Livro
Uma pessoa, no fim das contas, é como uma ilha. Sozinha e solitária. Não acho que isso seja necessariamente ruim. A solidão nos liberta e traz profundidade à nossa vida.
No fim das contas, só há apenas uma resposta: a que está no seu coração no momento. Afinal, não é isso que significa viver?
Quanto mais lemos, mais empáticos nós ficamos. Os livros nos fazem parar e olhar para as pessoas à nossa volta, em vez de viver incessantemente em busca do sucesso. Por isso, acho que, se mais pessoas lessem, o mundo seria melhor.
Acho que é uma boa ideia tentar se levantar do fundo do poço. Nunca se sabe o que pode acontecer, então por que não tentar pelo menos uma vez? Você não tem curiosidade de descobrir o que pode acontecer se você se levantar?
Graças aos livros, não ficamos acima ou à frente dos outros. Em vez disso, acho que os livros nos ajudam a ficar ao lado deles.
“Um único homem, usando apenas as mãos, poderia carregar uma tonelada de pedras, desde de que fosse um quilo por vez, mas quando elas estivessem juntas e pesassem mil quilos, ele não poderia movê-las usando as mesmas mãos que o ajudou a junta-las”.
Todo conhecimento adquirido ao longo do tempo pode ser útil, mesmo que sirva para um simples comentário.
Fosse manhã ou noite, sexta-feira ou domingo, era tudo indiferente, o que havia era sempre o mesmo: uma dor surda, torturante, que não sossegava um instante sequer; a consciência da vida que não cessava de afastar-se sem esperança, mas que ainda não partira de todo; a mesma morte odiosa, terrível, que se aproximava e que era a única realidade; e sempre a mesma mentira. Para quê então os dias, semanas e horas do dia?
Mas o que é isto? Para quê? Não pode ser. A vida não pode ser assim sem sentido, asquerosa. E se ela foi realmente tão asquerosa e sem sentido, neste caso, para quê morrer, e ainda morrer sofrendo? Alguma coisa não está certa.
Tudo aquilo de que viveste e de que vives é uma mentira, um embuste, que oculta de ti a vida e a morte.
E sozinho tinha que viver assim à beira da perdição, sem nenhuma pessoa que o compreendesse e se apiedasse dele.
Sempre o mesmo. Ora brilha uma gota de esperança, ora tumultua um mar de desespero, e sempre a dor, sempre a dor, sempre a angústia, é sempre o mesmo.
Não podia mentir a si mesmo: acontecia nele algo terrível, novo e muito significativo, o mais significativo que lhe acontecera na vida.
A vida, uma série de tormentos em crescendo, voa cada vez mais veloz para o fim, para o mais terrível dos sofrimentos.
Procurou o seu habitual medo da morte e não o encontrou. Onde ela está? Que morte? Não havia nenhum medo, porque também a morte não existia.
Em lugar da morte, havia luz.
"Nas decisões da vida precisamos nos perguntar se o lucro do hoje vai compensar o prejuízo do amanhã"