Literatura epigrafes
Os livros também podem provocar emoções. E as emoções às vezes são ainda mais problemáticas que idéias.
"Quando uma estrela riscar,
velozmente, o escuro do céu,
será a minha saudade a pintar
a dor insana de um coração, teu réu."
"Raio de Luz"
(CORTEZÃO, M. B., "Banzeiro Manso". Gramado (RS): Porto de Lenha Editora, 2017, p. 44)
"A chuva que molha
meu triste rosto agora
é a mesma que leva
os desencantos
correnteza afora."
"Primavera"
(CORTEZÃO, M. B., "Banzeiro Manso". Gramado (RS): Porto de Lenha Editora, 2017, p. 44)
As mesmas pessoas aparecem com suas roupas domingueiras, as mesmas pessoas de todos os domingos. A igreja tem o mesmo cheiro, o padre a mesma voz e o sermão a mesma monotonia.
Era um domingo tépido,
Sem apetrechos nem delongas,
Mas o sol, ah, o sol,
O sol se fez presente
E todos abriram janelas.
Essa ideia de um metrô por baixo da Avenida Anhanguera me faz sonhar com a Goiânia do futuro com os olhos voltados à sua vocação artística. Pois é, a nossa capital foi inaugurada em 5 de julho de 1942 sob a proteção de um Batismo Cultural.(Do livro de crônicas - Romanceiro de Goiânia).
Não tenho medo de me repetir, porque o que escrevo, o que eu digo, não atende às exigências da literatura, mas às da necessidade e da urgência, às do fogo.
Tênue
“O excesso gera falta
O equilíbrio gera reconhecimento
O medo afasta
A felicidade atrai
O amor expande
O ódio contrai ..”.
"Alcançar-te-ei, oh, alma.
Ver-te-ei com minh'alma.
Todos os meus sentidos,
contemplar-te-ão.
Sentir-te-ei em minh'alma.
Revestir-te-ei de todo encanto.
Então, poetizar-te-á meus versos.
Assim contentar-me-ei."
Ingenuidade minha né?
esperar o gostar de alguém
por um rapaz como eu...
fora dos padrões de beleza
que a sociedade impõe,
cheio de fraquezas e medos,
de indecisões, de insegurança,
desinteressante, ansioso e
supersticioso ao extremo para
achar que isso é apenas besteira.
Seus olhos estavam fechados. A expressão de fúria tinha desaparecido. Uma expressão de serenidade inabalada assumiu o lugar dela.
Aquele era um mundo em que uma garotinha podia voltar andando para casa sozinha, mesmo depois de escurecer, e se sentir segura.