Livro

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No verde livro da vida,
- pois de esperanças é feito -
uma página perdida
recorda um sonho desfeito.

“Bom dia! Podemos olhar melhor pra vida.”
(livro: “Livrai-nos de todo mal”)

“Por mais que encontremos dificuldades, temos também que olhar com esperança.”
(livro: “Livrai-nos de todo mal”)

“A incerteza lhe faz incapaz de acreditar que você vencerá.”
(livro: “Livrai-nos de todo mal”)

Nenhum sonho se perde no universo
e, quando você menos espera, brilha forte.

(do livro: “Livrai-nos de todo mal”)

“Dizem que a esperança caminha com você.
E que o passado não desaparece.”
(do livro: “Livrai-nos de todo mal”)

Nesse exato momento retiro meu óculos do rosto e repouso-o sobre o livro que até agora lera com toda a atenção. Guardando displicentemente meu material de estudo num canto qualquer ao lado da cama, olho para o lado oposto. Procuro em vão sua presença, que a pouco estivera ali, mas que agora se faz real apenas como uma doce lembrança. Queria lhe dar um beijo discreto, que não chegasse a perturbar teu sono, mas que pudesse sutilmente repousar em seu ombro como uma prece. Uma prece, um pedido inocente, quase que infantil, para que nada de ruim lhe aconteça, agora ou no dia que se aproxima. E que essa prece, sincera, na forma de um beijo dure apenas pelo tempo de um dia, para que na noite seguinte eu possa mais uma vez orar por ti.

Boa Noite,

Poesia na Escola Pública: Livro “Folheto de Versos”

De como a USP-Universidade de São Paulo, com um Projeto de Culturas Juvenis sob a Coordenação da Professsora-Doutora Mônica do Amaral, trabalhou Poesia e Folclore do Cangaço em Sala de Aula, Rendendo um belo Livreto de Alunos Produzido Pela Mestranda Maíra Ferreira e Colegas.

“Perdi minha origem
E não quero voltar a encontrá-la
Eu me sinto em casa
Cada vez que o desconhecido me rodeia(...)”

Wanderlust, Bjork (Cantora Islandesa)



Com a suspeita midiática culpabilização dos Professores de Escola Pública pela falência da Educação Pública como um todo, o que engloba na verdade suspeitas políticas neoliberais de sucateamento de serviços públicos em nome de um estado mínimo (e no flanco o quinto poder aumentando os índices de criminalidade além da impunidade já generalizada em todos os níveis), quando uma universidade de porte como a USP vai até onde o povo está, no caso, uma comunidade carente da periferia de São Paulo, trabalhando com o corpo discente da EMEF José de Alcântara Machado Filho, fica evidente aquela máxima poética de que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

Intervenções em salas de aula, leituras trabalhadas, declamações com suporte afetivo, oficinas de palavras e rimas, trocas, somas, cadências didático-pedagógica num contexto de criação a partir da ótica de um humanismo de resultados, e assim, a Mestranda Maira Ferreira e colegas acadêmicas e mesmo profissionais da escola, e, quando se viu, pronto, estava semeada a leitura, estava plantado o verbo criar no assento poético, e, os manos sim, os manos, as minas, mandaram bem: saiu a produção “Folheto de Versos” como arte final do projeto de ótimo alcance literal e humanizador que é que vale a melhor pedagogia no exemplo.

Sou a favor das chamadas antologias, em que alguém visionário e generoso se propõe a bancar autores novos, temas específicos, tentando juntar turmas, abranger variadas óticas, fomentando a divulgação lítero-cultural de anônimos criadores desses brasis gerais, em nome da poesia porque assim a emoção sobrevive, a arte se torna libertação, e, falando sério, enquanto houver arte ainda há de haver esperança, parafraseando um rock moderno aí.

A escola pública carente, a escola sem estrutura técnico-administrativo funcional, os professores mal-remunerados, e, um conjunto de profissionais de educação segurando a barra pesada do que é mesmo a docência, então, uma luz no fim de tudo apresenta jovens acadêmicos potencializando intervenções em classes. É o caso da Sétima Série (2007), Oitava Série (2008) da EMEF José de Alcântara Machado Filho, que rendeu o livreto – que bonitamente lembra edições de cordel – chamado Folheto de Versos. Resistir na arte é uma criação histórica que tende a mudar planos de vôos, para os alunos carentes. A periferia agoniza mas cria.

