1974, autora estabelece uma relação de proximidade com o leitor e usa imagens do cotidiano para provocar reflexões sensíveis e profundas.
A verdade é que Laura tem o pescoço mais feio que já vi no mundo. Mas você não se importa, não é? Porque o que vale mesmo é ser bonito por dentro.
Clarice Lispector (A Vida íntima de Laura)
O Menino Mágico, de Rachel de Queiroz
Premiado pela Unesco como um dos dez melhores livros brasileiros infantis, o enredo de 2004 conta a história de Daniel, um garoto que possui poderes mágicos e é capaz de viver aventuras incríveis durante os seus sonhos.
A vida começa a complicar quando ele decide tentar ganhar um prêmio na TV. A obra é marcada pelo humor e reflete sobre a infância e os seus inúmeros encantos.
O Fantástico Mistério da Feiurinha, de Pedro Bandeira
As clássicas princesas dos contos de fada se reúnem, já mais velhas, para procurar por Feiurinha, uma princesa que desapareceu com seu príncipe, reino e castelo. Uma excelente obra que reúne elementos da literatura clássica infantil mundial com um bom toque brasileiro de Pedro Bandeira.
O livro lançado em 1986 também ganhou notoriedade em 2009, com adaptação para o cinema, intitulada Xuxa em: O Mistério de Feiurinha.
Os Príncipes não adianta chamar. Estão todos gordos e passam a vida caçando. Além disso, príncipe de história de fada não serve para nada. A gente tem de se virar sozinha a história inteira, passar por mim perigos, enquanto eles só aparecem no final para o casamento.
Pedro Bandeira (O Fantástico Mistério da Feiurinha)
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