Livro
Descobri meu real tamanho, quando senti a lágrima escorrer no rosto. Gente grande chora. Por Rica Almada
Muitas vezes os olhosmostram
algo, que nem eles sabem,
se é alegria, saudade ou tristeza,
as lágrimas que lhes cabem
Quem se encanta mais em um encontro? O leitor com o autor ou o autor com o leitor? Um só existe pelo outro.
Não basta só escrever, é preciso que o que você está sentindo passe pela caneta e se torne tinta, para não só escrever no livro, mas sim, no coração de quem lê.
Um dia - para todos nós - o dinheiro se multiplica etc.; o amor nos encontra; a felicidade enfim chega... Mas se não houver sabedoria nem cuidados, o dinheiro muda de mãos; o amor se faz passageiro; e a felicidade se transmuta em apenas saudade.
Algumas pessoas no auge da sua arrogância e egoísmo nos fazem sentir apenas nota de rodapé nas páginas das suas vidas. Outras, ao contrário, nos fazem sentir a epígrafe que dá sustentação ao texto todo.
Prefácio ou primeira página
Não acreditei que ainda pudesse estar ali
Depois de perceber que já havia deixado ir
De que estava mais feliz longe
De que já lhe faziam feliz
Mas também quis desligar-se do mundo
De tudo, se perdendo totalmente
Procurou pelo fogo que arde sem se ver
Mas fogo não queimava mais
Não sei se vi
Ainda estava ali
Ouvi ruídos ensurdecedores
Do curto passado seu
Foi uma decida cada vez mais profunda
No desfiladeiro da alma
Quis me arranhar e tropeçar em cada pedra
Árvore, buraco...
Aumentei o barulho do ruído
Comecei a desistir de caminhar
Só rolei, pra mais fundo...
Então ouvi uma canção
Me chamando para levantar
Mas não para voltar
Sim para continuar
"A poesia é assim: surge na imaginação, passa pelas mãos para a tinta nos papéis e depois brota no livro, eternizando em vida."
O bom ensinador bíblico: busca aprender antes, analisa textos e contextos, imerge no assunto, deixa o livro se auto-interpretar, desaprende e reaprende se necessário e, por fim acaba liberto de crendices e mitos.
Leia mais, pois um homem lendo vale muito para outros que também leem. Quem escreve é inteligente, quem lê é sábio e todos convivem bem em torno de um livro.
É toda alto astral
Sereia de água de sal
O samba enredo do meu carnaval
É brincalhona até falando sério
Um livro aberto cheio de mistérios
Dando asas à imaginação
Vou voando pela leitura
Aterrissando na nobre intenção
Até alçar uma maior altura.
E tem gente como eu: em qualquer fase da vida não abre mão, mas não abre mesmo, de ter sempre por perto o tal do amigo pra valer: livro. Mesmo porque ele é o único amigo que nunca cria caso pra ficar com a gente seja onde for: sala, quarto, banheiro, cozinha, sombra de árvore, areia de praia, fundo de sofá, fundo de mágoa; e fica junto da gente mesmo no pior lugar do ônibus, do trem, do avião; enfrenta até mesmo uma boa cadeira de dentista e leito de hospital. E, se quem escreveu o livro consegue mexer com nosso pensamento e balançar nossa imaginação – pronto! Aí se forma uma relação, um laço… uma amarração gostosa
Queríamos interrogar o futuro. Que dia será amanhã? Terei minha liberdade? Você é capaz de ler o livro escrito depois de nós. Como será a liberdade para cada um de nós?
Armênia
Olho do alto da Estação Armênia
As luzes vermelhas dos carros lembram teu coração partido
O rio sujo corre sem sentido
E teus sonhos boiam entre garrafas de plástico e um fusca afogado
De que é feita nossa literatura? De obras-primas? A resposta é, mais uma vez, não. Mas quando um livro original é escrito – não aparece um há mais de um ou dois séculos –, os homens de letras o imitam, isto é, o copiam de maneira que são publicadas centenas de milhares de obras tratando exatamente dos mesmos temas, com títulos um pouco diferentes e combinações de frases modificadas. Isso os macacos, essencialmente imitadores, devem ser capazes de realizar, com a condição não obstante de que utilizem a linguagem.
Publicado em 1929, "Adeus às armas" é o segundo romance do escritor norte-americano Ernest Hemingway. O livro tem como tema central a paixão de Frederic Henry – que se alista no exército italiano como motorista de ambulância – pela enfermeira Catherine Barkley. Neste romance autobiográfico, a história de amor tem um final feliz, ao contrário da vivida pelo autor. Os protagonistas acreditam que podem se isolar em seu amor, simplesmente afastando-se da guerra. Em 1918, ferido em combate, Ernest Hemingway é internado em um hospital, em Milão, onde conhece a enfermeira Agnes von Kurowsky, por quem se apaixona. Porém, ela não aceita casar-se com Hemingway, deixando-o profundamente desiludido. Narrado em primeira pessoa, Adeus às armas revela-se uma obra como poucas, aclamada pela crítica como o melhor livro de ficção produzido sobre a Primeira Guerra Mundial. Hemingway conduz a narrativa de forma dinâmica, ressaltando o teor dramático da trama e proporcionando ao leitor algumas das páginas mais românticas e comoventes da literatura ocidental.