Com um enxuto projeto gráfico da Comunicação e Midia-FEUSP, a arte letral composta no Projeto “Culturas Juvenis X Cultura Escolar: Como Repensar as Noções de Tradição e Autoridade no âmbito da Educação (2006/2008, Programa Melhoria do Ensino Público), a Mestranda Maira Ferreira e a Bolsista Técnica Pátria Rabaca foram a campo. Foram a luta. Levaram a universidade ao seio da escola pública, a sala de aula. Daí a aula fez-se verso, o verso lembrou hip hop ou mesmo RAP (Ritmo e Poesia), o verbo poetar virou verbo exercitado, da poesia fez-se o humanismo de abrir espaços, quando e viu, Saravá Baden Powel, a voz da periferia soou suas lágrimas com rimas e contações de realidades escolares.

Trinta e duas páginas de produção poética de alunos. “Chegando em casa, pensei bem/Vou fazer este cordel/Resumir nossa conversa/De maneira bem fiel/Pros alunos do Alcântara/Acompanharem no papel(...) (Pg. 3 Maira Ferreira). Estava dado o mote. Sinais e parecenças. E daí seguiu-se o rumo: Escravidão – Nós Somos Contra o Preconceito (Emerson, Stéffani, Adriely, Paloma), Depois Diogo, Bruno, Roberta in “Sou Afro/Sou Brasileiro/Sou Negro de coração(...)”. Ensinar, passa por ensinar a pensar. Pensar leva ao criar. Criar é colocar amarguras e iluminuras no varal das historicidade e chocar dívidas sociais impagas desde um primeiro de abril aí.

Nesse rocambole de idéias, os achados do projeto: alunos devidamente trabalhados, estimulados, compreendidos, sabem exercitar a sensibilidade muito além de suas rebeldias às vezes com as vezes sem causas.

E daí descambou a criação, acrósticos, versos brancos, rimas e rumos, citações (Rap é compromisso), até liberdades poéticas (O Cangaço e o Bope), rascunhos, resumos, xérox de despojos criacionais em salas de aula, despojos e, quem mesmo que disse que aula tem que ser chata, que sala de aula tem que ser cela de aula? Pois é. FOLHETO DE VERSOS é um achado como documento de um momento, um tempo, um espaço, um lugar, uma comunidade.

Dá identidade a quem precisa. Dá voz a quem se sente excluído. Imagine um país sem divisas sociais. E a emoção de um aluno simples, humilde, podendo colocar no papel – e ver-se impresso – como se no quarador das impossibilidades pudesse tentar reverter o quadro de excluído das estatísticas de dígitos estilo Daslu, para se incluir (certa inclusão social na criação de arte popular, literária) porque lhe foi dado palco e vez, palanque educacional e espírito criativo aguçado pelas sóbrias intervenções, debates cívicos, críticas dialogadas, esparramos de idéia, mas, antes e acima de tudo e sobre todas as coisas, o aluno tendo vez e voz-identidade num livreto que, sim, pode ser a página de rosto de sua existência, colorir o livro de sua vida, fazendo dele um cidadão que quer soltar a voz (precisa e deve soltar); botar a boca no trombone, dizer a que veio, e, sim, se a escola ainda é de certa forma uma escada, quando a sua criação impressa é um documento de identidade de cidadão enquanto ser e enquanto humano. Já pensou que demais?

O canto dos oprimidos.

“Fizemos essa letra com força de vontade/Só queremos expressar um pouco da realidade”(...), in Realidade Não Fantasia (Cesário, Diógenes e Gabriel).

Quando o sol bater na janela de sua esperança, repara e vê “Folheto de Versos” resgata e registra poemas de jovens querendo libertações, porque além de “ser jovem” ser a melhor rebeldia deles, há corações em mentes querendo mais do que ritmo e poesia.

A dor dessa gente sai no jornal e os seus cantares joviais oxigenam perspectivas, arejam possibilidades.

“Uma aurora a cada dia” diz a Canção do Estudante do Milton Nascimento.

