Livro
Os seres orgânicos têm em si uma força íntima que produz o fenômeno da vida, tanto que essa força existe; que a vida material é comum a todos os seres orgânicos e que ela é independente da inteligência e do pensamento; que a inteligência e o pensamento são faculdades próprias de certas espécies orgânicas; enfim que, entre as espécies orgânicas dotadas de inteligência e de pensamento, há uma dotada de um senso moral especial que lhe dá incontestável superioridade sobre as outras e que é a espécie humana.
"Levante todos aqueles que estiverem caídos em seu redor.
Você não sabe onde seus pés tropeçarão".
Ajude-o a erguer-se, tal como você gostaria que fizessem com você, se estivesse no mesmo caso
Na sabedoria há um espírito inteligente, santo, único, múltiplo, sutil, móvel, perspicaz, imaculado, lúcido, invulnerável, amante do bem, penetrante.
Para ousar, precisamos saber. Para querer, precisamos ousar.
Precisamos querer para possuir império. Para reinar, precisamos manter silêncio.
[...] Preste atenção. O que é fé?
Essa era fácil.
- A substância do que a gente espera,
a prova de tudo que a gente não vê.
- É. E qual é o estado espiritual do fiel?
- Hum ... amor e aceitação, eu acho.
- E qual o oposto da fé?
Essa era mais difícil - realmente indigesta
na verdade. Como uma daquelas malditas
provas de literatura. Escolha a,b,c ou d.
- A descrença? - aventurou.
- Não a descrença não; a não-crença.
A primeira é natural, a segunda voluntária.
E quando a gente é não-crente, David , que estado
espiritual é esse?
Ele pensou no assunto, depois balançou a cabeça.
- Não sei.
- Sabe, sim.
Ele pensou de novo e percebeu que sabia.
O ESTADO ESPIRITUAL DA NÃO-CRENÇA É O DESESPERO.
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
Não podemos esperar por uma vida isenta de desafios, ao contrário, é na superação dos desafios que o homem encontrará o sentido da própria vida ao descobrir que pode fazer em ponto menor o que Deus faz em ponto maior."
Sobre a oração
As palavras de nada valem se o coração não estiver presente e desperto em cada sílaba. E quando o coração não está presente e desperto, melhor é que a língua durma ou que se esconda atrás dos lábios fechados.
Nem precisais de templos para orardes.
Quem não pode encontrar um templo em seu coração, jamais encontrará seu coração num templo.
Eu já tinha mais do que a minha cota de participações em experiências de quase morte; não era algo a que uma pessoa se acostume.
"Na vida cristã não basta nascer. É preciso sobreviver, se Desenvolver, crescer e refletir o Caráter de Jesus Cristo. Para que o crescimento seja uma realidade, é preciso orar e estudar a Bíblia todos os Dias e Trazer outros para Jesus."
Minha alma tem rasgos
Tem vergões
das chibatadas do tempo.
Tem espaços não visíveis
doloridos de silêncio.
Tem incertezas tão certas.
Veredas abertas
e vontades invencíveis
que não nasceram ainda.
Tem desconfianças
de que o sonho é findo,
mas reinventa o meu céu de utopia
que todo o não crer
expia.
NARA RÚBIA RIBEIRO
Do livro "Pazes", no prelo.
Salmo 68/69
Humildes, buscai a Deus e alegrai-vos:
o vosso coração reviverá!
Por isso elevo para vós minha oração
Neste tempo favorável, Senhor Deus!
Respondei-me e pelo vosso imenso amor,
Pela vossa salvação que nunca falha!
Senhor, ouvi-me, pois suave é vossa graça,
Ponde os olhos sobre mim com grande amor!
Pobre de mim, sou infeliz e sofredor!
Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus!
Cantando, eu louvarei o vosso nome
E, agradecido, exultarei de alegria!
Humildes, vede isto e alegrai-vos:
O vosso coração reviverá
Se procurardes o Senhor continuamente!
Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres
E não despreza o clamor de seus cativos.
Sim, Deus viera e salvará Jerusalém,
Reconstruindo as cidades de Judá.
A descendência de seus servos há de herdá-las,
E os que amam o santo nome do Senhor
Dentro delas fixarão sua morada!
" Ecce Homo. ' Eis o homem', pois. Os príncipes dos sacerdotes e os ministros gritaram ' Crucifica- o! Crucifica- o!', outros transformaram- no naquilo que ele jamais quis ser, o fundador de uma religião. Lavar as mãos diante dele, ninguém jamais lavou..."
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