Literatura epigrafes

Cerca de 2297 epigrafes Literatura

O medo de saltar o abismo pode ser o receio de não ter como voltar, achando que se quiser retornar, tudo terá desmoronado. Mas se não permitir-se ver o que tem do outro lado, jamais vai saber. E vai achar que todos que ultrapassaram esse abismo buscando um coração acabaram voltando com uma pedra na mão.

Inserida por zior

Daqui, dessa trincheira – é assim que gosto de chamar o meu local de trabalho, com suas camadas e camadas de livros e papéis, formando um recife à minha volta – daqui, como Hades, planejo tudo sozinha. Não há outros sócios ou parcerias possíveis. Sou o vórtice que leva os personagens ao seu destino. Sou responsável por cada gesto e cada fala.

Inserida por pensador

A Besta

Era domador de sua besta interior: não reagia às carícias do padastro bêbado, aos colegas o surrando na saída da escola, aos gritos do sargento no quartel, às reclamações da esposa, ao chefe, ao mundo. Por fim, encostou um cano prateado na têmpora esquerda. A besta voou como borboletas vermelhas.

Inserida por thiagoluz

"À medida que o menino caminha, ele deseja que seus passos lancem tintas de luz e vida sobre as calçadas da humanidade. Que as guerras de congelem e no lugar de Sírias, Guernicas e Faixas de Gaza, sejam pintados Xangrilás e telas de abraços e paz." (O artista plástico - Victor Bhering Drummond)

Inserida por victordrummond

"E fecho a porta do escritório, relembro memórias, folheio aquele livro que ainda estou para finalizar. E é nas páginas em branco dos meus pensamentos e nas folhas arquivadas em meu coração que descobri o que fui fazer ali: alimentar minha sede de viver e amar você." Victor Bhering Drummond.

Inserida por victordrummond

E quando o menino sobe no palco, se transforma em tudo aquilo que queremos ser: o homem, o divertido, o filho, o pai, o amante, o que promove lágrimas e sorrisos. E nas coxias descobrimos que por trás de tudo aquilo, atras da cena, nas coxias, há um poeta da arte de entreter e interpretar (Coxias - Victor Bhering Drummond)

Inserida por victordrummond

"Fui desbravar o mundo na bicicleta da minha imaginação. Não tão rápida quanto os carros, em que não poderia observar os detalhes da vida. E nem tão devagar quanto os pedestres. Assim poderia descobrir o cotidiano no tempo dos poetas." (Diário de um ciclista - Victor Bhering Drummond)

Inserida por victordrummond

Toda arte tem um autor, e todo autor é um arteiro cheio de arte.
Não existe arte feia, assim como não existe ser humano feio.
Na verdade, o ser humano é a mais bela e perfeita de todas as artes.
Porém, se toda arte tem um autor, todos os autores de todas as artes são
artes do maior de todos os autores: Deus.

Inserida por William-Shakespeare

Tinha um medo terrível de últimas páginas, últimas linhas, últimas palavras. Preferia deixar o peito aberto e sentir a tinta rasgando suas folhas e costurando outras. No final, havia sempre algo inacabado, aberto a múltiplas possibilidades. Um eterno ciclo de aprendizados. E as histórias, elas nunca o deixavam sozinho

Inserida por benoliveira

Ressurreição das luzes

Que o harmônico preto-branco
destroce as luzes malditas
(as que fingem que iluminam)

apagadas falsas luzes
não merecem praça ou banco
(nem recebem belo nome)

Esfolem com novos sons
a cinza do corpo cinza
da cinza ex-luz-futura-
(metamorfe até luz fina)

luz branca-
luz negra-
luz
(me fascina)

Inserida por dijadarkdija

Poe.mo.[l]de.lo

Na (poesia), poesia-
mode.lo não tem mo[l]de.lo
Na moda mode.lo molda
Eu mor.do mode.los e mo[l]de.los

Eu morto
Renasço em outro (mo[l]de.lo)
dele não me escapo
ou se não me capo
ou me re.mo[l]de.lo

poesia mo[l]de
(mascara) máscara
poe.molde poe.mode

(pô, e pode?)

Inserida por dijadarkdija

GUIA INSPIRITUAL

o mentor do poeta
deve ser uma raposa
arquiteta de caverna

o sentido sempre alerta
caça palavra-rato
sutil como mariposa
rima passo com passo
olho de gato
pelo que pousa
na ca[l]ma da neve que nos leve
por uma viagem outra

a gente de bobo
com garra de lobo
se agarra

[h]a rastros esparsos
por essa viagem toda

Inserida por dijadarkdija

⁠E assim vem ao meu encontro, caminhando sorridente,
se virando feito um girassol, procurando o calor do sol.

Maliciosamente ela vem com o fogo do seu corpo,
se deita próximo ao meu caule, beija a minha boca pedindo que eu a ame
e sua linda flor se abrocha derramando seu néctar em desejo.
.

Inserida por _maria_dutra_

⁠O ideal
é a gente se encontrar
parar pra conversar
tomar um chá

Temos muito pra falar
da vida, de lugares
na verdade o ideal
é matarmos a saudade

O ideal
é nos abraçar
deixar as ideais fluirem
sorrir, ser feliz.

O ideal
é a gente se envolver
deixar acontecer
viver.

Inserida por poetafuzzil

Os livros são os tesouros mais preciosos do mundo; cada autor compartilha, em um punhado de páginas, as partes mais valiosas e os pensamentos mais profundos de suas vidas. Em poucas horas, transferem a nós, leitores, conhecimentos e experiências acumulados ao longo de meses, anos ou até décadas.⁠

Inserida por juniorsub

⁠CHORO

Cachoeira salgada
Delicado declínio
Se forma pingada
Me afoga em fascínio.

Cada alma que escorre
Na saliência do rosto
Num lenço se morre
Cada uma a seu gosto.

São almas que saem
É corpo que fica
Na mente que moro.

Lágrimas caem
Lembrança é rica
E por isso choro.

Inserida por ManuelOvelha

⁠⁠A CARECA

Brilhante obra alva
Do vácuo feito em novelos
Grande cabeça calva
De ideias e de cabelos.

Universo velho sisudo
Cabeça nova p3lada
Ele abraça tudo
Ela reflete nada.

A careca não tem vista
Nem orelha
E nem língua.

Ela é a dor do artista
Da centelha
Que só míngua.

Inserida por ManuelOvelha

⁠eu,
mulher e menina,
desvio das esquinas
a me enganar!

sim...
suspiro aos lábios
que os dedos ousados
estão em mim
sempre a tocar...

caio...levanto...
ignoro ou encanto
a quem souber o encanto para
me encantar!

que delícia a inconstância...
ser um rascunho a caminhar

Inserida por MAISHAMANDISA

⁠A internet desacerba aos poucos letrados, o intenso analfabetismo funcional. Principalmente aos aposentados, que pelo gesto simples de gostar, copiar e colar confundem frases, pensamentos e textos oriundos de grandes obras literárias de autores com oportunos dizeres derivados de mediunidade psicografadas.

Inserida por ricardovbarradas

Quando não há mais o que dizer... E o silêncio é a resposta para as perguntas nem mesmo externadas. Os pensamentos permanecem na mente e as palavras não são geradas. Não existe nenhum argumento para insistir e a distância quebra o fio condutor da ligação. Pode excluir dos contatos, pois acabou a paixão.

Inserida por zior