Há coisa mais bonita do que o sonho?

-0-

Poeta Prof. Silas Correa Leite
E-mail: poesilas@terra.com.bnr
Site: www.itarare.com.br/silas.htm
(Texto da Série: Resenhas, Críticas e Documentos de Lutas e Sonhos)
Blogues: www.portas-lapsos.zip.net
ou
www.campodetrigocomcorvos.zip.net

ESCREVAMOS COM LUZ



No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com os teus atos, palavras e pensamentos.

Faze da bondade o motivo central de tua movimentação diária, a fim de que a página sublime não se envileça.

Cada frase que imprimas no papel dos minutos falará por ti em milhares de seres.

O teu gesto de compreensão e carinho criará simpatia em teu favor em centenas de criaturas.

A tua palavra de estímulo e entendimento será o apoio abençoado de muitos.

O teu pensamento de auxilio a fraternidade constituirá o amparo de muita gente.

A árvore que plantas será refúgio de reconforto a quem passa.

A fonte que protege representará uma bênção para os viajores do caminho.

A casa que edificas revelar-se-á refúgio e consolo, hoje e amanhã.

O livro de nossa vida influi no destino da comunidade inteira.

Não adotes a perturbação ou a sombra como elementos de materialização de tuas atitudes e resoluções no curso das horas. A breve tempo, a treva dominaria as páginas de tua jornada e te perderias sem luz por tempo indeterminável.

Foge do labirinto.

Escreve com luz a historia viva de tua romagem pela Terra em caracteres claros e acessíveis, porque amanhã, quando a imortalidade exigir...

Reflexão: Se o amor não for eterno nem uma materia
existiria. Por isso que está registrado no livro dos
livros, a Biblia; DEUS é amor. É o sentido da vida
onde não ha amor, ha ódio e destruição.

Minha vida é um livro aberto pra quem eu quero que faça parte dela!

nossa vida é um grande aprendizado em adamento, nisso vamos construindo o livro da nossa vida, os capitulos se concentram nas decisões e confianças que temos,
então nunca se deixe levar pelas forças dos seus sonhos, por que as vezes esse sonho é apenas uma ilusão na sua vida,pode realizar ou simplismente ser mudado com uma a decisão

O livro “O Profeta”, de Khalil Gibran conta a história de Al-Mustafá, um homem que retorna à sua terra. Os habitantes da aldeia onde ficou todos estes anos pedem que ensine o que aprendeu.

A seguir, alguns dos trechos (editados) deste clássico do século XX:


O matrimônio

Vocês nasceram juntos, e juntos estarão mesmo quando as asas brancas da morte terminem com seus dias - porque continuarão unidos na memória silenciosa de Deus.

Mas que haja espaço entre os dois. Que o vento dos céus possa passar entre seus corpos.

Amem, mas não transformem o amor em uma atadura.

Que um encha o copo do outro, mas que jamais bebam do mesmo copo.

Cantem e dancem, estejam alegres, mas que cada um mantenha sua independência; as cordas de um alaúde estão sozinhas, embora vibrem com a mesma música.

Entreguem o seu coração, mas não para que seu companheiro o possua - porque só a mão da Vida pode conter corações inteiros.

Estejam juntos, mas não demasiado juntos - porque os pilares de um templo estão separados.

O carvalho não cresce à sombra do cipreste, e o cipreste não consegue crescer à sombra do carvalho.


Os filhos

Seus filhos não são seus filhos; são filhos e filhas da vida. Vieram através de vocês, mas não lhe pertencem.

Podem dar seu amor, mas não seus pensamentos - porque eles tem seus próprios sonhos.

Podem proteger seus corpos, mas não suas almas - porque suas almas habitam na casa do amanhã, que mesmo em sonho vocês não podem visitar.

Podem tentar ser como eles, mas não tentem fazer com que se comportem como vocês; porque a vida não retrocede, nem se deixa seduzir pelo dia de ontem.

Vocês são o arco onde seus filhos, como flechas vivas, são impulsionados para adiante; deixem que a mão do Arqueiro trabalhe, porque assim como Ele ama a flecha que voa, também ama o arco, que permanece estável.


O amor

Quando o amor chamar, aceitem seu chamado, mesmo que o caminho seja duro, difícil.

E quando suas asas se abrirem, entreguem-se, mesmo que a espada que está ali escondida termine provocando ferimentos.

E quando o amor disser algo, acreditem, mesmo que sua voz destrua seus sonhos, como o vento do norte devasta os jardins.

Porque o amor glorifica e crucifica. Faz crescer os ramos, e os poda. Tritura os homens, até que estejam flexíveis e dóceis. Os queima em fogo divino, para que possam converter-se em um pão sagrado, que será consumido no banquete de Deus.

Entretanto, se tiverem medo, e quiserem encontrar no amor apenas a paz e o prazer, melhor que se afastem de sua porta, e procurem outro mundo, onde poderão rir mas sem toda alegria, e poderão chorar mas sem usar todas as lágrimas.

O amor não dá nada e não pede nada além de si mesmo. O amor não possui nem é possuído - porque ele se basta.

E não tentem dirigir o seu curso: porque se o amor achar que são dignos, ele os dirigirá até onde devem chegar.

Escrever um livro é materializar um sonho

Com meu livro e meu trabalho voluntário deixo aqui gravado uma página neste livro da vida.

O Bem é a maior defesa
Do Livro Tudo Pelo Melhor – Calunga

Queria dar a você muita força, uma força que a gente não dá em termos de energia, mas dá em termos de palavra. A palavra tem uma força muito grande. É um instrumento da vida. Por isso, quero ver se passo para você um pouco de força nas minhas palavras. E essa força começa com a necessidade que você tem de aprender a resistir, de aprender a usar a força em benefício próprio, no sentido de não deixar a negatividade do mundo tomar conta de você.
O mal é uma ilusão, embora as pessoas acreditem muito no mal. E vivem se defendendo do mal com maldade. Todo mundo se defende disso, se defende daquilo, por causa disso, por causa daquilo. Briga, fica ruim e, com isso, faz a vida negativa. Pois o negativismo é a crença no mal. muitas vezes, a crença nas coisas más é porque a gente é ignorante das intenções do bem. A gente, então, se confunde muito, e, neste mundo em q vocês estão, a confusão é maior ainda.
É por isso que quero dar uma ajuda para ver se conseguimos uma situação melhorzinha. Vamos melhorar um pouquinho. Estou pedindo para você ter boa vontade consigo, boa vontade com suas fraquezas, um pouquinho, de humildade, de espírito alegre, um pouquinho de coragem. Nós vamos dar um passinho e de passinho em passinho, agente chega que nem tartaruga, mas pelo menos nós chegamos sem muita aflição.
O ambiente está cheio de sugestão negativa: sejam os programas de televisão, os jornais, seja a cabeça poluída das pessoas acreditando no mal, nos perigos da vida, com0o se a vida fosse uma inimiga, como se tudo de ruim pudesse nos e precisássemos ficar cheio de defesa e medo. Ficamos possuídos pelas coisas ruins. É o desânimo que vem causando os piores problemas na nossa vida. Desanimar, desacreditar, duvidar do bem. Quando nós desacreditemos e duvidamos do bem é porque estamos acreditando no mal.
O mal é uma ilusão que só existe se o homem crer. Quando o homem crê, ele se torna mal e produz o mal.
O bem é a verdade do cosmo, é a verdade da vida. A verdade é o grande Bem Eterno.
.Essa verdade é imutável, é maravilhosa. Fora deste planeta, em outros mundos, o Bem Eterno é a realidade. Neste planeta, tudo depende do que você acredita e somos nós que criamos a realidade ou aquilo que sentimos em nós e envolta de nós. Se não vemos a verdade com clareza, se a vemos parcialmente ou distorcida, ela é uma ilusão. Ilusão é sempre o mal e causa o mal. A Verdade é pura, é sempre o bem e causa o bem.
* Se você crê numa ilusão, você a torna real com o seu poder de crer, e isto, é o mal e a sua vida se enche de maldade.
* Se você crê na verdade pura, realiza o bem e sua vida se enche de bênçãos.
* A verdade e seus efeitos existem independentemente do homem. Mas o mal que é uma ilusão só existe se alguém crer nele.
*A verdade é absoluta e a ilusão é relativa.
*A verdade é absoluta; o homem é que é relativo ao percebê-la.
* A verdade é absoluta e a realidade é relativa a suas crenças.
A realidade depende da crença de cada um. Se você dá crédito (acredita), a ilusão da falta e da pobreza como um bem é o que vai experimentar na sua realidade. Se você acredita na verdade da riqueza como um bem, é a riqueza que vai ser a sua realidade. É por isso que faço este apelo para você acordar e ver que tudo está em suas mãos. Claro que ninguém faz a opção pelo mal por crueldade, mas por descuido em assumir o que se quer acreditar. Fazemos também porque mantemos uma idéia primitiva de defesa. Usamos

* a malícia para não ser enganados
,* a agressividade para não ser dominados
,* a hostilidade para não ser invadidos,
* a crítica para corrigir o erro,
* o medo para evitar catástrofes.

Sempre a maldade gerando maldade.
E assim por diante: a super-vigilância perfeccionista do nosso desempenho para evitarmos fazer alguma besteira, alguma gafe que humilhe a nossa vaidade. Tudo é maldade com maldade. A gente se soca para dentro para evitar fazer alguma besteira e vive sufocado, aterrorizado, massacrado.
.Constantemente estamos aqui em volta deste menino que nos escuta e que representa de certa forma o trabalho que fazemos na Terra. Estou sempre ensinando as coisas para ele poder dar nos seus cursos, porque ele é uma pessoa que gosta de questionar tudo, às vezes até demais. E já que ele gosta, a gente aproveita e soma. vai passando através deste canal, o que a gente sabe, conseguindo assim espalhar idéias que possam servir para a melhoria das condições em todos nós.

Minha gente, vocês dão muito crédito ao mal,acham que o mal é fatal e que está em todo lugar, enquanto pensam que o bem é casual, que só acontece de vez em quando e em alguns lugares. Isso é um vício mental, não é a realidade. Neste mesmo mundo de vocês, existe gente muito feliz, vivendo muito bem e, ao mesmo tempo, existe gente no sofrimento. Ora o sofrimento e a dor são produtos da crença no mal. Mesmo que a pessoa seja caridosa e faça muitas bênçãos, ela pode estar doente,estar vivendo na miséria, sofrendo com os filhos, com os parentes. E onde houver o sofrimento existe a ignorância ou a crença em coisas negativas. Muitas vezes vocês têm muita prudência, mas o excesso de prudência é negatividade, é um desastre.

Os jovens de hoje dificilmente lêem um bom livro, acham o demasiado extenso, preferindo jogos eletrônicos. Pergunte lhes quem foi Modigliane ou outra personagem histórica e a resposta será sempre a mesma: não sei ou nunca ouvi falar. Não sabem que a liberdade de que eles hoje usufruem se deve a cada uma dessas pessoas que ousaram e souberam fazer a diferença no mundo apático em que viveram, desafiando o destino a que foram submetidos.

Eu vejo a vida como um enorme livro, que é povoado de histórias. Inicio e termino uma a uma, deixando destas histórias apenas a lembrança.
Mas deste livro me dói a distância, que com a quantidade de histórias anseio pela perspectiva de uma história mais longa e completa.
Mas nas histórias do meu livro já viveram e morreram heróis e princesas, e eu, como um ser desolado, aguardo a princesa que não mais vai morrer.
O meu livro continua, e mais uma pagina virada, e se na história da minha vida eu não vivi nada, na história de alguém fui pessoa-chave centrada, mas que, como no meu livro, também fiquei na estrada.
E o que me faz prosseguir nesta longa caminha, é a busca pela pessoa exata, que como em um sonho não mais seja passada e comece a virar as páginas do meu livro acompanhada.
E esta será a Rainha da minha estrada, que nesta minha longa caminha, encontrarei sempre dedicada a espera que em mais uma história, ela seja citada.

O que um artista publica, sua obra final- livro, quadro, escultura...- não passa do resto, a sobra de toda a produção artística que inclui o processo completo da criação.

Vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, bem selado com sete selos. E eu chorava muito, porque não fora achado ninguém digno de abrir o livro nem de olhar para ele. E disse-me um dentre os anciãos: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e romper os sete selos.